Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Joana PLaza
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Gênero
Texto Completo: https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31046
Resumo: Este trabalho é uma reflexão sobre a Teoria dos Atos de Fala, de J. L. Austin (1998; [1976]). Meu objetivo é oferecer uma interpretação feminista ao problema da relação entre linguagem e corpo. Para isso, baseio-me nas interpretações de Butler (1997; 1999), Derrida (1979; 1990) e Rajagopalan (1989; 1990; 1992; 1996) que se referem ao trabalho de Austin. Discuto que a impossibilidade do controle intencional do ato de fala exclui a unicidade própria à idéia de "efeito mental" e desloca os limites da ação do ato de fala para além da ilocução - para o campo controverso do corpo que fala. O sujeito que fala é aquele que produz um ato corporalmente; o ato de fala exige o corpo. A presença material e simbólica do corpo na execução do ato é uma marca que se impõe no efeito lingüístico. O corpo, como elemento regulado pelas convenções ritualizadas nele inscritas, e performativizado pelo ato que postula sua significação prévia, impede a redução da análise do ato de fala à análise simples das convenções lingüísticas, e exige levar em conta a integralidade da materialidade do corpo que produz o ato. Palavras chave: performatividade; atos de fala; corpo; J. L. Austin; teoria feminista.
id UFF-8_04f4d23306b467da283f2a4af84e709a
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/31046
network_acronym_str UFF-8
network_name_str Gênero
repository_id_str
spelling Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpoEste trabalho é uma reflexão sobre a Teoria dos Atos de Fala, de J. L. Austin (1998; [1976]). Meu objetivo é oferecer uma interpretação feminista ao problema da relação entre linguagem e corpo. Para isso, baseio-me nas interpretações de Butler (1997; 1999), Derrida (1979; 1990) e Rajagopalan (1989; 1990; 1992; 1996) que se referem ao trabalho de Austin. Discuto que a impossibilidade do controle intencional do ato de fala exclui a unicidade própria à idéia de "efeito mental" e desloca os limites da ação do ato de fala para além da ilocução - para o campo controverso do corpo que fala. O sujeito que fala é aquele que produz um ato corporalmente; o ato de fala exige o corpo. A presença material e simbólica do corpo na execução do ato é uma marca que se impõe no efeito lingüístico. O corpo, como elemento regulado pelas convenções ritualizadas nele inscritas, e performativizado pelo ato que postula sua significação prévia, impede a redução da análise do ato de fala à análise simples das convenções lingüísticas, e exige levar em conta a integralidade da materialidade do corpo que produz o ato. Palavras chave: performatividade; atos de fala; corpo; J. L. Austin; teoria feminista.ABEC2012-12-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/3104610.22409/rg.v3i1.260Revista Gênero; v. 3 n. 1 (2002): Revista Gênero2316-11081517-969910.22409/rg.v3i1reponame:Gêneroinstname:Universidade Federal Fluminense (UFF)instacron:UFFporhttps://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31046/18135Copyright (c) 2019 Revista Gêneroinfo:eu-repo/semantics/openAccessPinto, Joana PLaza2019-08-16T15:06:38Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/31046Revistahttps://periodicos.uff.br/revistageneroPUBhttps://periodicos.uff.br/revistagenero/oairevistagenero@uol.com.br||pps.ess@id.uff.br2316-11081517-9699opendoar:2019-08-16T15:06:38Gênero - Universidade Federal Fluminense (UFF)false
dc.title.none.fl_str_mv Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
title Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
spellingShingle Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
Pinto, Joana PLaza
title_short Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
title_full Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
title_fullStr Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
title_full_unstemmed Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
title_sort Performatividade radical: ato de fala ou ato de corpo
author Pinto, Joana PLaza
author_facet Pinto, Joana PLaza
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Pinto, Joana PLaza
description Este trabalho é uma reflexão sobre a Teoria dos Atos de Fala, de J. L. Austin (1998; [1976]). Meu objetivo é oferecer uma interpretação feminista ao problema da relação entre linguagem e corpo. Para isso, baseio-me nas interpretações de Butler (1997; 1999), Derrida (1979; 1990) e Rajagopalan (1989; 1990; 1992; 1996) que se referem ao trabalho de Austin. Discuto que a impossibilidade do controle intencional do ato de fala exclui a unicidade própria à idéia de "efeito mental" e desloca os limites da ação do ato de fala para além da ilocução - para o campo controverso do corpo que fala. O sujeito que fala é aquele que produz um ato corporalmente; o ato de fala exige o corpo. A presença material e simbólica do corpo na execução do ato é uma marca que se impõe no efeito lingüístico. O corpo, como elemento regulado pelas convenções ritualizadas nele inscritas, e performativizado pelo ato que postula sua significação prévia, impede a redução da análise do ato de fala à análise simples das convenções lingüísticas, e exige levar em conta a integralidade da materialidade do corpo que produz o ato. Palavras chave: performatividade; atos de fala; corpo; J. L. Austin; teoria feminista.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-12-13
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31046
10.22409/rg.v3i1.260
url https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31046
identifier_str_mv 10.22409/rg.v3i1.260
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31046/18135
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Revista Gênero
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Revista Gênero
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv ABEC
publisher.none.fl_str_mv ABEC
dc.source.none.fl_str_mv Revista Gênero; v. 3 n. 1 (2002): Revista Gênero
2316-1108
1517-9699
10.22409/rg.v3i1
reponame:Gênero
instname:Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron:UFF
instname_str Universidade Federal Fluminense (UFF)
instacron_str UFF
institution UFF
reponame_str Gênero
collection Gênero
repository.name.fl_str_mv Gênero - Universidade Federal Fluminense (UFF)
repository.mail.fl_str_mv revistagenero@uol.com.br||pps.ess@id.uff.br
_version_ 1799319677085679616