Pretos e pardos nas instituições de assistência à saúde no Rio de Janeiro (1850-1919): um estudo sobre o louco-pobre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sanglard,Gisele
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Claper,Jeanine R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tempo (Niterói. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042021000200445
Resumo: Resumo: O artigo analisa a presença de pretos e pardos nas tradicionais instituições de assistência aos pobres, especificamente a população assistida nos hospitais de alienados na cidade e no estado do Rio de Janeiro, da virada do século XIX para o XX. O argumento central é o de que o perfil sociocultural e racial dos doentes nessas diversas instituições vincula-se às características da sociedade em que elas estão localizadas - notadamente o processo de abolição da escravatura. O artigo apresenta uma visão geral da assistência à pobreza e suas relações com as mudanças estruturais urbanas na cidade do Rio de Janeiro; do discurso científico do médico baiano Juliano Moreira no seu esforço de afastar da sociedade brasileira os estigmas da raça e da degeneração como causas da doença mental. Por fim, a modificação do perfil racial do público atendido nas instituições de assistência no Rio de Janeiro, entre 1850 e 1919, principalmente no Hospício de Pedro II/Hospício Nacional, nas Misericórdias do Rio de Janeiro e Valença e no Hospício anexo ao Hospital São João Batista, em Niterói.
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