Geografia e questão indígena: conflito de territorialidades na terra indígena do Mato Preto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vedovatto, Marjana
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)
Texto Completo: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1157
Resumo: O presente trabalho de conclusão de curso visa abordar o conflito de territorialidades existente entre indígenas e “pequenos agricultores” no processo de demarcação da Terra Indígena do Mato Preto no Norte do estado do Rio Grande do Sul. Pretende-se fazer uma análise a partir da identificação de características culturais, econômicas, sociais e históricas de cada um dos grupos envolvidos, as quais caracterizam suas territorialidades. Sendo que a partir do momento em que se intenta demarcar um território, ocupado por um grupo não indígena, como Terra Indígena de posse legalmente estabelecida, cria-se um conflito onde dois grupos com territorialidades distintas passam a disputar uma mesma área. Esse conflito gera inúmeros desdobramentos relacionados ao cotidiano dos envolvidos, que acabam deixando vir à tona o pensamento hegemônico de raiz eurocêntrica, branca, produtivista, claramente presente no discurso midiático e da própria sociedade, em contraposição à cultura indígena diferenciada de ocupação e uso da terra. Buscaremos trazer, primeiramente, elementos históricos para contextualizar o processo de colonização ocorrido no Rio Grande do Sul e em especial no Norte do estado, trazendo aspectos socioeconômicos e culturais a essa discussão. Posteriormente, será tratado sobre como está ocorrendo o processo de demarcação da terra indígena, abordando suas problemáticas e os conflitos inerentes a esse processo, buscando relacionar os acontecimentos evidenciados com os conceitos geográficos de território, territorialidades e identidade. Por fim, pretende-se fazer uma análise da questão indígena em um sentido mais abrangente, buscando dialogar o caso de Mato Preto com a realidade indígena brasileira e o abuso de direitos humanos que esse grupo, bem como outros, também denominados “comunidades tradicionais” vem sofrendo desde o período colonialaté os dias de hoje.
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Pretende-se fazer uma análise a partir da identificação de características culturais, econômicas, sociais e históricas de cada um dos grupos envolvidos, as quais caracterizam suas territorialidades. Sendo que a partir do momento em que se intenta demarcar um território, ocupado por um grupo não indígena, como Terra Indígena de posse legalmente estabelecida, cria-se um conflito onde dois grupos com territorialidades distintas passam a disputar uma mesma área. Esse conflito gera inúmeros desdobramentos relacionados ao cotidiano dos envolvidos, que acabam deixando vir à tona o pensamento hegemônico de raiz eurocêntrica, branca, produtivista, claramente presente no discurso midiático e da própria sociedade, em contraposição à cultura indígena diferenciada de ocupação e uso da terra. Buscaremos trazer, primeiramente, elementos históricos para contextualizar o processo de colonização ocorrido no Rio Grande do Sul e em especial no Norte do estado, trazendo aspectos socioeconômicos e culturais a essa discussão. Posteriormente, será tratado sobre como está ocorrendo o processo de demarcação da terra indígena, abordando suas problemáticas e os conflitos inerentes a esse processo, buscando relacionar os acontecimentos evidenciados com os conceitos geográficos de território, territorialidades e identidade. 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