Efeitos da suplementação de curcumina sobre toxinas urêmicas provenientes da microbiota intestinal em pacientes em diálise peritoneal

• Autor(a) principal: Sequeira, Joana Miranda e Silva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/31059
• topic: Doença renal crônica; Diálise peritoneal; Toxinas urêmicas; Cúrcuma; Falência renal crônica; Diálise peritoneal; Suplemento dietético; Curcuma; Microbioma gastrointestinal; Chronic Renal Disease; Peritoneal dialysis; Uremic toxins; Turmeric

INTRODUÇÃO: Pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) apresentam alterações na microbiota intestinal que estão associadas ao aumento da produção das toxinas urêmicas e endotoxemia. A disbiose está intimamente relacionada às respostas inflamatórias e de estresse oxidativo e, consequentemente à doença cardiovascular (DCV) como aterosclerose. Vale ressaltar que pacientes com DRC, principalmente aqueles em tratamento dialítico, apresentam alta prevalência de mortalidade por DCV. Assim, várias estratégias não farmacológicas como intervenções nutricionais, são sugeridas para modular a microbiota intestinal nesses pacientes. Embora seja uma terapêutica promissora, até o momento não existem trabalhos avaliando os efeitos da curcumina sobre a modulação da microbiota intestinal e dos níveis de toxinas urêmicas produzidas por ela em pacientes com DRC em diálise peritoneal (DP). OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da suplementação de curcumina sobre toxinas urêmicas produzidas pela microbiota intestinal em pacientes com DRC em DP. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo longitudinal clínico randomizado e controlado por placebo, onde pacientes com DRC em DP foram randomizados em dois grupos: Grupo Cúrcuma (cápsulas contendo 500mg de cúrcuma 98% a 100% curcumina, 3x/dia) e Grupo Placebo (cápsulas contendo amido de milho 3x/dia) por 3 meses. Dados demográficos, antropométricos e clínicos foram obtidos por análise do prontuário médico. A coleta de sangue foi realizada no início e após a suplementação. Parâmetros bioquímicos de rotina foram analisados com kits comerciais e, as toxinas urêmicas como p-cresil sulfato (p-CS), ácido indol acético (AIA) e indoxil-sulfato (IS) foram determinadas por Cromatografia Liquida de Fase Reversa (RP-HPLC). RESULTADOS: Foram avaliados 20 pacientes no grupo placebo (13 mulheres, 56,5 (12,25) anos) e 28 pacientes no grupo cúrcuma (17 mulheres, 57,5 (15,75) anos). Não houve diferenças estatísticas valores plasmáticos das toxinas urêmicas em nenhum grupo. CONCLUSÃO: A suplementação com cúrcuma não foi efetiva em reduzir os níveis de toxinas urêmicas em pacientes com DRC em DP.