Variação temporal no aporte de serrapilheira em floresta de restinga inundável em restauração

• Autor(a) principal: Santana, Vitória Barsi de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
• Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32281
• topic: Indicador ecológico, matéria orgânica, monitoramento, plantio, produtividade; Composto orgânico, Ecossistema florestal, Degradação ambiental, Recuperação de áreas degradadas; Ecological indicator, organic matter, monitoring, planting and productivity

A restinga é um ecossistema que sofre com a redução da sua cobertura vegetal desde o século XX. Para conter esse cenário de degradação, ações de restauração e conservação se tornam essenciais. Adicionalmente, o monitoramento de longo prazo de áreas em processo de restauração é fundamental para o entendimento do êxito dessas ações. Esta monografia tem como objetivo avaliar as possíveis influências que os fatores climáticos exercem no aporte de serapilheira em plantios de restauração de floresta de restinga inundável realizados há 20 anos, no Parque Natural Municipal de Marapendi (RJ), e investigar como este indicador pode ser usado nas avaliações da trajetória sucessional e do êxito das ações de restauração. O aporte de serapilheira foi avaliado em nove Áreas de Plantio (AP) no período entre agosto de 2016 a julho de 2017. Em cada área de plantio foram instalados três coletores circulares de 0,25 m2, confeccionados com tela de nylon com 1 mm de abertura e arame galvanizado número 14, dispostos a 50 cm acima do solo. O material foi coletado mensalmente e separado nas frações folhas, ramos e outros. Cada fração foi armazenada em sacos de papel Kraft e colocada para secagem em estufa a 70°C, até que o material alcançasse massa constante, sendo então pesado em balança com precisão de 0,01 g. O aporte de serapilheira foi comparado entre as áreas e entre os doze meses através de Anova e do Teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Para análise da variação sazonal, foi aplicado o teste de correlação por intermédio do coeficiente de Spearman. O aporte anual de serapilheira foi de 11,53; 8,90; 10,27; 10,32; 12,02; 9,81; 8,67; 10,80; 11,55 Mg.ha-1 .ano- 1, em AP 1, AP 2, AP3, AP 4, AP 5, AP 6, AP 7, AP 8 e AP 9, respectivamente. A fração foliar foi o componente mais representativo, com maior percentual médio em AP 5 (70,4%). Verificou-se variação sazonal nas frações folhas e ramos, embora só tenha sido observada correlação entre a precipitação e o aporte em AP 8, sendo as maiores deposições nos meses mais quentes (dezembro e janeiro) e as menores nos meses mais frios e secos (junho e julho). Os valores do aporte de serapilheira aqui encontrados são similares aos reportados na literatura para as florestas de restinga inundável, o que permite concluir que quanto a este atributo, os plantios de restauração estão sendo bem sucedidos.