Quantificação e remoção de íons cobre em cachaças
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) |
Texto Completo: | https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1854 |
Resumo: | A cachaça é um produto destilado obtido a partir da cana-de-açúcar, o Brasil produz em média 1,6 bilhões de litros, sendo que 300 milhões são de cachaça artesanal e a maioria é produzida em alambiques de cobre. Apesar da tradição desta bebida, a cadeia produtiva busca aperfeiçoar e padronizar a cachaça para que atenda as exigências do mercado de exportação. Um dos problemas na produção é a contaminação por cobre (Cu), vindo do próprio destilador. A presença de Cu são atribuídas propriedades organoléticas características da cachaça, não obtidas em destiladores de aço inoxidável. Porém, o excesso de Cu pode ser tóxico devido à afinidade do metal com grupos sulfidrilas (S-H) de muitas proteínas e enzimas, sendo associado a várias doenças. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo verificar a eficiência dos seguintes adsorventes: Luffa clindrica, poliuretano e malte de cevada para a remoção de Cu de cachaças artesanais. Objetivou-se a remoção parcial do metal de forma que as características sensoriais sejam mantidas e para que a bebida atenda aos teores preconizados pela legislação. Cinco amostras de cachaças artesanais, produzidas na região missioneira situada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, foram obtidas mediante doação. Para a determinação do Cu utilizou-se a técnica de Espectrometria de Absorção Atômica com Chama (FAAS). Das cinco amostras de cachaça artesanais analisadas por FAAS verificou-se que somente uma não atende a legislação brasileira, que estabelece o limite máximo de 5 mg.L -1 de Cu nos destilados alcoólicos. Também verificou-se que apenas uma atende o permitido em se tratando de exportação que é de 2 mg.L -1 de Cu. O adsorvente que apresentou resultados mais satisfatórios foi o a Luffa cylindrica, chamada de bioadsorvente por se tratar de um adsorvente natural. Ensaios de adsorção foram realizados sob os parâmetros de tempo de agitação e massa do bioadsorvente. Assim observou-se que o tempo teve influência somente nas menores massas (0,125 g e 0,250 g). Verificou-se que a quantidade de 0,750 g de bioadsorvente teve uma maior eficiência de remoção que a de 1,000 g, sendo também o ensaio de menor desvio padrão. Os resultados obtidos demonstram que o estudo com a Luffa cylindrica possibilitou a remoção parcial dos íons Cu 2+ de cachaças artesanais produzidas em alambique de cobre. Esta forma de remoção pode ser considerada uma alternativa viável para a obtenção de uma bebida de melhor qualidade, mantendo suas propriedades sensoriais e dentro da legislação. A perspectiva futura é desenvolver um dispositivo, que contenha Luffa cylindrica, para ser inserido no alambique de forma a melhorar a qualidade da cachaça local e torná-la competitiva com as demais. |
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Santos, Marlei Veiga dosCabrera, Liziara da CostaMattiazi, PatríciaTrindade, Cristina Ramos2017-12-122018-03-26T17:59:17Z2018-03-262018-03-26T17:59:17Z2017-12-12https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/1854A cachaça é um produto destilado obtido a partir da cana-de-açúcar, o Brasil produz em média 1,6 bilhões de litros, sendo que 300 milhões são de cachaça artesanal e a maioria é produzida em alambiques de cobre. Apesar da tradição desta bebida, a cadeia produtiva busca aperfeiçoar e padronizar a cachaça para que atenda as exigências do mercado de exportação. Um dos problemas na produção é a contaminação por cobre (Cu), vindo do próprio destilador. A presença de Cu são atribuídas propriedades organoléticas características da cachaça, não obtidas em destiladores de aço inoxidável. Porém, o excesso de Cu pode ser tóxico devido à afinidade do metal com grupos sulfidrilas (S-H) de muitas proteínas e enzimas, sendo associado a várias doenças. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo verificar a eficiência dos seguintes adsorventes: Luffa clindrica, poliuretano e malte de cevada para a remoção de Cu de cachaças artesanais. Objetivou-se a remoção parcial do metal de forma que as características sensoriais sejam mantidas e para que a bebida atenda aos teores preconizados pela legislação. Cinco amostras de cachaças artesanais, produzidas na região missioneira situada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, foram obtidas mediante doação. Para a determinação do Cu utilizou-se a técnica de Espectrometria de Absorção Atômica com Chama (FAAS). Das cinco amostras de cachaça artesanais analisadas por FAAS verificou-se que somente uma não atende a legislação brasileira, que estabelece o limite máximo de 5 mg.L -1 de Cu nos destilados alcoólicos. Também verificou-se que apenas uma atende o permitido em se tratando de exportação que é de 2 mg.L -1 de Cu. O adsorvente que apresentou resultados mais satisfatórios foi o a Luffa cylindrica, chamada de bioadsorvente por se tratar de um adsorvente natural. Ensaios de adsorção foram realizados sob os parâmetros de tempo de agitação e massa do bioadsorvente. Assim observou-se que o tempo teve influência somente nas menores massas (0,125 g e 0,250 g). Verificou-se que a quantidade de 0,750 g de bioadsorvente teve uma maior eficiência de remoção que a de 1,000 g, sendo também o ensaio de menor desvio padrão. Os resultados obtidos demonstram que o estudo com a Luffa cylindrica possibilitou a remoção parcial dos íons Cu 2+ de cachaças artesanais produzidas em alambique de cobre. Esta forma de remoção pode ser considerada uma alternativa viável para a obtenção de uma bebida de melhor qualidade, mantendo suas propriedades sensoriais e dentro da legislação. A perspectiva futura é desenvolver um dispositivo, que contenha Luffa cylindrica, para ser inserido no alambique de forma a melhorar a qualidade da cachaça local e torná-la competitiva com as demais.Cachaça is a destilled beverage made from sugar cane, which in Brazil it is produced about 1,6 billions of liters, being about 300 millions considered handmade product and most part of it is produced in copper alembic. Despite the tradition of the beverage, the production chain aims to improve and standardize the quality of cachaça to attend export market demands. One of the production issues is copper (Cu) contamination, coming from the distiller. The Cu presence is assigned to organoleptic characteristics of cachaça, that they are not found in stainless steel distillers. However, copper overload can be toxic due metal affinity to sulfhydryl groups (S-H) from many proteins and enzymes, being associated to several diseases. In this way, this work has as main objective verify the efficience of the following adsorptives: Luffa Cylindrica, polyurethane and barley malt, to remove Cu from handmade cachaça. The main goal is a partial metal removal from the beverage, helding sensorial characteristics and fulfilling the Cu levels required by law. Five samples of handmade cachaça, produced in the missionary region sited northwest of Rio Grande do Sul, were obtained through donation. To determine Cu concentration it was used Flame Atomic Absorption Spectrometry (FAAS). From the five samples of handmade cachaça analyzed by FAAS it was verified that just one did not respect Brazilian law, which establishes a maximum limit of 5 mg.L -1 of Cu in alcoholic distillated. It was also verified that just one presents the allowed regarding exportation that is 2 mg.L -1 of Cu. The absorbent that presented most satisfactory results was Luffa Cylindrica, called bioadsorvent because it is a natural adsorbent. Adsorption tests were performed under agitation time and bioadsorbent mass parameters. Thus, it was observed that time has influence only in smaller masses (0.125 g and 0.250 g). It was found that the amount of 0.750 g of bioadsorbent had higher removal efficiency than the 1.000 g, and it had lower standard deviation. The results obtained have been showed that the study with Luffa Cylindrica allowed partial removal of ion Cu 2+ from handmade cachaça produced in copper alembic. This way of removal can be considered a viable option to obtain a better quality beverage, keeping its sensorial properties and with Cu concentration under the law. A future perspective is to develop a device with Luffa Cylindrica, to be inserted in the alembic improving the quality of local cachaça and making it competitive against others.Submitted by Rafael Pinheiro de Almeida (rafael.almeida@uffs.edu.br) on 2018-03-26T17:19:01Z No. of bitstreams: 1 TRINDADE.pdf: 991375 bytes, checksum: 86be6285ad8f8fca6e8444eb843d48ed (MD5)Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2018-03-26T17:59:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TRINDADE.pdf: 991375 bytes, checksum: 86be6285ad8f8fca6e8444eb843d48ed (MD5)Made available in DSpace on 2018-03-26T17:59:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TRINDADE.pdf: 991375 bytes, checksum: 86be6285ad8f8fca6e8444eb843d48ed (MD5) Previous issue date: 2017-12-12porUniversidade Federal da Fronteira SulUFFSBrasilCampus Cerro LargoAlambiqueCobreProduto destiladoProdução de cana-de-açúcarLuffa cylindricaAlambiques de cobreQuantificação e remoção de íons cobre em cachaçasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS)instname:Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)instacron:UFFSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/1854/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ORIGINALTRINDADE.pdfTRINDADE.pdfapplication/pdf991375https://rd.uffs.edu.br:8443/bitstream/prefix/1854/1/TRINDADE.pdf86be6285ad8f8fca6e8444eb843d48edMD51prefix/18542018-10-29 11:16:07.454oai:rd.uffs.edu.br:prefix/1854TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://rd.uffs.edu.br/oai/requestopendoar:39242018-10-29T13:16:07Repositório Institucional da UFFS (Repositório Digital da UFFS) - Universidade Federal Fronteira do Sul (UFFS)false |
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