Aços inoxidáveis: estudo na influência de carregamentos cíclicos na microestrutura do aço inoxidável austenítico 304L e de diferentes tratamentos térmicos nos aços inoxidáveis martensítico 420
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/31371 |
Resumo: | De grande importância para asindústrias nas áreas de petróleo e gás, aeronáutica, petroquímica, química e inúmeras outras, os aços inoxidáveis entraram no foco de projetos de pesquisa visando o aprimoramento do seu processo de fabricação, de suas propriedades e de sua microestrutura. Essa ampla utilização ocorre devido ao fato de que este tipo de aço possui alta resistência à corrosão, alta tenacidade, boa soldabilidade e elevada resistência mecânica. Este tipo de aço é ligado principalmente por ferro, carbono e cromo, mas pode conter, também, outros elementos como o níquel e o molibdênio. Os aços inoxidáveis podem ser classificados em martensíticos, ferríticos, austeníticos, ferríticoaustenítico (Duplex) e endurecidos por precipitação. No presente trabalho, o primeiro objeto de estudo foi o aço inoxidável austenítico AISI 304L, que tem como característica, após deformado, apresentar transformação induzida por plasticidade, conhecida como efeito TRIP (Transformation Induced Plasticity). Foi realizada a caracterização microestrutural da amostra como recebida e após ter passado por ensaio de fadiga de baixo ciclo, sofrendo deformação cíclica, sendo que a amostra deformada possuía um concentrador de tensão. A técnica escolhida para a análise foi a difração de elétrons retroespalhados (EBSD), para que fosse possível observar a transformação martensítica no material. As amostras que passaram pelo ensaio de fadiga de baixo ciclo apresentaram uma grande concentração de martensita induzida por deformação na região próxima do concentrador de tensão. O segundo objeto de estudo foi o aço inoxidável martensítico das classes 420A e 420D, cujas propriedades podem ser alteradas através de tratamento térmico. A sequência típica de tratamento térmico é austenitização, têmpera e revenimento, e após sua realização, o material irá apresentar a microestrutura composta de martensita, austenita retida e carbonetos não dissolvidos. Os parâmetros para realização desses tratamentos publicados na literatura são controversos, então, foram realizados tratamentos térmicos de austenitização e têmpera com diferentes temperaturas e tempos de encharque, seguido de revenimento, também em temperaturas diferentes. Após os tratamentos térmicos, foram realizados ensaios de dur eza, e de corrosão eletroquímica de potencial de circuito aberto e polarização cíclica. Foi realizada caracterização microestrutural via microscopia óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia por energia dispersiva (EDS) para determinar qual das condições empregadas apresenta a melhor resistência à corrosão e dureza. Com o auxílio da distribuição estatística de Cromo após a corrosão, para o aço AISI 420A, a condição que apresentou melhor combinação de dureza e resistência à corrosão foi quando a amostra foi austenitizada na temperatura de 1015°C durante 120 minutos e depois revenida na temperatura de 400°C durante 60 minutos. Já para o aço AISI 420D, essa melhor condição foi encontrada na amostra austenitizada na temperatura de 1015°C durante 60 minutos e depois revenida na temperatura de 200°C durante 60 minutos. |
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Aços inoxidáveis: estudo na influência de carregamentos cíclicos na microestrutura do aço inoxidável austenítico 304L e de diferentes tratamentos térmicos nos aços inoxidáveis martensítico 420Aço inoxidável austenítico 304LEfeito TRIPAços inoxidáveis martensíticos 420Tratamentos térmicosCorrosãoAço inoxidávelAço inoxidável austeníticoAço inoxidável martensíticoProdução intelectualEngenharia MetalúrgicaAustenitic stainless steel 304LTRIP effectMartensitic stainless steel 420Heat treatmentsCorrosionDe grande importância para asindústrias nas áreas de petróleo e gás, aeronáutica, petroquímica, química e inúmeras outras, os aços inoxidáveis entraram no foco de projetos de pesquisa visando o aprimoramento do seu processo de fabricação, de suas propriedades e de sua microestrutura. Essa ampla utilização ocorre devido ao fato de que este tipo de aço possui alta resistência à corrosão, alta tenacidade, boa soldabilidade e elevada resistência mecânica. Este tipo de aço é ligado principalmente por ferro, carbono e cromo, mas pode conter, também, outros elementos como o níquel e o molibdênio. Os aços inoxidáveis podem ser classificados em martensíticos, ferríticos, austeníticos, ferríticoaustenítico (Duplex) e endurecidos por precipitação. No presente trabalho, o primeiro objeto de estudo foi o aço inoxidável austenítico AISI 304L, que tem como característica, após deformado, apresentar transformação induzida por plasticidade, conhecida como efeito TRIP (Transformation Induced Plasticity). Foi realizada a caracterização microestrutural da amostra como recebida e após ter passado por ensaio de fadiga de baixo ciclo, sofrendo deformação cíclica, sendo que a amostra deformada possuía um concentrador de tensão. A técnica escolhida para a análise foi a difração de elétrons retroespalhados (EBSD), para que fosse possível observar a transformação martensítica no material. As amostras que passaram pelo ensaio de fadiga de baixo ciclo apresentaram uma grande concentração de martensita induzida por deformação na região próxima do concentrador de tensão. O segundo objeto de estudo foi o aço inoxidável martensítico das classes 420A e 420D, cujas propriedades podem ser alteradas através de tratamento térmico. A sequência típica de tratamento térmico é austenitização, têmpera e revenimento, e após sua realização, o material irá apresentar a microestrutura composta de martensita, austenita retida e carbonetos não dissolvidos. Os parâmetros para realização desses tratamentos publicados na literatura são controversos, então, foram realizados tratamentos térmicos de austenitização e têmpera com diferentes temperaturas e tempos de encharque, seguido de revenimento, também em temperaturas diferentes. Após os tratamentos térmicos, foram realizados ensaios de dur eza, e de corrosão eletroquímica de potencial de circuito aberto e polarização cíclica. Foi realizada caracterização microestrutural via microscopia óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e espectroscopia por energia dispersiva (EDS) para determinar qual das condições empregadas apresenta a melhor resistência à corrosão e dureza. Com o auxílio da distribuição estatística de Cromo após a corrosão, para o aço AISI 420A, a condição que apresentou melhor combinação de dureza e resistência à corrosão foi quando a amostra foi austenitizada na temperatura de 1015°C durante 120 minutos e depois revenida na temperatura de 400°C durante 60 minutos. Já para o aço AISI 420D, essa melhor condição foi encontrada na amostra austenitizada na temperatura de 1015°C durante 60 minutos e depois revenida na temperatura de 200°C durante 60 minutos.Stainless steels have been the focus of research projects aiming to improve their manufacturing process, properties and microstructure due to their great importance to the oil and gas, aeronautics, petrochemical, chemical and other industries. This attention comes from their properties, such as high corrosion resistance, toughness, weldability and mechanical strength. Stainless steel is basically an iron, carbon and chromium alloy, but may also contain other elements such as nickel and molybdenum. They are classified as martensitic, ferritic, austenitic, ferriticaustenitic (Duplex) and agehardened. In the present work, the first object of study was the austenitic stainless steel AISI 304L, which, when deformed, may present transformationinduced plasticity, known as TRIP effect (Transformation Induced Plasticity). A microstructural characterization was carried out in the material as received and after a low cycle fatigue test. The deformed sample had a notch. The Electron Backscattered Diffraction (EBSD) results showed martensitic transformation in the material. After the lowcycle fatige testings, a high concentration of straininduced martensite was observed near to the notch. The second object of study was martensitic stainless steel of classes 420A and 420D, whose properties can be altered by heat treatment. The typical heat treatment sequence is austenitizing, quenching and tempering. After its completion, the material will show a microstructure composed of martensite, retained austenite and unpreserved carbides. The parameters published in the literature for these heat treatment steps are controversial. Hence, the autor applied a series of different temperatures and soaking times for austenitizing, quenching and tempering. After the heat treatments, hardness and opencircuit potential electrochemical corrosion test and cyclic polarization were carried out. Microstructural characterization was performed via Optical Microscopy (OM), Scanning Electron Microscopy (SEM) and Energy Dispersive Spectroscopy (EDS) to determine which of the employed conditions presents the best corrosion resistance and hardness. With the support of the statistical distribution of Chromium after corrosion, for AISI 420A steel, austenitizing at 1015°C for 120 minutes, followed by quenching and tempering at 400°C for 60 minutes resulted in the best combination of hardness and corrosion resistance. As for the AISI 420D steel, this best combination resulted from austenitizing at 1015°C for 60 minutes followed by quenching and tempering at 200°C for 60 minutes.181 p.Fonseca, Gláucio Soares dahttp://lattes.cnpq.br/9663765935778795Ferreira, Elivelton Alveshttp://lattes.cnpq.br/9791486511562981Silva, Fabiane Roberta Freitas dahttp://lattes.cnpq.br/1166347988791004Carvalho, Adriana Evaristo dehttp://lattes.cnpq.br/6039969237116219Rodrigues Filho, Jorge Franklin Mansurhttp://lattes.cnpq.br/4043998664543076http://lattes.cnpq.br/6049288190935130Oliveira, Silvana Carreiro de2023-12-07T19:30:38Z2023-12-07T19:30:38Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Silvana Carreiro de. Aços inoxidáveis: estudo na influência de carregamentos cíclicos na microestrutura do aço inoxidável austenítico 304L e de diferentes tratamentos térmicos nos aços inoxidáveis martensítico 420. 2023. 181 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Metalúrgica, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, 2023.http://app.uff.br/riuff/handle/1/31371pt_BRporCC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-12-07T19:30:42Zoai:app.uff.br:1/31371Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:50:39.081882Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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