“Eu quero ser grande e estudar”: o que pensam as crianças da pré-escola sobre o ingresso no 1º ano do Ensino Fundamental?

• Autor(a) principal: Castilhos, Stéphanie Regina
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
• Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4199
• topic: Pesquisa com Crianças; Infância(s); Ingresso no Ensino fundamental; Ensino Fundamental de nove anos

O presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), propõe uma reflexão sobre a temática “O ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental na perspectiva das crianças”. O tema tornou-se relevante a partir da conclusão do estágio obrigatório de Educação Infantil, realizado em 2019, com uma turma de pré-escola, momento em que surgiu a ideia de investigar as teorias das próprias crianças sobre o ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental. Além disso, durante os cinco anos de graduação, os componentes curriculares do curso de Licenciatura em Pedagogia pouco ou quase nada referiram-se especificamente sobre essa temática o que me indagou ainda mais a pesquisar sobre o tema. Tal estudo tem como problemática de pesquisa: “Que expectativas e teorias as crianças constroem sobre o ingresso no primeiro ano do Ensino Fundamental?” e como objetivo geral investigar quais são as teorias das crianças sobre o ingresso no 1º ano do Ensino Fundamental de nove anos. Para atingir o objetivo proposto, foram utilizados como caminhos metodológicos uma abordagem qualitativa, envolvendo pesquisa bibliográfica e documental; pesquisa de campo com crianças, com a utilização de entrevistas e, por fim, uma análise de conteúdo a partir das teorias levantadas pelas crianças. Dessa forma, este estudo se estrutura em cinco capítulos. O primeiro apresenta a metodologia utilizada. O segundo capítulo teoriza sobre o Ensino Fundamental de nove anos no Brasil, seu percurso histórico, leis, normativas e também tece algumas críticas a essa reorganização. No terceiro, buscou-se compreender o processo de inserção das crianças de seis anos no primeiro ano do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, trazendo concepções e desafios à docência. O quarto capítulo conceitua criança e infância(s), ressaltando a brincadeira e o desenho como formas e linguagens de aprendizagem. Por fim, o quinto capítulo, apresenta as reflexões sobre as teorias de treze crianças de cinco e seis anos de idade, sobre os seus ingressos no primeiro ano do Ensino Fundamental. Após refletir sobre as teorias das crianças, pode-se afirmar que há diversidade de opiniões sobre o tema, sendo possível perceber que algumas ideias já formadas pelas crianças possuem grande influência social e cultural e voltam-se aos métodos tradicionais de ensino. Ainda, percebe-se a necessidade de desconstruir a ideia de ruptura, de descontinuidade que há entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, pois as crianças continuam sendo crianças até os seus 12 anos incompletos, o que exige levar em consideração os seus direitos destacados nos documentos que regem o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Através das leituras realizadas sobre o tema, conclui-se que o cuidar e o educar devem estar presentes em ambas etapas, sendo um dos princípios orientadores para o processo de ensino e aprendizagem.