DIALÉTICA NEGATIVA: FILOSOFIA E METAFÍSICA - TENSÕES

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pucci, Bruno
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Inter-ação (Goiânia. Online)
Texto Completo: https://revistas.ufg.br/interacao/article/view/31706
Resumo: Este ensaio se propõe a analisar o conceito  de Metafísica desenvolvido por Theodor Adorno na “Parte III, Modelos”,  de seu livro Dialética Negativa. Inicialmente se detém na abordagem da categoria dialética negativa, que se constitui no diálogo com Hegel e, ao mesmo tempo, em contraposição à sua dialética idealista, tomando como referência o pressuposto de que somente o conceito pode ultrapassar o conceito e assim se aproximar do não-conceitual. A seguir, à semelhança do processo anterior, denota o texto que o frankfurtiano, na construção de uma nova metafísica, não abandona as categorias específicas que historicamente lhe deram sustentabilidade, porém, inverte-as na tendência de sua direção: a metafísica negativa emigra para a micrologia, para “a escória do mundo dos fenômenos”. Conceitos-chave da metafísica tradicional -- essência, infinitude e profundidade --, no contexto da primazia do objeto sobre o sujeito, se voltam agora para “as coisas dos homens”. O ensaio mostra, ainda, que Adorno, instigado pela observação de Simmel, de como é espantoso o quão pouco os sofrimentos da humanidade são observados na história da filosofia, construída numa perspectiva idealista, se volta para a análise da dor, dos lamentos, do genocídio, tristes realidades que caracterizam a história dos homens em tempos de sociedades capitalistas.
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