Psicologia na interface com o direito: uma reflexão sobre demandas e desmandos

• Autor(a) principal: Paixão, Vívian Cristina de Freitas da
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6545
• topic: Psicologia; Análise de demanda; Práticas em psicologia; Psicologia; Psicólogo; Atuação profissional; Psychology; Demand analysis; Practices in psychology

O campo da Psicologia sofre constantes transformações advindas dos contextos histórico-culturais, visto que estes influenciam tanto as demandas sociais feitas a este campo, como as práticas dos profissionais psicólogos. Discutir demandas e como elas se relacionam com a atuação profissional é útil tanto para os psicólogos que lidam com ela em seu cotidiano profissional, quanto para a sociedade que se beneficia de seu trabalho. Frente a isso, este trabalho busca promover uma reflexão acerca das demandas histórico-social-culturais feitas a estes profissionais pelo campo do Direito e como eles respondem a essas demandas, em dois momentos diferentes, de modo a apresentar as correlações e dissonâncias entre os dois contextos, como eles acabam por interferir nas práticas desses profissionais, bem como apresentar as diferentes formas de atuação que estes profissionais vêm produzindo e quais as referências que vêm utilizando para responder a essas demandas. Utiliza-se de artigos e laudos produzidos por psicólogos atuantes no judiciário, primeiramente nas décadas de 1960/1970, e posteriormente, em um contexto mais atual, como analisadores das práticas psis destes dois momentos, e percebe-se que existe um embate entre as duas áreas, muito em função da forma como elas se engendraram, que repercute nas demandas feitas pelo Direito à Psicologia, no entanto, identifica-se que, apesar de haverem práticas remanescentes deste período anterior, pode-se verificar que novas práticas vêm surgindo, de forma a tensionar com a lógica excludente e normalizante das porções menos abastadas da sociedade perpetrada por muito tempo pela Psicologia, que passa a atuar pela garantia de direitos