Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Felipe Carvalho da
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: http://app.uff.br/riuff/handle/1/24984
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2021.m.05762683729
Resumo: O narcotráfico sendo um crime de ordem transnacional, com maior destaque na América do Sul, passou a despontar no Brasil, em específico no Rio de Janeiro, no decorrer da década de 1970. Contudo, o seu crescimento e consolidação ocorrem nas décadas posteriores. Esta inserção representou uma deterioração no quadro da segurança pública do RJ. O aumento da criminalidade e da violência alcançou números superiores em comparação ao Estado, refletindo a crise da segurança pública. A partir disto, os traficantes se tornaram o inimigo interno a ser combatido. Tal fato passou a ser explorado pelos atores políticos e os meios de comunicação. A intensificação dos conflitos entre as forças de segurança e as facções entram no cotidiano do carioca. A percepção que o poder público e a mídia transmitem, a população, era do estado se encontrar em um ambiente condizente a uma guerra. Este problema se agrava devido aos narcotraficantes buscarem refúgios nas favelas, por serem localidades de difícil acesso e fáceis de defender. As favelas foram ratificadas e retratadas como locus da violência e sob domínio dos grupos narcotraficantes, porém nesta ocasião agregou-se o discurso de guerra e reativou preconceitos de raça e classe contra o negro, pobre e favelado. A retórica de guerra passa a ser difundida pelas mídias e a integrar os pronunciamentos do poder público. O envolvimento de forças federais e a militarização da segurança pública se tornou cada vez mais constante com o objetivo de contrapor o narcotráfico. Os megaeventos que o Brasil e o RJ iriam sediar promoveu em 2008 um nova política de segurança para lidar com o narcotráfico. As Unidades de Polícia Pacificadora, como projeto, investiu em uma nova abordagem que envolviam uma polícia de proximidade, baseada nos direitos humanos e equiparada as pacificações de Rondon. O projeto inicialmente foi bem sucedido, entretanto a perda territorial e financeira das fações do narcotráfico provocou uma reação divergente destes atores. No final de novembro de 2010, ataques em série passam a ocorrer no Rio em represália as UPPs. O poder público respondeu, a estas agressões, com operações de ocupação nos Complexos da Penha e do Alemão que acabaram por recorrer aos discursos e práticas ostensivas e na defesa da gestão militarizada das favelas. O jornal O Globo por meio de seu Caderno Especial – A Guerra do Rio – noticiou as operações e replicou o discurso de guerra do poder público. Visando compreender a representação do discurso de guerra, a presente dissertação tem como objetivo geral analisar o caderno especial do jornal O Globo na cobertura na ocupação dos Complexos e o papel deste discurso na segurança pública. Parte-se do pressuposto que o discurso empregado no “A Guerra do Rio” investiu na retórica militarista tratando da presença das forças federais e estaduais procurando construir uma verdade sobre a “pacificação” das favelas que justificaria a execução de práticas extraordinárias como violência e militarização. Para o desenvolvimento do tema e alcançar os objetivos pretendidos neste trabalho utilizaremos a Teoria da Securitização e a Análise do Discurso como arcabouço teórico-metodológico.
id UFF-2_fddb7dda098924cca9f5863db2152fdb
oai_identifier_str oai:app.uff.br:1/24984
network_acronym_str UFF-2
network_name_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository_id_str 2120
spelling Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do AlemãoDiscursoGuerraMilitarizaçãoNarcotráficoPacificaçãoNarcotráficoPacificaçãoMilitarizaçãoGuerraUnidades de Polícia PacificadoraDiscourseWarMilitarizationDrug TraffickingPacificationO narcotráfico sendo um crime de ordem transnacional, com maior destaque na América do Sul, passou a despontar no Brasil, em específico no Rio de Janeiro, no decorrer da década de 1970. Contudo, o seu crescimento e consolidação ocorrem nas décadas posteriores. Esta inserção representou uma deterioração no quadro da segurança pública do RJ. O aumento da criminalidade e da violência alcançou números superiores em comparação ao Estado, refletindo a crise da segurança pública. A partir disto, os traficantes se tornaram o inimigo interno a ser combatido. Tal fato passou a ser explorado pelos atores políticos e os meios de comunicação. A intensificação dos conflitos entre as forças de segurança e as facções entram no cotidiano do carioca. A percepção que o poder público e a mídia transmitem, a população, era do estado se encontrar em um ambiente condizente a uma guerra. Este problema se agrava devido aos narcotraficantes buscarem refúgios nas favelas, por serem localidades de difícil acesso e fáceis de defender. As favelas foram ratificadas e retratadas como locus da violência e sob domínio dos grupos narcotraficantes, porém nesta ocasião agregou-se o discurso de guerra e reativou preconceitos de raça e classe contra o negro, pobre e favelado. A retórica de guerra passa a ser difundida pelas mídias e a integrar os pronunciamentos do poder público. O envolvimento de forças federais e a militarização da segurança pública se tornou cada vez mais constante com o objetivo de contrapor o narcotráfico. Os megaeventos que o Brasil e o RJ iriam sediar promoveu em 2008 um nova política de segurança para lidar com o narcotráfico. As Unidades de Polícia Pacificadora, como projeto, investiu em uma nova abordagem que envolviam uma polícia de proximidade, baseada nos direitos humanos e equiparada as pacificações de Rondon. O projeto inicialmente foi bem sucedido, entretanto a perda territorial e financeira das fações do narcotráfico provocou uma reação divergente destes atores. No final de novembro de 2010, ataques em série passam a ocorrer no Rio em represália as UPPs. O poder público respondeu, a estas agressões, com operações de ocupação nos Complexos da Penha e do Alemão que acabaram por recorrer aos discursos e práticas ostensivas e na defesa da gestão militarizada das favelas. O jornal O Globo por meio de seu Caderno Especial – A Guerra do Rio – noticiou as operações e replicou o discurso de guerra do poder público. Visando compreender a representação do discurso de guerra, a presente dissertação tem como objetivo geral analisar o caderno especial do jornal O Globo na cobertura na ocupação dos Complexos e o papel deste discurso na segurança pública. Parte-se do pressuposto que o discurso empregado no “A Guerra do Rio” investiu na retórica militarista tratando da presença das forças federais e estaduais procurando construir uma verdade sobre a “pacificação” das favelas que justificaria a execução de práticas extraordinárias como violência e militarização. Para o desenvolvimento do tema e alcançar os objetivos pretendidos neste trabalho utilizaremos a Teoria da Securitização e a Análise do Discurso como arcabouço teórico-metodológico.Drug trafficking, as a crime of a transnational nature, with greater prominence in South America, started to emerge in Brazil, specifically in Rio de Janeiro, during the 1970s. However, its growth and consolidation took place in subsequent decades. This insertion represented a deterioration in the context of public security in RJ. The increase in crime and violence reached higher numbers compared to the State, reflecting the public security crisis. From then on, drug dealers became the internal enemy to be fought. This fact began to be explored by political actors and the media. The intensification of conflicts between security forces and factions is part of the daily life of Rio de Janeiro. The perception that the public power and the media transmit, to the population, was that the state found itself in an environment suitable for a war. This problem is aggravated by the fact that drug traffickers seek refuge in favelas, as they are hard to reach and easy to defend. The favelas were ratified and portrayed as the locus of violence and under the control of drug trafficking groups, but on this occasion the war discourse was added and race and class prejudices against blacks, the poor and the favelados were reactivated. The war rhetoric starts to be diffused by the media and to integrate the pronouncements of the public power. The involvement of federal forces and the militarization of public security has become increasingly constant in order to counter drug trafficking. The mega-events that Brazil and RJ would host in 2008 promoted a new security policy to deal with drug trafficking. The Pacifying Police Units, as a project, invested in a new approach that involved a proximity police, based on human rights and equated with Rondon's pacifications. The project was initially successful; however, the territorial and financial loss of drug trafficking factions provoked a divergent reaction from these actors. At the end of November 2010, serial attacks began to take place in Rio in retaliation for the UPPs. The public authorities responded to these aggressions with occupation operations in the Penha and Alemão complexes that ended up resorting to ostensible discourses and practices and in defense of the militarized management of the favelas. The newspaper O Globo, through its Special Section – A Guerra do Rio – reported on the operations and replicated the government's war speech. Aiming to understand the representation of the war discourse, this dissertation aims to analyze the special section of the newspaper O Globo covering the occupation of the Complexos and the role of this discourse in public safety. It is assumed that the discourse used in "A Guerra do Rio" invested in militaristic rhetoric dealing with the presence of federal and state forces seeking to build a truth about the "pacification" of the favelas that would justify the execution of extraordinary practices such as violence and militarization. In order to develop the theme and reach the intended objectives of this work, we will use the Securitization Theory and Discourse Analysis as a theoretical-methodological framework.164 p.Rodrigues, Thiago Moreira de Souzahttp://lattes.cnpq.br/7161863911197127Maciel, Tadeu Moratohttp://lattes.cnpq.br/6172905162147793Kalil, Mariana Alves da Cunhahttp://lattes.cnpq.br/5082149016344070http://lattes.cnpq.br/7352534958357460Silva, Felipe Carvalho da2022-05-09T16:37:20Z2022-05-09T16:37:20Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSILVA, Felipe Carvalho da. Noticiários de guerra: a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão. 2021. 164 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Estratégicos) - Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança, Instituto de Estudos Estratégicos, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.http://app.uff.br/riuff/handle/1/24984http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2021.m.05762683729CC-BY-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFF2022-05-09T16:37:24Zoai:app.uff.br:1/24984Repositório InstitucionalPUBhttps://app.uff.br/oai/requestriuff@id.uff.bropendoar:21202022-05-09T16:37:24Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
title Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
spellingShingle Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
Silva, Felipe Carvalho da
Discurso
Guerra
Militarização
Narcotráfico
Pacificação
Narcotráfico
Pacificação
Militarização
Guerra
Unidades de Polícia Pacificadora
Discourse
War
Militarization
Drug Trafficking
Pacification
title_short Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
title_full Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
title_fullStr Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
title_full_unstemmed Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
title_sort Noticiários de guerra : a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão
author Silva, Felipe Carvalho da
author_facet Silva, Felipe Carvalho da
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Rodrigues, Thiago Moreira de Souza
http://lattes.cnpq.br/7161863911197127
Maciel, Tadeu Morato
http://lattes.cnpq.br/6172905162147793
Kalil, Mariana Alves da Cunha
http://lattes.cnpq.br/5082149016344070
http://lattes.cnpq.br/7352534958357460
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Felipe Carvalho da
dc.subject.por.fl_str_mv Discurso
Guerra
Militarização
Narcotráfico
Pacificação
Narcotráfico
Pacificação
Militarização
Guerra
Unidades de Polícia Pacificadora
Discourse
War
Militarization
Drug Trafficking
Pacification
topic Discurso
Guerra
Militarização
Narcotráfico
Pacificação
Narcotráfico
Pacificação
Militarização
Guerra
Unidades de Polícia Pacificadora
Discourse
War
Militarization
Drug Trafficking
Pacification
description O narcotráfico sendo um crime de ordem transnacional, com maior destaque na América do Sul, passou a despontar no Brasil, em específico no Rio de Janeiro, no decorrer da década de 1970. Contudo, o seu crescimento e consolidação ocorrem nas décadas posteriores. Esta inserção representou uma deterioração no quadro da segurança pública do RJ. O aumento da criminalidade e da violência alcançou números superiores em comparação ao Estado, refletindo a crise da segurança pública. A partir disto, os traficantes se tornaram o inimigo interno a ser combatido. Tal fato passou a ser explorado pelos atores políticos e os meios de comunicação. A intensificação dos conflitos entre as forças de segurança e as facções entram no cotidiano do carioca. A percepção que o poder público e a mídia transmitem, a população, era do estado se encontrar em um ambiente condizente a uma guerra. Este problema se agrava devido aos narcotraficantes buscarem refúgios nas favelas, por serem localidades de difícil acesso e fáceis de defender. As favelas foram ratificadas e retratadas como locus da violência e sob domínio dos grupos narcotraficantes, porém nesta ocasião agregou-se o discurso de guerra e reativou preconceitos de raça e classe contra o negro, pobre e favelado. A retórica de guerra passa a ser difundida pelas mídias e a integrar os pronunciamentos do poder público. O envolvimento de forças federais e a militarização da segurança pública se tornou cada vez mais constante com o objetivo de contrapor o narcotráfico. Os megaeventos que o Brasil e o RJ iriam sediar promoveu em 2008 um nova política de segurança para lidar com o narcotráfico. As Unidades de Polícia Pacificadora, como projeto, investiu em uma nova abordagem que envolviam uma polícia de proximidade, baseada nos direitos humanos e equiparada as pacificações de Rondon. O projeto inicialmente foi bem sucedido, entretanto a perda territorial e financeira das fações do narcotráfico provocou uma reação divergente destes atores. No final de novembro de 2010, ataques em série passam a ocorrer no Rio em represália as UPPs. O poder público respondeu, a estas agressões, com operações de ocupação nos Complexos da Penha e do Alemão que acabaram por recorrer aos discursos e práticas ostensivas e na defesa da gestão militarizada das favelas. O jornal O Globo por meio de seu Caderno Especial – A Guerra do Rio – noticiou as operações e replicou o discurso de guerra do poder público. Visando compreender a representação do discurso de guerra, a presente dissertação tem como objetivo geral analisar o caderno especial do jornal O Globo na cobertura na ocupação dos Complexos e o papel deste discurso na segurança pública. Parte-se do pressuposto que o discurso empregado no “A Guerra do Rio” investiu na retórica militarista tratando da presença das forças federais e estaduais procurando construir uma verdade sobre a “pacificação” das favelas que justificaria a execução de práticas extraordinárias como violência e militarização. Para o desenvolvimento do tema e alcançar os objetivos pretendidos neste trabalho utilizaremos a Teoria da Securitização e a Análise do Discurso como arcabouço teórico-metodológico.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2022-05-09T16:37:20Z
2022-05-09T16:37:20Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SILVA, Felipe Carvalho da. Noticiários de guerra: a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão. 2021. 164 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Estratégicos) - Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança, Instituto de Estudos Estratégicos, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24984
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2021.m.05762683729
identifier_str_mv SILVA, Felipe Carvalho da. Noticiários de guerra: a "construção" do discurso de guerra a partir das operações de ocupação de 2010 nos Complexos da Penha e do Alemão. 2021. 164 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Estratégicos) - Programa de Pós-Graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança, Instituto de Estudos Estratégicos, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
url http://app.uff.br/riuff/handle/1/24984
http://dx.doi.org/10.22409/PPGEST.2021.m.05762683729
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv CC-BY-SA
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv CC-BY-SA
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
collection Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF) - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv riuff@id.uff.br
_version_ 1807838719801032704