Efeito antioxidante in vitro e in vivo do extrato aquoso da casca do caule de Tapirira guianensis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Botelho, Wellington Henrique
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4961
Resumo: Tapirira guianensis é uma arvore de porte médio encontrada em toda a América Latina. Na medicina popular, é utilizada para tratar problemas como inflamações, feridas e doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis, contudo, existem poucos registros na literatura sobre seus efeitos biológicos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química, a toxicidade descrita popularmente e a atividade antioxidante, in vitro e in vivo, da casca do caule de T. guianensis. Para isso, foi preparado o extrato aquoso da casca do caule de T. guianensis (EATg) utilizando 100 g de pó da casca em 1 litro de água por infusão. A quantificação dos compostos fenólicos foi realizada utilizando curva padrão de ácido gálico pelo método de Folin Ciocalteu, e a quantificação de flavonoides foi realizada uma curva padrão de quercetina e avaliados pelo método de Cloreto de alumínio. A atividade antioxidante in vitro foi avaliada pelos ensaios de captura dos radicais livres 2,2-Diphenyl-1- picrylhydrazyl (DPPH•+); ácido 2,2’-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-sulfónico) (ABTS) e proteção contra a degradação da proteína (BSA) induzida pelo agente oxidante 2,2'- Azobis(2-amidinopropane) dihydrochloride (AAPH); e proteção da degradação de DNA plasmidial de bactéria exposto ao peróxido de hidrogênio e luz ultravioleta. A toxicidade do EATg foi avaliada em nematoides Canorhabditis elegans, e a proteção ao estresse oxidativo in vivo foi avaliada através da indução ao estresse oxidativo pelo agente oxidante Juglone. A análise da composição química de EATg apresentou 122.41± 3,45 EAG/g de compostos fenólicos e níveis não quantificáveis de flavonoides. A análise do potencial antioxidante revelou IC50 de 2,80 ± 1,20 µg/mL, com a inibição máxima de 88,14% ± 1,47 na concentração de 10 µg/mL para captura de radical DPPH•+ e IC50 foi de 5,41 ± 0,07 µg/mL, com a inibição máxima de 99,64% ± 0,09 na concentração de 25 µg/mL para a captura do radical ABTS•+. O efeito protetor contra o estresse oxidativo induzido em BSA ocorreu em todas as concentrações (5 a 250 µg/mL), e a proteção contra a fragmentação de DNA ocorreu desde a concentração de 25 até 250 µg/mL. Os dados obtidos no ensaio de toxicidade comprovaram o uso seguro do extrato nas concentrações abaixo de 200 µg/mL, sendo que nestas concentrações o EATg também protegeu o nematoide contra o estresse oxidativo induzido pelo Juglone. Nossos dados revelaram que o EATg possui compostos fenólicos em sua composição química e apresenta efeito antioxidante in vitro, na captura de radicais livres e na proteção contra estresse oxidativo induzido em macromoléculas, e, in vivo, protegendo nematoides C. elegnas contra o estresse oxidativo induzido por Juglone. Estes resultados abrem perspectivas para novos ensaios baseados na caracterização química e avaliação do potencial antioxidante do EATg.
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Na medicina popular, é utilizada para tratar problemas como inflamações, feridas e doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis, contudo, existem poucos registros na literatura sobre seus efeitos biológicos. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química, a toxicidade descrita popularmente e a atividade antioxidante, in vitro e in vivo, da casca do caule de T. guianensis. Para isso, foi preparado o extrato aquoso da casca do caule de T. guianensis (EATg) utilizando 100 g de pó da casca em 1 litro de água por infusão. A quantificação dos compostos fenólicos foi realizada utilizando curva padrão de ácido gálico pelo método de Folin Ciocalteu, e a quantificação de flavonoides foi realizada uma curva padrão de quercetina e avaliados pelo método de Cloreto de alumínio. A atividade antioxidante in vitro foi avaliada pelos ensaios de captura dos radicais livres 2,2-Diphenyl-1- picrylhydrazyl (DPPH•+); ácido 2,2’-azino-bis(3-etilbenzotiazolina-6-sulfónico) (ABTS) e proteção contra a degradação da proteína (BSA) induzida pelo agente oxidante 2,2'- Azobis(2-amidinopropane) dihydrochloride (AAPH); e proteção da degradação de DNA plasmidial de bactéria exposto ao peróxido de hidrogênio e luz ultravioleta. A toxicidade do EATg foi avaliada em nematoides Canorhabditis elegans, e a proteção ao estresse oxidativo in vivo foi avaliada através da indução ao estresse oxidativo pelo agente oxidante Juglone. A análise da composição química de EATg apresentou 122.41± 3,45 EAG/g de compostos fenólicos e níveis não quantificáveis de flavonoides. A análise do potencial antioxidante revelou IC50 de 2,80 ± 1,20 µg/mL, com a inibição máxima de 88,14% ± 1,47 na concentração de 10 µg/mL para captura de radical DPPH•+ e IC50 foi de 5,41 ± 0,07 µg/mL, com a inibição máxima de 99,64% ± 0,09 na concentração de 25 µg/mL para a captura do radical ABTS•+. O efeito protetor contra o estresse oxidativo induzido em BSA ocorreu em todas as concentrações (5 a 250 µg/mL), e a proteção contra a fragmentação de DNA ocorreu desde a concentração de 25 até 250 µg/mL. Os dados obtidos no ensaio de toxicidade comprovaram o uso seguro do extrato nas concentrações abaixo de 200 µg/mL, sendo que nestas concentrações o EATg também protegeu o nematoide contra o estresse oxidativo induzido pelo Juglone. Nossos dados revelaram que o EATg possui compostos fenólicos em sua composição química e apresenta efeito antioxidante in vitro, na captura de radicais livres e na proteção contra estresse oxidativo induzido em macromoléculas, e, in vivo, protegendo nematoides C. elegnas contra o estresse oxidativo induzido por Juglone. Estes resultados abrem perspectivas para novos ensaios baseados na caracterização química e avaliação do potencial antioxidante do EATg.Tapirira guianensis is a medium-sized tree found throughout Latin America. In folk medicine, it is used to treat problems such as inflammation, wounds, and sexually transmitted diseases such as syphilis, however, there are few records in the literature about its biological effects. In this context, the aim of this study was to evaluate the chemical composition, the toxicity described popularly and the antioxidant activity, in vitro and in vivo, of the stem bark of T. guianensis. For this, an aqueous extract of the bark of T. guianensis stem (EATg) was prepared using 100g of bark powder in 1 liter of water per infusion. The quantification of phenolic compounds was performed using a standard curve of gallic acid by the Folin-Ciocalteu method, and the quantification of flavonoids was performed using a standard curve of quercetin, evaluated by the method of aluminum chloride. The in vitro antioxidant activity was evaluated by free radical scavenging assays 2,2-Diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH•+ ); 2,2'-azino-bis(3- ethylbenzothiazoline-6-sulfonic acid) (ABTS) and protection against protein degradation (BSA) induced by the oxidizing agent 2,2'-Azobis(2-amidinopropane) dihydrochloride (AAPH); and the protection from plasmid DNA degradation of bacteria exposed to hydrogen peroxide and ultraviolet light. The toxicity of EATg was evaluated in nematodes Canorhabditis elegans, and protection from oxidative stress in vivo was evaluated through the induction of oxidative stress by the oxidizing agent Juglone. The chemical composition analysis of EATg showed 122.41 ± 3.45 EAG/g of phenolic compounds and non-quantifiable levels of flavonoids. Antioxidant potential analysis revealed an IC50 of 2.80 ± 1.20 µg/mL, with a maximum inhibition of 88.14% ± 1.47 at a concentration of 10 µg/mL for DPPH•+ radical capture and an IC50 of 5.41 ± 0.07 µg/mL, with a maximum inhibition of 99.64% ± 0.09 at a concentration of 25 µg/mL for ABTS•+ radical capture. The protective effect against BSA-induced oxidative stress occurred at all concentrations (5 a 250 µg/mL), and protection against DNA fragmentation occurred from a concentration of 25 to 250 µg/mL. The data obtained in the toxicity test proved the safe use of the extract at concentrations below 200 µg/mL, at these concentrations the EATg also protected the nematode against the oxidative stress induced by Juglone. Our data revealed that EATg has phenolic compounds in its chemical composition, in addition to presenting an antioxidant effect in vitro in the capture of free radicals, and in protection against oxidative stress induced in macromolecules, and in vivo, it presented low acute toxicity and protection against Juglone-induced oxidative stress effect in C. elegans nematodes. These results open perspectives for new tests based on chemical characterization and evaluation of the antioxidant potential of EATg.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2022-05-25T20:27:25Z No. of bitstreams: 1 WellingtonHenriqueBotelho.pdf: 1044308 bytes, checksum: 886684cf307ef88d91304658a2b92460 (MD5)Made available in DSpace on 2022-05-25T20:27:25Z (GMT). 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