O mangá em tempos sombrios: do caos a redenção
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) |
Texto Completo: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3295 |
Resumo: | Visualizando a crescente globalização, os produtos culturais outrora presos a suas gêneses podem ser soltos dessa amarra cultural. Assim, frequentemente objetos que foram criados com uma finalidade se modificam ao terem contatos com as mais diversas culturas e seus subprodutos. O mangá moderno criado por volta de 1920 se altera bruscamente no momento em que o Japão se encaminha para entrar na Segunda-Guerra Mundial. Tendo em vista seu consumo por todo o mundo, o mangá é um objeto que atualmente o historiador pode utilizar para pesquisar sobre as mais diversas questões, como as relações entre as forças do governo e a população, as relações familiares, entre infinitas outras questões que o mangá nos apresenta, pois esse se difere dos HQ´s americanos, onde até pouco tempo atrás, apenas relações mais horizontais eram formuladas em contrapartida da verticalidade sempre expressa no mangá, dado que o seu conceito de origem traduzido é “imagens irreverentes”, trazendo desde a construção do mesmo, temáticas que fugiam a lógica elitista existente no Japão, isto é, imagens de samurais, gueixas e outros elementos estereotipados do Japão feudal. Assim, esse produto está fora de ser um objeto neutro de influências de discurso e de historicidade, sofrendo constante hibridação enquanto se construía como uns dos produtos hegemônicos de descontração em um mundo pré-televisão. Durante o que fora os anos de 1930, 1940 e 1950, o mangá se reconstrói para servir ao momento histórico em que existia, desta forma, servindo como propaganda para o ultranacionalismo japonês. Após a queda das bombas de Hiroshima e Nagasaki, um choque, um trauma está presente na população japonesa, e o mangá mais tarde, após longo tempo de luto, viria a se tornar um propagador da luta pela paz. Mas a história não é estática. Ela está em constante movimento e como viria a ser, o mangá passa a se recriar novamente para se adaptar ao novo mundo em que está engatado, trazendo as mais diversas temáticas, variando de uma forma surpreendente, de modo que os sujeitos ocidentais não conseguem entender as relações presentes nos mesmos, pois estão vazios de experiências culturais do outro e embebidos em demasia em seus preconceitos para poderem desfrutar de novos experimentos. |
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Souza, Fábio Francisco Feltrin deSouza, Fábio Francisco Feltrin deMachado, RicardoWessoloski, JéssicaZanoni, Antonio Augusto2018-06-292019-11-08T14:31:46Z20192019-11-08T14:31:46Z2018https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3295Visualizando a crescente globalização, os produtos culturais outrora presos a suas gêneses podem ser soltos dessa amarra cultural. Assim, frequentemente objetos que foram criados com uma finalidade se modificam ao terem contatos com as mais diversas culturas e seus subprodutos. O mangá moderno criado por volta de 1920 se altera bruscamente no momento em que o Japão se encaminha para entrar na Segunda-Guerra Mundial. Tendo em vista seu consumo por todo o mundo, o mangá é um objeto que atualmente o historiador pode utilizar para pesquisar sobre as mais diversas questões, como as relações entre as forças do governo e a população, as relações familiares, entre infinitas outras questões que o mangá nos apresenta, pois esse se difere dos HQ´s americanos, onde até pouco tempo atrás, apenas relações mais horizontais eram formuladas em contrapartida da verticalidade sempre expressa no mangá, dado que o seu conceito de origem traduzido é “imagens irreverentes”, trazendo desde a construção do mesmo, temáticas que fugiam a lógica elitista existente no Japão, isto é, imagens de samurais, gueixas e outros elementos estereotipados do Japão feudal. Assim, esse produto está fora de ser um objeto neutro de influências de discurso e de historicidade, sofrendo constante hibridação enquanto se construía como uns dos produtos hegemônicos de descontração em um mundo pré-televisão. Durante o que fora os anos de 1930, 1940 e 1950, o mangá se reconstrói para servir ao momento histórico em que existia, desta forma, servindo como propaganda para o ultranacionalismo japonês. Após a queda das bombas de Hiroshima e Nagasaki, um choque, um trauma está presente na população japonesa, e o mangá mais tarde, após longo tempo de luto, viria a se tornar um propagador da luta pela paz. Mas a história não é estática. Ela está em constante movimento e como viria a ser, o mangá passa a se recriar novamente para se adaptar ao novo mundo em que está engatado, trazendo as mais diversas temáticas, variando de uma forma surpreendente, de modo que os sujeitos ocidentais não conseguem entender as relações presentes nos mesmos, pois estão vazios de experiências culturais do outro e embebidos em demasia em seus preconceitos para poderem desfrutar de novos experimentos.Visualizing the growing globalization, cultural products once trapped in their genesis can be released from this cultural tie. Thus, often objects that have been created for a purpose are modified by having contacts with the most diverse cultures and their by-products. The modern manga created around 1920 is abruptly altered as Japan heads towards World War II. In view of its consumption throughout the world, the manga is an object that the historian can use today to research on the most diverse issues, such as the relations between government forces and the population, family relations, among many other issues that the manga differs from the American Comics, where until a little while ago, only horizontal relations were formulated in contrast with the verticality always expressed in the manga, since its concept of translated origin is "irreverent images" bringing themes that escaped the elitist logic in Japan, that is, images of samurai, geisha, and other stereotyped elements of feudal Japan. Thus, this product is far from being a neutral object of influences of discourse and historicity, suffering constant hybridization while being constructed as one of the hegemonic products of relaxation in a pre-television world. During the 1930s, 1940s and 1950s, the manga was rebuilt to serve the historical moment in which it existed, thus, serving as propaganda for Japanese ultranationalism. After the fall of the Hiroshima and Nagasaki bombs, a shock, a trauma is present in the Japanese population, and the manga later, after a long time of mourning, would become a propagator of the struggle for peace. But the story is not static. It is in constant movement and as it would be, the manga begins to recreate itself again to adapt to the new world in which it is engaged, bringing the most diverse themes, varying in a surprising way, so that the western subjects can not understand the relations present in them, because they are empty of cultural experiences of the other and too imbued in their prejudices to be able to enjoy new experiments.Submitted by Tania Ivani Rokohl (tania.rokohl@uffs.edu.br) on 2019-10-09T13:41:20Z No. of bitstreams: 1 ZANONI.pdf: 2185946 bytes, checksum: abd76f3632fa5d30863e37e586a50761 (MD5)Approved for entry into archive by Franciele Scaglioni da Cruz (franciele.cruz@uffs.edu.br) on 2019-11-08T14:31:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ZANONI.pdf: 2185946 bytes, checksum: abd76f3632fa5d30863e37e586a50761 (MD5)Made available in DSpace on 2019-11-08T14:31:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ZANONI.pdf: 2185946 bytes, checksum: abd76f3632fa5d30863e37e586a50761 (MD5) Previous issue date: 2018porUniversidade Federal da Fronteira SulUFFSBrasilCampus ErechimMangáOrientalismoBomba atômicaJaponesesMemóriaO mangá em tempos sombrios: do caos a redençãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)instacron:UFFSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/3295/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALZANONI.pdfZANONI.pdfapplication/pdf2185946https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/3295/1/ZANONI.pdfabd76f3632fa5d30863e37e586a50761MD51prefix/32952019-11-08 12:31:46.061oai:rd.uffs.edu.br:prefix/3295TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://rd.uffs.edu.br/oai/requestopendoar:39242019-11-08T14:31:46Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)false |
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