Gramática brasileira contemporânea como gênero textual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marins, Ânderson Rodrigues
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25586
Resumo: A escolha do tema deste trabalho é motivada pela ausência de um estudo destinado especialmente à concepção de Gramática enquanto um gênero textual. É preciso, portanto, reexaminar, com base em fontes estrangeiras e brasileiras, a noção de gênero e, posteriormente, verificar que características permitem enquadrar ou não determinada gramática como um gênero textual. Recorre-se, portanto, à visão teórica de gêneros textuais e gêneros discursivos segundo Mikhail Bakhtin, Jean-Michel Adam, Jean-Paul Bronckart, Luiz Antônio Marcuschi, Helena Brandão e Ingedore Koch e à noção de texto gramatical sob a ótica historiográfica, algumas delas defendidas por Silvain Auroux (2014). Desse modo, para a análise das gramáticas, estabelece-se o interstício de 1881 a 2021 como periodização que situa e orienta o trabalho historiográfico aqui proposto. A definição do ano de 1881 como ponto de partida para a investigação se justifica por questões de ordens variadas. Primeiramente, é relevante considerar que, no século XIX, surgem os primeiros estudos gramaticais brasileiros de língua portuguesa, momento em que “efetivamente começam a moldar-se as bases de um pensamento linguístico nacional” (CAVALIERE, 2014, p. 44). Sendo assim, o material historiográfico investigado nesta tese é composto por fontes que foram concebidas como as mais representativas e as que circularam no âmbito da pesquisa linguística brasileira ao longo dos anos de produção científica. A rigor, particularidades do que se poderá chamar de gênero textual Gramática (doravante, GTG) residem no fato de que o GTG pode focalizar a língua nos seus usos reais, testemunhados pelas situações de interação social, como, a título de exemplo, se vê em Castilho (2010), Perini (2016) e Neves (2018). Pode também dar maior ênfase à modalidade escrita e literária, ou até mesmo à escrita usada na imprensa, e, nesse caso, focalizar a língua como sistema em potencial, descontextualizado, conforme as gramáticas de Bechara (2019) e Azeredo (2021).
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Desse modo, para a análise das gramáticas, estabelece-se o interstício de 1881 a 2021 como periodização que situa e orienta o trabalho historiográfico aqui proposto. A definição do ano de 1881 como ponto de partida para a investigação se justifica por questões de ordens variadas. Primeiramente, é relevante considerar que, no século XIX, surgem os primeiros estudos gramaticais brasileiros de língua portuguesa, momento em que “efetivamente começam a moldar-se as bases de um pensamento linguístico nacional” (CAVALIERE, 2014, p. 44). Sendo assim, o material historiográfico investigado nesta tese é composto por fontes que foram concebidas como as mais representativas e as que circularam no âmbito da pesquisa linguística brasileira ao longo dos anos de produção científica. A rigor, particularidades do que se poderá chamar de gênero textual Gramática (doravante, GTG) residem no fato de que o GTG pode focalizar a língua nos seus usos reais, testemunhados pelas situações de interação social, como, a título de exemplo, se vê em Castilho (2010), Perini (2016) e Neves (2018). Pode também dar maior ênfase à modalidade escrita e literária, ou até mesmo à escrita usada na imprensa, e, nesse caso, focalizar a língua como sistema em potencial, descontextualizado, conforme as gramáticas de Bechara (2019) e Azeredo (2021).The choice of the theme of this work is motivated by the absence of a study aimed especially at the conception of Grammar as a textual genre. It is therefore necessary to re-examine, based on foreign and brazilian sources, the notion of genre and, later, to verify which characteristics allow to frame or not a certain grammar as a textual genre. Therefore, the theoretical view of textual genres and discursive genres according to Mikhail Bakhtin, Jean-Michel Adam, Jean-Paul Bronckart, Luiz Antônio Marcuschi, Helena Brandão and Ingedore Koch and the notion of grammatical text from the historiographical point of view is used, some of them defended by Silvain Auroux (2014). Thus, for the analysis of grammars, the interstice from 1881 to 2021 is established as a periodization that situates and guides the historiographical work proposed here. The definition of the year 1881 as the starting point for the investigation is justified by various issues. Firstly, it is relevant to consider that, in the 19th century, the first brazilian grammatical studies of the portuguese language appeared, when “the foundations of a national linguistic thought effectively began to form” (CAVALIERE, 2014, p. 44). Therefore, the historiographical material investigated in this thesis is composed of sources that were conceived as the most representative and those that circulated within the scope of brazilian linguistic research over the years of scientific production. Strictly speaking, particularities of what could be called the Grammar textual genre (hereinafter, GTG) reside in the fact that the GTG can focus the language on its real uses, witnessed by situations of social interaction, as, by way of example, can be seen in Castilho (2010), Perini (2016) and Neves (2018). It can also give greater emphasis to the written and literary modality, or even to the writing used in the press, and, in this case, focus on language as a potential system, decontextualized, according to the grammars of Bechara (2019) and Azeredo (2021).165 p.Cavaliere, RicardoKaltner, LeonardoRodrigues, GersonBorges Neto, JoséPita, FernandoMarins, Ânderson Rodrigues2022-07-06T15:08:06Z2022-07-06T15:08:06Z2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfMARINS, Anderson. Gramática brasileira contemporânea como gênero textual. 2022. 165 f. 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