Infecções pediátricas causadas por Streptococcus agalactiae

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Gabriella Almeida
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30860
Resumo: Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B, EGB) é um membro da microbiota dos trato gastrointestinal e geniturinário, associado a infecções em recém-nascidos, gestantes e em indivíduos com algum tipo de imunocomprometimento. A infecção por S. agalactiae em recém-nascidos se caracteriza como pneumonia, sepse, meningite e é uma das causas de mortalidade e morbidade nessa população. A infecção, quando na vida intra-uterina, é fator que predispõe o parto prematuro. O principal fator de risco para a ocorrência da infecção em recém-nascidos é a colonização materna. O EGB também é capaz de causar infecção em outras faixas etárias pediátricas, como infecção urinária (ITU). Quando a ITU é causada por S. agalactiae pode indicar alguma condição pré-existente, como uma malformação do sistema urinário. Ainda que a principal causa bacteriana de faringotonsilite seja Streptococcus pyogenes, infecções na orofaringe causadas por S. agalactiae podem ocorrer, acometendo principalmente jovens e adultos. Neste estudo, seis amostras de EGB, isoladas de urina (5) e secreção de orofaringe (1) de crianças e recém-nascidos foram analisadas quanto a marcadores epidemiológicos e de virulência. Foram utilizados métodos fenotípicos de confirmação de espécie, como a hidrólise do hipurato de sódio e o teste de CAMP. A confirmação da espécie também se deu pela detecção do gene dltS, peculiar de EGB e envolvido com a síntese da parede celular. O tipo capsular foi determinado por PCR, assim como os determinantes de virulência, genes bac e bca. A expressão da β-hemolisina/citolisina foi observada por um teste fenotípico. Apesar da pequena amostragem, foram observados diversos tipos capsulares, III (2) e Ib, II, IV e V (uma amostra cada). Duas amostras foram positivas para um ou ambos os genes de virulência. A amostra de tipo Ib albergou os genes bac e bca. A expressão da β-hemolisina/citolisina foi observada em todas as amostras, sendo o fenótipo moderado o mais expresso (5 amostras). Ainda que o EGB não seja uma causa frequente de infecções em crianças fora do período neonatal e adolescentes, há relatos da ocorrência de infecções nesta faixa etária. Aliado a isto, é importante se ter em mente que as amostras isoladas podem expressar fatores de virulência que contribuem para o estabelecimento do processo infeccioso. Assim, o laboratório de análises clínicas deve estar preparado para isolar e diagnosticar essa espécie em materiais clínicos oriundos destas faixas etárias
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Quando a ITU é causada por S. agalactiae pode indicar alguma condição pré-existente, como uma malformação do sistema urinário. Ainda que a principal causa bacteriana de faringotonsilite seja Streptococcus pyogenes, infecções na orofaringe causadas por S. agalactiae podem ocorrer, acometendo principalmente jovens e adultos. Neste estudo, seis amostras de EGB, isoladas de urina (5) e secreção de orofaringe (1) de crianças e recém-nascidos foram analisadas quanto a marcadores epidemiológicos e de virulência. Foram utilizados métodos fenotípicos de confirmação de espécie, como a hidrólise do hipurato de sódio e o teste de CAMP. A confirmação da espécie também se deu pela detecção do gene dltS, peculiar de EGB e envolvido com a síntese da parede celular. O tipo capsular foi determinado por PCR, assim como os determinantes de virulência, genes bac e bca. A expressão da β-hemolisina/citolisina foi observada por um teste fenotípico. Apesar da pequena amostragem, foram observados diversos tipos capsulares, III (2) e Ib, II, IV e V (uma amostra cada). Duas amostras foram positivas para um ou ambos os genes de virulência. A amostra de tipo Ib albergou os genes bac e bca. A expressão da β-hemolisina/citolisina foi observada em todas as amostras, sendo o fenótipo moderado o mais expresso (5 amostras). Ainda que o EGB não seja uma causa frequente de infecções em crianças fora do período neonatal e adolescentes, há relatos da ocorrência de infecções nesta faixa etária. Aliado a isto, é importante se ter em mente que as amostras isoladas podem expressar fatores de virulência que contribuem para o estabelecimento do processo infeccioso. Assim, o laboratório de análises clínicas deve estar preparado para isolar e diagnosticar essa espécie em materiais clínicos oriundos destas faixas etáriasStreptococcus agalactiae (group B streptococcus, GBS) is a member of the microbiota of the intestinal and genitourinary tracts, associated with infections in newborns, pregnant women and immunocompromised individuals. S. agalactiae infection in newborns is characterized by pneumonia, sepsis, meningitis and is one of the main causes of mortality and morbidity in this population. Infection, when in intrauterine life, is a predisposing factor to premature delivery. The main risk factor for the occurrence of infection in newborns is maternal colonization. GBS is also capable of causing infection in other pediatric age groups, such as a urinary tract infection (UTI). When the UTI is caused by S. agalactiae, it may indicate some pre-existing condition, such as a malformation of the urinary system. Although the main bacterial cause of pharyngotonsillitis is Streptococcus pyogenes, infections in the oropharynx caused by S. agalactiae can occur, affecting mainly young people and adults. In this study, six GBS isolates recovered from urine (5) and oropharyngeal secretion (1) from children and newborns were analyzed for epidemiological and virulence markers. Phenotypic methods for species confirmation were used, such as sodium hippurate hydrolysis and the CAMP test. The confirmation of the species was also given by the detection of the dltS gene, peculiar to GBS and involved with cell wall synthesis. The capsular type was determined by PCR, as well as the virulence determinants, bac and bca genes. The expression of β-hemolysin/cytolysin was observed by a phenotypic test. Despite the small sampling, several capsular types were observed, III (2), Ib, II, IV and V (one sample each). Two isolates were positive for one or both of the virulence genes. The type Ib isolate harbored both bac and bca genes. β-hemolysin/cytolysin expression was observed in all isolates, with the moderate phenotype being the most expressed (5 samples). Although GBS is not a frequent cause of infections in children outside the neonatal period and adolescents, there are reports of the occurrence of it’s infections in this age group. Allied to this, it is important to keep in mind that the bacterial isolates can express virulence factors that contribute to the establishment of the infectious process. Thus, the clinical laboratory must be prepared to isolate and diagnose this species in clinical specimens from these age groups31 f.Barros, Rosana Rochahttp://lattes.cnpq.br/6474330162286763Souza, Claudia Rezende Vieira de MendonçaLuiz, Fernanda Baptista de OliveiraOliveira, Bruno Francesco Rodrigues dehttp://lattes.cnpq.br/6487439065601148Bezerra, Gabriella Almeida2023-10-19T18:58:58Z2023-10-19T18:58:58Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/30860CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2023-10-19T18:59:03Zoai:app.uff.br:1/30860Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202023-10-19T18:59:03Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
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description Streptococcus agalactiae (estreptococo do grupo B, EGB) é um membro da microbiota dos trato gastrointestinal e geniturinário, associado a infecções em recém-nascidos, gestantes e em indivíduos com algum tipo de imunocomprometimento. A infecção por S. agalactiae em recém-nascidos se caracteriza como pneumonia, sepse, meningite e é uma das causas de mortalidade e morbidade nessa população. A infecção, quando na vida intra-uterina, é fator que predispõe o parto prematuro. O principal fator de risco para a ocorrência da infecção em recém-nascidos é a colonização materna. O EGB também é capaz de causar infecção em outras faixas etárias pediátricas, como infecção urinária (ITU). Quando a ITU é causada por S. agalactiae pode indicar alguma condição pré-existente, como uma malformação do sistema urinário. Ainda que a principal causa bacteriana de faringotonsilite seja Streptococcus pyogenes, infecções na orofaringe causadas por S. agalactiae podem ocorrer, acometendo principalmente jovens e adultos. Neste estudo, seis amostras de EGB, isoladas de urina (5) e secreção de orofaringe (1) de crianças e recém-nascidos foram analisadas quanto a marcadores epidemiológicos e de virulência. Foram utilizados métodos fenotípicos de confirmação de espécie, como a hidrólise do hipurato de sódio e o teste de CAMP. A confirmação da espécie também se deu pela detecção do gene dltS, peculiar de EGB e envolvido com a síntese da parede celular. O tipo capsular foi determinado por PCR, assim como os determinantes de virulência, genes bac e bca. A expressão da β-hemolisina/citolisina foi observada por um teste fenotípico. Apesar da pequena amostragem, foram observados diversos tipos capsulares, III (2) e Ib, II, IV e V (uma amostra cada). Duas amostras foram positivas para um ou ambos os genes de virulência. A amostra de tipo Ib albergou os genes bac e bca. A expressão da β-hemolisina/citolisina foi observada em todas as amostras, sendo o fenótipo moderado o mais expresso (5 amostras). Ainda que o EGB não seja uma causa frequente de infecções em crianças fora do período neonatal e adolescentes, há relatos da ocorrência de infecções nesta faixa etária. Aliado a isto, é importante se ter em mente que as amostras isoladas podem expressar fatores de virulência que contribuem para o estabelecimento do processo infeccioso. Assim, o laboratório de análises clínicas deve estar preparado para isolar e diagnosticar essa espécie em materiais clínicos oriundos destas faixas etárias
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