STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linguagem (Catalão. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/44850 |
Resumo: | Este artigo discute, no âmbito da metafísica, o “eu poroso” e o “eu armado”, partindo uma radiografia das intuições religiosas e ateístas do século XX. A formulação teórica tem como base as conclusões do filósofo canadense Charles Taylor, na sua obra A Secular Age, que faz uma antinomia entre duas formulações do eu: o “eu poroso” (ou: self poroso) e o “eu armado” (ou: self protegido). O primeiro caso refere-se a um eu que se fez presente em eras passadas e que se deixava penetrar por crenças, superstições, anjos e demônios. O segundo é a forma contemporânea do eu armado e protegido com as conquistas da razão no campo da ciência e avanços da tecnologia. Ao contrário do eu poroso o eu armado tem sua autonomia garantida em face de elementos transcendentais e metafísicos. O corpus para a aplicação da teoria exposta é o escritor, filósofo e futurólogo polonês Stanis?aw Lem (1921, Lvov – 2006, Cracóvia), considerado um dos clássicos da ficção científica do século XX. Em sua obra ficcional, sobretudo, em Fantástico e futurologia a interface entre a ciência e a metafísica possibilita demonstrar a proposta de Charles Taylor. Aliás, o propósito deste ensaio é justamente apresentar essa interface, de modo a empregar a ficção como ação privilegiada para se colocar em questão os julgamentos acerca da ausência do “eu poroso”, ou do seu caráter anacrônico, no mundo “desencantado” de hoje. |
id |
UFG-11_e847525ea1c9b7f68be2a1de13618e6a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs2.periodicos.ufcat.edu.br:article/44850 |
network_acronym_str |
UFG-11 |
network_name_str |
Linguagem (Catalão. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICAEste artigo discute, no âmbito da metafísica, o “eu poroso” e o “eu armado”, partindo uma radiografia das intuições religiosas e ateístas do século XX. A formulação teórica tem como base as conclusões do filósofo canadense Charles Taylor, na sua obra A Secular Age, que faz uma antinomia entre duas formulações do eu: o “eu poroso” (ou: self poroso) e o “eu armado” (ou: self protegido). O primeiro caso refere-se a um eu que se fez presente em eras passadas e que se deixava penetrar por crenças, superstições, anjos e demônios. O segundo é a forma contemporânea do eu armado e protegido com as conquistas da razão no campo da ciência e avanços da tecnologia. Ao contrário do eu poroso o eu armado tem sua autonomia garantida em face de elementos transcendentais e metafísicos. O corpus para a aplicação da teoria exposta é o escritor, filósofo e futurólogo polonês Stanis?aw Lem (1921, Lvov – 2006, Cracóvia), considerado um dos clássicos da ficção científica do século XX. Em sua obra ficcional, sobretudo, em Fantástico e futurologia a interface entre a ciência e a metafísica possibilita demonstrar a proposta de Charles Taylor. Aliás, o propósito deste ensaio é justamente apresentar essa interface, de modo a empregar a ficção como ação privilegiada para se colocar em questão os julgamentos acerca da ausência do “eu poroso”, ou do seu caráter anacrônico, no mundo “desencantado” de hoje.Universidade Federal de Catalão2017-01-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/4485010.5216/lep.v20i1.44850Linguagem: Estudos e Pesquisas; v. 20 n. 1 (2016)2358-1042reponame:Linguagem (Catalão. Online)instname:Universidade Federal de Goiás (UFG)instacron:UFGporhttps://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/44850/22285Copyright (c) 2017 Linguagem: Estudos e Pesquisasinfo:eu-repo/semantics/openAccessSIEWIERSKI, Henryk2017-01-03T11:44:10Zoai:ojs2.periodicos.ufcat.edu.br:article/44850Revistahttps://periodicos.ufcat.edu.br/lepPUBhttps://periodicos.ufcat.edu.br/lep/oai||revistalinguagem@gmail.com2358-10421519-6240opendoar:2017-01-03T11:44:10Linguagem (Catalão. Online) - Universidade Federal de Goiás (UFG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
title |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
spellingShingle |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA SIEWIERSKI, Henryk |
title_short |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
title_full |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
title_fullStr |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
title_full_unstemmed |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
title_sort |
STANIS?AW LEM: FICÇÃO NA ENCRUZILHADA DA CIÊNCIA COM A METAFÍSICA |
author |
SIEWIERSKI, Henryk |
author_facet |
SIEWIERSKI, Henryk |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SIEWIERSKI, Henryk |
description |
Este artigo discute, no âmbito da metafísica, o “eu poroso” e o “eu armado”, partindo uma radiografia das intuições religiosas e ateístas do século XX. A formulação teórica tem como base as conclusões do filósofo canadense Charles Taylor, na sua obra A Secular Age, que faz uma antinomia entre duas formulações do eu: o “eu poroso” (ou: self poroso) e o “eu armado” (ou: self protegido). O primeiro caso refere-se a um eu que se fez presente em eras passadas e que se deixava penetrar por crenças, superstições, anjos e demônios. O segundo é a forma contemporânea do eu armado e protegido com as conquistas da razão no campo da ciência e avanços da tecnologia. Ao contrário do eu poroso o eu armado tem sua autonomia garantida em face de elementos transcendentais e metafísicos. O corpus para a aplicação da teoria exposta é o escritor, filósofo e futurólogo polonês Stanis?aw Lem (1921, Lvov – 2006, Cracóvia), considerado um dos clássicos da ficção científica do século XX. Em sua obra ficcional, sobretudo, em Fantástico e futurologia a interface entre a ciência e a metafísica possibilita demonstrar a proposta de Charles Taylor. Aliás, o propósito deste ensaio é justamente apresentar essa interface, de modo a empregar a ficção como ação privilegiada para se colocar em questão os julgamentos acerca da ausência do “eu poroso”, ou do seu caráter anacrônico, no mundo “desencantado” de hoje. |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017-01-03 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/44850 10.5216/lep.v20i1.44850 |
url |
https://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/44850 |
identifier_str_mv |
10.5216/lep.v20i1.44850 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.ufcat.edu.br/lep/article/view/44850/22285 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 Linguagem: Estudos e Pesquisas info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 Linguagem: Estudos e Pesquisas |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Catalão |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Catalão |
dc.source.none.fl_str_mv |
Linguagem: Estudos e Pesquisas; v. 20 n. 1 (2016) 2358-1042 reponame:Linguagem (Catalão. Online) instname:Universidade Federal de Goiás (UFG) instacron:UFG |
instname_str |
Universidade Federal de Goiás (UFG) |
instacron_str |
UFG |
institution |
UFG |
reponame_str |
Linguagem (Catalão. Online) |
collection |
Linguagem (Catalão. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Linguagem (Catalão. Online) - Universidade Federal de Goiás (UFG) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistalinguagem@gmail.com |
_version_ |
1798328447600164864 |