Métis: do reconhecimento do mar Mediterrâneo ao domínio do mar Egeu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) |
Texto Completo: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/15949 |
Resumo: | Comumente os estudos desenvolvidos sobre a thalassocracia ateniense versam sobre questões políticas e econômicas e abordam um curto espaço de tempo, considerando as mudanças mais imediatas. No entanto, em nossa pesquisa, buscamos entender o processo thalassocrático a partir de um longo recorte temporal (séculos VIII-V a.C.), através de indagações que perpassam o universo da cultura. Para tanto, investigamos as “representações sociais” (conceito conforme definido por Denise Jodelet) que foram sendo forjadas pelos helenos nos séculos que precederam a dominação do mar Egeu pela pólis de Atenas. Deste modo, nossa análise investigou as representações que permaneceram na documentação textual (através da metodologia empregada por Françoise Frontisi-Ducroux) referente ao mar, à navegação e aos nautai (navegantes), que serviram como base para o imaginário dos helenos sobre o meio marítimo e sobre aqueles que praticavam a navegação. Também nos debruçamos sobre a noção métis, a astúcia, a inteligência prudente e ardilosa que é empregada nas situações difíceis, flexíveis e ambivalentes, para alcançar uma conquista. Assim, centramo-nos na figura de Odisseu, o herói polýmetis, que se utiliza de muitos ardis para conseguir retornar à Ítaca. Entre seus desafios há o embate com as Sereias, que se desenvolve em meio marítimo. Esta cena, e a temática do mar e da navegação, é reconhecível na produção dos oleiros em Atenas quando do final do século VI para as primeiras décadas do V século a.C., momento em que o estrátego ateniense Temístocles, comparável a Odisseu nos usos dos ardis (métis), inicia o projeto que “volta” o interesse da pólis para os benefícios da exploração do mar e da navegação. Na pintura dos vasos (analisada a partir da metodologia proposta por Claude Bérard) a temática marítima e mítica é retomada como um meio de divulgação de mensagem thalassocrática |
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Métis: do reconhecimento do mar Mediterrâneo ao domínio do mar EgeuHistória de Atenas (Grécia)Odisseu (Mitologia grega)Política e governoComumente os estudos desenvolvidos sobre a thalassocracia ateniense versam sobre questões políticas e econômicas e abordam um curto espaço de tempo, considerando as mudanças mais imediatas. No entanto, em nossa pesquisa, buscamos entender o processo thalassocrático a partir de um longo recorte temporal (séculos VIII-V a.C.), através de indagações que perpassam o universo da cultura. Para tanto, investigamos as “representações sociais” (conceito conforme definido por Denise Jodelet) que foram sendo forjadas pelos helenos nos séculos que precederam a dominação do mar Egeu pela pólis de Atenas. Deste modo, nossa análise investigou as representações que permaneceram na documentação textual (através da metodologia empregada por Françoise Frontisi-Ducroux) referente ao mar, à navegação e aos nautai (navegantes), que serviram como base para o imaginário dos helenos sobre o meio marítimo e sobre aqueles que praticavam a navegação. Também nos debruçamos sobre a noção métis, a astúcia, a inteligência prudente e ardilosa que é empregada nas situações difíceis, flexíveis e ambivalentes, para alcançar uma conquista. Assim, centramo-nos na figura de Odisseu, o herói polýmetis, que se utiliza de muitos ardis para conseguir retornar à Ítaca. Entre seus desafios há o embate com as Sereias, que se desenvolve em meio marítimo. Esta cena, e a temática do mar e da navegação, é reconhecível na produção dos oleiros em Atenas quando do final do século VI para as primeiras décadas do V século a.C., momento em que o estrátego ateniense Temístocles, comparável a Odisseu nos usos dos ardis (métis), inicia o projeto que “volta” o interesse da pólis para os benefícios da exploração do mar e da navegação. Na pintura dos vasos (analisada a partir da metodologia proposta por Claude Bérard) a temática marítima e mítica é retomada como um meio de divulgação de mensagem thalassocráticaConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCommunément les études développés sur la thalassocratie athénienne abordent questions politiques et économiques et abordent dans un peu espace de temps, en considérant les changements plus immédiats. Cependant, dans notre recherche, nous cherchons comprendre le processus thalassocratique à partir d´ une longue période de temps (VIII-V siècles avant JC), à travers les questions qui imprègnent l'univers culturel. Pour cela, nous avons examiné les “représentations sociales” (concept défini par Denise Jodelet) qui ont été forgées par les Grecs dans les siècles précédents la domination de la mer Egée par les pólis d'Athènes. Ainsi, notre analyse a examiné les représentations qui sont restées dans la documentation textuelle (par la méthodologie employée par Françoise Frontisi-Ducroux) liées à la mer, la navigation et nautai (navigateurs), qui ont servi de base à l'imaginaire des Hellènes sur le milieu marin et ceux qui pratiquaient la navigation. Aussi se pencher sur le notion métis, les astuces, l'intelligence sage et rusé qui est utilisée dans les situations difficiles, flexibles et ambiguës, pour obtenir une victoire. Ainsi, nous nous concentrons sur la figure d'Ulysse, le héro de polýmetis, qui utilise de nombreuses astuces pour revenir à Ithaque. Entre ses difficultés, il ya la rencontre avec les Sirènes, qui se développent dans le milieu marin. Cette scène, et le thème de la mer et de la navigation, est reconnaissable dans la production de céramistes à Athènes quand la fin du VIe siècle aux premières décades du Ve siècle avant JC, le moment où l’ estrátego athénien Thémistocles, comparable à Ulysse dans l'utilisation des ruses (métis), commence le projet que “retour” l'intérêt de la pólis aux avantages de l'exploitation de la mer et de la navigation. Dans la peinture des vaisseaux (analysant à partir de la méthodologie proposée par Claude Bérard) la thématique maritime et mythique est reprenant comme un moyen de diffusion de messages thalassocratiques263 f.NiteróiLima, Alexandre Carneiro CerqueiraVieira, Ana Livia BomfimMoraes, Alexandre Santos deVenâncio, Giselle MartinsJourdan, Camila Alves2020-11-15T18:57:02Z2020-11-15T18:57:02Z2015info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/15949Aluno de MestradoopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-08-02T12:10:23Zoai:app.uff.br:1/15949Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202024-08-19T10:51:34.499454Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false |
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