Perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos e diversidade genética de Streptococcus agalactiae isolados em bacteriúria significativa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/6600 |
Resumo: | Estudos recentes apontam crescente importância de streptococcus agalatiae(estreptococos do grupo B, EGB) como causa de infecção do trato urinário, especialmente em mulheres e idosos. Penicilina é o antibiótico de escolha para o tratamento de infecções por EGB, porém já foram relatadas amostras com suscetibilidade reduzida a este antibiótico, bem como crescente taxa de resistência aos macrolídeos e lincosamídeos, alternativas terapêuticas para pacientes alérgicos à penicilina. Desse modo, o objetivo deste estudo foi investigar os perfis de resistência aos antimicrobianos entre 194 amostras de EGB isoladas de urina com contagens a partir de 100.000 UFC/ml oriundas de pacientes atendidos em uma rede de laboratórios de análises clínicas da região metropolitana do Rio de Janeiro, no período de outubro de 2010 a setembro de 2011. Essas amostras foram submetidas à identificação fenotípica convencional e ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos pelo método de difusão em agar. Amostras resistentes e intermediárias à eritromicina foram submetidas à determinação da concentração inibitória mínima (CIM) por gradiente de difusão em agar e à investigação dos fenótipos e dos determinantes genéticos de resistência aos macrolídeos por PCR. A determinação do tipo capsular de 139 amostras doi realizada por PCR multiplex. Sessenta amostras foram submetidas á digestão do dNA cromossômico com endonuclease de restrição e os perfis de PFGE foram analisados. Pelo método de difusão em agar, observou-se 75,8% de resistência à tetraciclina e 9,3% à clindamicina. Todas as amostras intermediárias para eritromicina (7) pelo método de difusão em agar apresentaram CIM compatível com resistência, assim a resistência à eritromicina foi de 11,3%. Foram encontrados os seguintes fenótipos de resistência aos macrolídeos: M (4), MLSBi (9) e MLSBc (9), que correlacionaram-se aos genes de resistência mefA/E, ermA e ermB, respectivamente. a CIM de eritromicina variou entre 1 e >256μg/ml , sendo os valores mais elevados de CIM relacionados ao fenótipo MLSBc. Foram encontrados 6 tipos capsulares, mas os tipos V, Ia e II representaram 75% das amostras pesquisadas. foram observados 32 perfis diferentes entre as sessenta amostras submetidas ao PFGE, indicando considerável diversidade genética. Em suma, a resistência observada à eritromicina é um fato preocupante, uma vez que macrolídeos são drogas usadas nas terapias de infecções estreptocócicas. Apesar da diversidade de tipos capsulares, a maioria das amostras apresentou os tipo mais frequentemente observados em outros estudos, especialmente os que tratam de infecções urinárias. A heterogeneidade por perfis de PFGE sugere que a resistência á macrolídeos se dá em grande parte por transmissão horizontal em lugar de disseminação de clone específico. |
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