Detecção de Betaherpesvírus em transplantados renais com hiperplasia oral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Rebeca Vazquez Novo
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/6882
Resumo: Nas últimas décadas, a aplicação de técnicas de biologia molecular levou à compreensão de várias patologias associadas a agentes infecciosos nos pacientes receptores de transplantes que já os sinais e sintomas são usualmente diferentes e possivelmente mais graves do que os apresentados pelos indivíduos imunocompetentes. A hiperplasia oral é uma patologia comum entre os pacientes receptores de transplante e é normalmente associada ao regime imunossupressor, especialmente ao uso de ciclosporina (CsA). Recentemente foi proposto que apesar de ainda serem idiopáticas, estas lesões podem estar associadas a efeitos indiretos da ação de microrganismos e os herpesvírus foram sugeridos como importantes cofatores. Logo, o objetivo do nosso estudo foi avaliar a presença dos betaherpesvírus nestas lesões contribuindo assim para a elucidação desta patologia oral. Em nosso estudo, utilizamos a técnica de Reação em cadeia da Polimerase a fim de detectar a presença dos Herpesvírus Humanos 6 e 7. além do citomegalovírus, em amostras do tecido e saliva de pacientes transplantados, comparado-as com as de indivíduos saudáveis. Nossa casuística foi composta por 87 pacientes atendidos no Hospital Pedro Ernesto. Entre estes 51 pacientes eram receptores de transplante renal, que foram subdivididos em três subgrupos: Grupo A, que utiliza ciclosporina e apresenta lesão oral, Grupo B, que utiliza o mesmo imunossupressor, mas não apresenta lesão oral, e Grupo C, que utiliza o tacrolimus um novo imunossupressor. Grupo D foi composto de 36 de indivíduos saudáveis. Encontramos uma diferença estatisticamente significante para a prevalência da variante A do HHV6 no grupo A quando comparados aos indivíduos saudáveis (p=0,033), e o HHV6B foi significativamente relacionado ao grupo B (p=0,017), sugerindo um possível papel transmissor destes vírus nos pacientes receptores de transplante. A prevalência do CMV nos indivíduos saudáveis foi maior do que a observada para os pacientes transplantados, entretanto as mesmas não foram estatisticamente significantes. As coinfecções foram mais frequentes entre os indivíduos transplantados (Grupo A,b e C) e o CMV foi o vírus mais prevalente entre elas, usualmente associado ao HHV6, reforçando a ideia de que os betaherpesvírus podem transativar a infecção um do outro. Para o HHV7 detectamos frequências similares entre os grupos (p>0,05). Nós também usamos a saliva como uma possível amostra não-invasiva, visando a substituição das biópsias teciduais. Entretanto, não encontramos correlação estatística entre elas e estudos futuros são necessários para avaliar as amostras de saliva como possíveis marcadores de infecção na clínica. a padronização da amostra a ser utilizada , e das técnicas moleculares, é necessário para analisar possíveis interações entre os diferentes agentes microbianos para definir o papel dos mesmos no cenário pós- transplante.
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