Zika vírus em gestantes atendidas no ambulatório especializado (GestaZika) durante epidemia em Dourados, Mato Grosso do Sul
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFGD |
Texto Completo: | http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2638 |
Resumo: | A Organização Mundial de Saúde classificou a Zika como agravo de saúde pública de importância mundial, pois o vírus da Zika ao entrar no Brasil mudou seu padrão epidemiológico, com dispersão para diversos estados e outros países das Américas. Associado a essa dispersão foi descrita uma nova apresentação da doença, a Síndrome Congênita da Zika. Para descrever as manifestações clínicas e a repercussão fetal da doença da Zika, gestantes epuérperas encaminhadas ao ambulatório especializado do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados com suspeita da infecção foram incluídas utilizando três critérios: 1) Gestantes com quadro clínico de exantema cutâneo iniciado nos últimos sete dias antes da consulta, acompanhado ou não de outros sintomas; 2) Gestantes que durante a gravidez apresentaram alteração ultrassonográfica suspeita de Síndrome Congênita da Zika; 3) Puérperas cujos recém-nascidos se enquadrassem como caso suspeito ou confirmado de Síndrome Congênita da Zika. Foram aplicados questionários clínicos e socioeconômicos e realizados exames para o diagnóstico diferencial das arboviroses e das doenças do grupo TORCH (toxoplasmose, sífilis, rubéola, citomegalovírus e herpes). No período entre março de 2016 a março de 2018, foram incluídas inicialmente 51 mulheres, sendo 42 gestantes com exantema, cinco gestantes com alteração ultrassonográfica, três puérperas com os recémnascidos com suspeita de SCZ e uma paciente com Citomegalovírus, que foi excluída após o diagnóstico. Dessas 50 mulheres que permaneceram no estudo, 44 (88%) mulheres procedentesde Dourados e seis (12%) da Grande Dourados, somente um caso não foi classificado como autóctone. Não houve concentração social ou etária com a idade variando entre 15 e 37 anos (média = 27,6 anos, desvio-padrão de 5,2 anos), com maior número de pacientes entre 30 a 34 anos (34%). O exantema esteve presente em 88% dos casos, sendo 40,9% localizado no tronco,34,1% nos membros superiores e se espalhou pelo corpo em 72,7% das pacientes. Quanto aos demais sintomas, o prurido foi o mais frequente, sendo referido em 58% das mulheres, seguido de cefaleia (40%) e febre (38%) que teve duração média de 2,3 dias. Foram menos observados outros sintomas, como mialgias (34%), prostração (28%), dor retro-ocular (26%), fadiga (24%), hiperemia conjuntival (22%) e dor articular em 20%. Raramente foram descritos sintomas como náuseas, vômitos, diarréia ou dor abdominal. Quanto ao diagnóstico laboratorial, das 50mulheres avaliadas, somente dez pacientes foram positivas para o vírus da Zika, dessas, nove pela detecção molecular do genoma viral e uma por detecção de anticorpos do tipo IgM. Não houve coinfecção para arboviroses ou outras doenças do grupo TORCH. Quatro pacientes diagnosticadas positivas para o vírus do Dengue, nenhuma para o vírus da Chikungunya e uma paciente para o vírus da imunodeficiência humana. Dentre essas dez mulheres positivas para o vírus da Zika, independente do trimestre gestacional em que ocorreu a exposição, somente trêsgestações tiveram repercussão fetal e foram classificadas com Síndrome Congênita da Zika. Outras quatro gestantes negativas para o vírus da Zika foram também classificadas como Caso Confirmado de Infecção Congênita, porém sem Identificação Etiológica. Foram descritasdiversas alterações, durante a gestação a mais frequente foi a ventriculomegalia cerebral e, ao nascimento foi a microcefalia. A sintomatologia observada na gestante foi leve, contudo foi possível observar resultados graves, incluindo morte neonatal, microcefalia e outras graves alterações cerebrais no concepto. Microcefalia e outras alterações ao nascimento são comuns na Síndrome Congênita da Zika, contudo é necessário o acompanhamento longitudinal das crianças expostas para determinar se há outras consequências da infecção durante a infância, tornando-se necessários mais estudos. |
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Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2019.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/2638A Organização Mundial de Saúde classificou a Zika como agravo de saúde pública de importância mundial, pois o vírus da Zika ao entrar no Brasil mudou seu padrão epidemiológico, com dispersão para diversos estados e outros países das Américas. Associado a essa dispersão foi descrita uma nova apresentação da doença, a Síndrome Congênita da Zika. Para descrever as manifestações clínicas e a repercussão fetal da doença da Zika, gestantes epuérperas encaminhadas ao ambulatório especializado do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados com suspeita da infecção foram incluídas utilizando três critérios: 1) Gestantes com quadro clínico de exantema cutâneo iniciado nos últimos sete dias antes da consulta, acompanhado ou não de outros sintomas; 2) Gestantes que durante a gravidez apresentaram alteração ultrassonográfica suspeita de Síndrome Congênita da Zika; 3) Puérperas cujos recém-nascidos se enquadrassem como caso suspeito ou confirmado de Síndrome Congênita da Zika. Foram aplicados questionários clínicos e socioeconômicos e realizados exames para o diagnóstico diferencial das arboviroses e das doenças do grupo TORCH (toxoplasmose, sífilis, rubéola, citomegalovírus e herpes). No período entre março de 2016 a março de 2018, foram incluídas inicialmente 51 mulheres, sendo 42 gestantes com exantema, cinco gestantes com alteração ultrassonográfica, três puérperas com os recémnascidos com suspeita de SCZ e uma paciente com Citomegalovírus, que foi excluída após o diagnóstico. Dessas 50 mulheres que permaneceram no estudo, 44 (88%) mulheres procedentesde Dourados e seis (12%) da Grande Dourados, somente um caso não foi classificado como autóctone. Não houve concentração social ou etária com a idade variando entre 15 e 37 anos (média = 27,6 anos, desvio-padrão de 5,2 anos), com maior número de pacientes entre 30 a 34 anos (34%). O exantema esteve presente em 88% dos casos, sendo 40,9% localizado no tronco,34,1% nos membros superiores e se espalhou pelo corpo em 72,7% das pacientes. Quanto aos demais sintomas, o prurido foi o mais frequente, sendo referido em 58% das mulheres, seguido de cefaleia (40%) e febre (38%) que teve duração média de 2,3 dias. 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Outras quatro gestantes negativas para o vírus da Zika foram também classificadas como Caso Confirmado de Infecção Congênita, porém sem Identificação Etiológica. Foram descritasdiversas alterações, durante a gestação a mais frequente foi a ventriculomegalia cerebral e, ao nascimento foi a microcefalia. A sintomatologia observada na gestante foi leve, contudo foi possível observar resultados graves, incluindo morte neonatal, microcefalia e outras graves alterações cerebrais no concepto. Microcefalia e outras alterações ao nascimento são comuns na Síndrome Congênita da Zika, contudo é necessário o acompanhamento longitudinal das crianças expostas para determinar se há outras consequências da infecção durante a infância, tornando-se necessários mais estudos.The World Health Organization has classified Zika as a public health problem of global importance, as the Zika virus entering Brazil has changed its epidemiological pattern, spreading to various states and other countries of the Americas. Associated with this spread was a new presentation of the disease, Congenital Zika Syndrome. To describe the clinical manifestations and fetal repercussions of Zika disease, pregnant and puerperal women referred to the specialized ambulatory from the University Hospital of the Federal University of Grande Dourados with suspected infection were included using three categories: 1) Pregnant women with clinical condition of cutaneous exanthema started in the last seven days before consultation, accompanied or not with other symptoms; 2) Pregnant women who during pregnancy presented suspected ultrasound alteration of Congenital Zika Syndrome; 3) Puerperal women whose newborns were framed as a suspected or confirmed case of Congenital Zika Syndrome. Clinical and socioeconomic questionnaires were applied and tests were performed for the differential diagnosis of arboviruses and TORCH group diseases (toxoplasmosis, syphilis, rubella, cytomegalovirus, and herpes). From March 2016 to March 2018, 51 women were initially included, 42 pregnant women with exanthema, five pregnant women with ultrasound alteration, three puerperant women with newborns suspected of Congenital Zika Syndrome and one patient with Cytomegalovirus, who was excluded after diagnosis. Of these 50 women who remained in the study, 44 (88%) women from Dourados and six (12%) from Grande Dourados, only one case was not classified as indigenous. There was no social or age concentration with age ranging from 15 to 37 years (average = 27.6 years, standard deviation of 5.2 years), with the largest number of patients between 30 to 34 years (34%). The exanthema was present in 88% of the cases, 40.9% of which were located in the torso, 34.1% in the upper limbs and spread throughout the body in 72.7% of the patients. Regarding the other symptoms, pruritus was the most frequent, being reported in 58% of women, followed by headache (40%) and fever (38%) which had an average duration of 2.3 days. Other symptoms were less observed, such as myalgias (34%), prostration (28%), retroocular pain (26%), fatigue (24%), conjunctival hyperemia (22%) and joint pain in 20%. Symptoms such as nausea, vomiting, diarrhea or abdominal pain have rarely been described. As for the laboratory diagnosis, of the 50 women evaluated, only ten patients were positive for Zika virus, of these, nine by molecular detection of the viral genome and one by detection of IgM antibodies. There was no coinfection for arboviruses or other TORCH group diseases. Four patients were diagnosed positive for Dengue virus, none for Chikungunya virus and one patient for human immunodeficiency virus. Among these ten women positive for the Zika virus, regardless of the gestational trimester in which exposure occurred, only three pregnancies had fetal repercussions and were classified as Congenital Zika Syndrome. Four other pregnant women negative for Zika virus were also classified as confirmed cases of congenital infection, but without etiological identification. Several changes have been described, during pregnancy the most frequent was cerebral ventriculomegaly and at birth was microcephaly. The symptomatology observed in pregnant women was mild, however it was possible to observe severe results, including neonatal death, microcephaly and other serious brain changes in the conceptus. Microcephaly and other birth changes are common in Congenital Zika Syndrome, however, longitudinal follow-up of exposed children is necessary to determine if there are other consequences of the infection during childhood, and further studies are needed.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2020-03-13T21:04:56Z No. of bitstreams: 1 AlessandroPostal.pdf: 5307613 bytes, checksum: 57ef633dcb35246e7d26a9facfe679df (MD5)Made available in DSpace on 2020-03-13T21:04:56Z (GMT). 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