¿É Possível viver bem com a herança ideológica da Bartolina Sisa, guerreira, comandante e mártir Aymara do século XVIII?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Yanguas, Marco Antonio Candia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5595
Resumo: Quando falamos de herança, quase sempre associamos a ideia a bens materiais, um familiar ou amigo que morre e deixa os seus bens materiais para quem o quiser, raramente a herança é imaterial, como neste caso. Bartolina Sisa Vargas (1753-1782), guerreira, comandante, índia, aimará e mártir, boliviana, símbolo de resistência contra a arrogante, patriarcal e criminosa colônia espanhola, foi uma mulher que cresceu numa família de iniciativa própria, eram mercadores, desde muito jovem aprendeu a serem independente e economicamente soberana. Devido à sua atividade, às injustiças que sofreu dos bárbaros invasores europeus, foi mais nas extorsões e apropriações de sua mercadoria, ela comprava coca dos Yungas e vendia em diferentes cidades como Potosí, Oruro, La Paz, etc., entre outros produtos. A movimentação geográfica forçada pelo comércio a fez ver, conhecer e ter consciência da realidade, do sofrimento do seu povo nas mãos do bárbaro e selvagem colonizador. Crianças, mulheres, homens e idosos explorados até a morte, tratados com tanta crueldade e injustiça que ela não aguentava, essa realidade a fez entender o papel fundamental das mulheres na luta contra os colonizadores e invasores europeus, pois "as mulheres não eram apenas comandantes, generais e soldados, mas também criadoras de ideologia tanto com suas ações quanto discursivamente". (ARI, 2016, p. 2). É por isso que em 1781, junto com seu marido Tupac Katari, que também era comerciante e viajava muito, consciente das injustiças irracionais sofridas por seu povo, iniciaram o primeiro cerco à cidade de La Paz, apelando à subjetividade e à razão ancestral que haviam sido dura, cruel, bárbara e selvagemente atacadas pela invasão bestial, retornando às antigas práticas como paridade, complementaridade, reciprocidade, alternância, equilíbrio, harmonia, despatriarcalização, com uma razão crítica e mítica. Nos mostraram na prática a luta pela descolonização e liberdade dos nossos povos. Nesta pesquisa analisaremos essa herança ideológica de nossa avó Bartolina Sisa, o papel igualitário e fundamental da mulher na cosmologia milenar de nossas nações originárias, em oposição à visão malvada, cruel e tirânica invasora onde a mulher europeia era inútil, pior a mulher originaria. Fazendo uso da história oral com abordagem qualitativa e a hermenêutica, para interpretar, revelar e tornar visível o contexto de seus significados, a influência e as conquistas nos movimentos sociais atuais na Bolívia. Para saber quanto da herança nos resta hoje, fizemos um questionário de sete perguntas, os resultados da pesquisa viram fortalecer o pensamento ideológico SISA-KATARI, reconhecendo o valor e a coragem da mulher aimará, quando assume sua identidade com uma forte autoestima é capaz de comandar a própria vida, a de sua família, até mesmo de exércitos como Bartolina Sisa, fez que não só se enfrentam, mas também podam derrotar inimigos tão cruéis, malvados, covardes e crentes como os invasores monoteístas, quando ela sem formação em escolas de guerra como os invasores, comandou mais de oitenta mil soldados aimarás, que fizeram fugir do campo de batalha ao covarde invasor, com as táticas e estratégias do exército aimará sob o comando de Bartolina Sisa. A revolução SISA-KATARI foi à inspiração para muitas outras, inclusive europeias como a revolução francesa.
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Bartolina Sisa Vargas (1753-1782), guerreira, comandante, índia, aimará e mártir, boliviana, símbolo de resistência contra a arrogante, patriarcal e criminosa colônia espanhola, foi uma mulher que cresceu numa família de iniciativa própria, eram mercadores, desde muito jovem aprendeu a serem independente e economicamente soberana. Devido à sua atividade, às injustiças que sofreu dos bárbaros invasores europeus, foi mais nas extorsões e apropriações de sua mercadoria, ela comprava coca dos Yungas e vendia em diferentes cidades como Potosí, Oruro, La Paz, etc., entre outros produtos. A movimentação geográfica forçada pelo comércio a fez ver, conhecer e ter consciência da realidade, do sofrimento do seu povo nas mãos do bárbaro e selvagem colonizador. 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Nesta pesquisa analisaremos essa herança ideológica de nossa avó Bartolina Sisa, o papel igualitário e fundamental da mulher na cosmologia milenar de nossas nações originárias, em oposição à visão malvada, cruel e tirânica invasora onde a mulher europeia era inútil, pior a mulher originaria. Fazendo uso da história oral com abordagem qualitativa e a hermenêutica, para interpretar, revelar e tornar visível o contexto de seus significados, a influência e as conquistas nos movimentos sociais atuais na Bolívia. Para saber quanto da herança nos resta hoje, fizemos um questionário de sete perguntas, os resultados da pesquisa viram fortalecer o pensamento ideológico SISA-KATARI, reconhecendo o valor e a coragem da mulher aimará, quando assume sua identidade com uma forte autoestima é capaz de comandar a própria vida, a de sua família, até mesmo de exércitos como Bartolina Sisa, fez que não só se enfrentam, mas também podam derrotar inimigos tão cruéis, malvados, covardes e crentes como os invasores monoteístas, quando ela sem formação em escolas de guerra como os invasores, comandou mais de oitenta mil soldados aimarás, que fizeram fugir do campo de batalha ao covarde invasor, com as táticas e estratégias do exército aimará sob o comando de Bartolina Sisa. A revolução SISA-KATARI foi à inspiração para muitas outras, inclusive europeias como a revolução francesa.When we talk about an inheritance, we almost always associate the idea with material goods, a family member or friend who dies and leaves their material goods for whoever wants it, rarely is the inheritance immaterial, as in this case. Bartolina Sisa Vargas (1753- 1782), warrior and commander, Indigenous woman, Aymara, Bolivian, symbol of resistance against the arrogant, patriarchal and criminal Spanish colony, was a woman who grew up in a family of her own initiative, they were merchants, from a very young age she learned to be independent and economically sovereign, due to her activity the injustices she suffered from the barbaric European invaders were, the extortions and appropriations of her merchandise, she bought coca from the Yungas and sold it in different cities such as Potosí, Oruro, La Paz, etc., and other products. The geographical movement forced by trade made her see, know and be aware of the reality, of the suffering of her people at the hands of the savage colonizer, children, women, men and the elderly exploited to death, treated so cruelly that she could not stand, That reality made her understand the fundamental role of women in the fight against European colonizers and invaders, since "women were not only commanders, generals and soldiers, but also creators of ideology both with their actions and discursively." (ARI, 2016, p. 2). That is why in 1781 together with her husband Tupac Katari, who was also a merchant and traveled a lot, as aware as she was of the irrational injustices suffered by his people, they started the rebellion, a revolution that first surrounded the city of La Paz, appealing subjectivity and ancestral reason that had been harshly attacked by the bestial invasion, returning to ancient practices such as parity, complementarity, reciprocity, alternation, balance, harmony, depatriarchalization, with a critical and mythical reason they showed us in practice the struggle for the decolonization and freedom of our peoples. In this research we will analyze that heritage of our grandmother Bartolina Sisa, the egalitarian and fundamental role of women in cosmology, ancient of our original nations, as opposed to the cruel and tyrannical invading vision where European women were worthless, worse originating woman, making use of oral history with a qualitative approach and hermeneutics, to interpret, reveal and make visible the context of its meanings, influence and achievements in current social movements in Bolivia. To find out how much of the heritage we have left today, we made a seven- question questionnaire. The results of the research aim to strengthen SISA-KATARI thought, recognizing the value and courage of the Aymara woman, when she assumes her identity with a strong self-esteem, it is capable of commanding his own life, that of his family, even of armies that not only face each other, but can also defeat enemies as cruel and cowardly as Bartolina Sisa did with the Spanish invaders, when he commanded more than eighty thousand soldiers Aymaras, without training in war schools like the invaders, who had to flee the battlefield, before the tactics and strategy of the Aymara army under the command of Bartolina Sisa. The SISA-KATARI revolution was the inspiration for many others, including European ones.Cuando hablamos de una herencia, casi siempre asociamos la idea a bienes materiales, algún familiar o amistad que muere y deja sus bienes materiales para quien lo desea, raras veces la herencia es inmaterial, como en este caso. Bartolina Sisa Vargas (1753- 1782), guerrera y comandante, mujer Indígena, Aymara y mártir boliviana, símbolo de la resistencia contra la arrogante, patriarcal y criminal colonia española, fue una mujer que creció en el seno de una familia de iniciativa propia, eran comerciantes, desde muy pequeña aprendió a ser independiente y soberana económicamente, por su actividad. Las injusticias que sufría por parte de los bárbaros invasores europeos eran, las extorsiones y apropiaciones de sus mercancías, compraba coca de los Yungas y vendía en diferentes ciudades como Potosí, Oruro, La Paz, etc., y otros productos. El movimiento geográfico obligado por el comercio le hizo ver, conocer y ser consciente de la realidad, del sufrimiento de su gente a manos del bárbaro y salvaje colonizador, niños, mujeres, hombres y ancianos explotados hasta la muerte, tratados tan injusta y cruelmente que ella no soportaba. Esa realidad le hizo comprender el papel fundamental de la mujer en la lucha contra los colonizadores e invasores europeos, ya que “las mujeres no solo fueron comandantes, generales y soldados, también creadoras de ideología tanto con su actuación como discursivamente”. (ARI, 2016, p. 2). Es por ello que en 1781, junto a su esposo Tupac Katari, que también era comerciante y viajaba mucho, tan consciente como ella de las injusticias irracionales que sufría su pueblo, inician la rebelión, una revolución, primer cerco a la ciudad de La Paz, apelando a la subjetividad y a la razón ancestral que habían sido dura, cruel, bárbara y salvajemente atacas por la bestial invasión. Volviendo a prácticas milenarias como la paridad, complementariedad, reciprocidad, alternancia, equilibrio, armonía, despatriarcalización, con una razón crítica y mítica. Nos mostraron en la práctica la lucha por la descolonización y libertad de nuestros pueblos. En esta pesquisa analizaremos esa herencia ideológica de nuestra abuela Bartolina Sisa, el papel igualitario y fundamental de la mujer en la cosmología milenaria de nuestras naciones originarias, en contra posición a la cruel, malvada y tiránica visión invasora donde la mujer europea no valía nada, peor la mujer originaria. Haciendo uso de la historia oral con abordaje cualitativo y de la hermenéutica, para interpretar, desvelar y visibilizar el contexto de sus significados, la influencia y conquistas en los movimientos sociales actuales de Bolivia. Para saber cuánto de la herencia nos queda hoy, hicimos un cuestionario de siete preguntas, los resultados de la investigación apuntan a fortificar el pensamiento ideológico SISA-KATARI, reconociendo el valor y la valentía de la mujer Aymara, cuando asume su identidad con una fuerte autoestima es capaz de comandar su propia vida, la de su familia, hasta de ejércitos que no solo se enfrenten, sino, también puedan vencer a enemigos tan crueles, malvados, cobardes y creyentes, como lo hizo Bartolina Sisa con los invasores monoteístas, cuando comandó a más de ochenta mil soldados Aymaras, sin tener preparación en escuelas de guerra como los invasores, que tuvieron que huir del campo de batalla, ante la táctica y estrategia del ejército Aymara al comando de Bartolina Sisa. La revolución SISA-KATARI fue la inspiración de muchas otras, incluso europeas, como la revolución francesa.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2023-06-30T14:31:22Z No. of bitstreams: 1 MarcoAntonioCandiaYanguas.pdf: 41680359 bytes, checksum: 318ea911c8ca59f32731064da486c9c1 (MD5)Made available in DSpace on 2023-06-30T14:31:22Z (GMT). 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