O (Des)espaço na poética de Manoel de Barros: quando a literatura engravida a geografia de espaços outros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte Junior, Valdecir
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1442
Resumo: Mergulhada às coisas do chão, a poética de Manoel de Barros (1916-2014) tem sido apontada como uma das mais criativas e profícuas da poesia brasileira. Ela possibilita novas imaginações sobre as relações Sociedade/Natureza, com dimensões inusitadas de tempo e espaço contra-hegemônicas (marginalizados/minoritários). Parte de um movimento rizomático (que não começa e não termina, pois se regenera por meio de interações e transformações engendradas, é antes de tudo aliança e conjunção “e... e... e...”), no qual pedaços “coisais”, vegetais, animais, minerais e humanos se encontram/desencontram, para juntos espantarem a solidão de sua condição não-utilitária ante ao mundo Moderno, marcado pela tentativa da instituição de uma maneira única de pensar e organizar esse mesmo mundo. Assim, sua poética-filosofia é, antes de tudo, “deslimitadora”, construindo um espaço a partir da potência de trocas, na qual a liberdade dos elementos apresentados pelo poeta se mostra com algo de inacessível ou oculto à razão ordenadora. Um espaço em formação, sempre retornando a si mesmo (na dialética do ser/não ser em “traste”, “inútil”…), que revela a experiência do ser promíscuo e fecundo, onde nada é previamente ordenado e classificado, mas tudo é invertido, em conexões novas e construções outras, feitas de pedaços, tal como o homem a (des)imagem e (des)semelhança do espaço barroseano. Nesse sentido, a produção do “desespaço”, ou seja, um espaço outro em Manoel de Barros está assentado no plano da sensibilidade e assim aberto a inventivas intervenções do poeta. Portanto se constitui como esfera da possibilidade da (co)existência da multiplicidade e produto de relações-entre, sempre num processo de devir, sempre sendo feito e nunca finalizado. Aprofundamentos, novas construções e outras imagens espaciais em Manoel de Barros é o que apresentamos nesta dissertação, mediante uma aproximação entre Geografia e Literatura, bem como dos referenciais deleuzeguattarianos. 
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spelling Goettert, Jones Darihttp://lattes.cnpq.br/0319502811622693http://lattes.cnpq.br/5682650527755575Duarte Junior, Valdecir2019-08-07T18:40:14Z2019-08-07T18:40:14Z2016-02-23DUARTE JUNIOR, Valdecir. O (Des)espaço na poética de Manoel de Barros: quando a literatura engravida a geografia de espaços outros. 2016. 124 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2016.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1442Mergulhada às coisas do chão, a poética de Manoel de Barros (1916-2014) tem sido apontada como uma das mais criativas e profícuas da poesia brasileira. Ela possibilita novas imaginações sobre as relações Sociedade/Natureza, com dimensões inusitadas de tempo e espaço contra-hegemônicas (marginalizados/minoritários). Parte de um movimento rizomático (que não começa e não termina, pois se regenera por meio de interações e transformações engendradas, é antes de tudo aliança e conjunção “e... e... e...”), no qual pedaços “coisais”, vegetais, animais, minerais e humanos se encontram/desencontram, para juntos espantarem a solidão de sua condição não-utilitária ante ao mundo Moderno, marcado pela tentativa da instituição de uma maneira única de pensar e organizar esse mesmo mundo. Assim, sua poética-filosofia é, antes de tudo, “deslimitadora”, construindo um espaço a partir da potência de trocas, na qual a liberdade dos elementos apresentados pelo poeta se mostra com algo de inacessível ou oculto à razão ordenadora. Um espaço em formação, sempre retornando a si mesmo (na dialética do ser/não ser em “traste”, “inútil”…), que revela a experiência do ser promíscuo e fecundo, onde nada é previamente ordenado e classificado, mas tudo é invertido, em conexões novas e construções outras, feitas de pedaços, tal como o homem a (des)imagem e (des)semelhança do espaço barroseano. Nesse sentido, a produção do “desespaço”, ou seja, um espaço outro em Manoel de Barros está assentado no plano da sensibilidade e assim aberto a inventivas intervenções do poeta. Portanto se constitui como esfera da possibilidade da (co)existência da multiplicidade e produto de relações-entre, sempre num processo de devir, sempre sendo feito e nunca finalizado. Aprofundamentos, novas construções e outras imagens espaciais em Manoel de Barros é o que apresentamos nesta dissertação, mediante uma aproximação entre Geografia e Literatura, bem como dos referenciais deleuzeguattarianos. Steeped things to the ground, the poetics of Manoel de Barros (19162014) has been identified as one of the most creative and productive of Brazilian poetry. It enables new imaginings about the Society/Nature relations with unusual dimensions of time and space counterhegemonic (marginalized/minority). Part of a rhizome movement (which does not begin and does not end, it regenerates through interactions and transformations engendered, is first of all alliance and conjunction "and ... and... and..."), in which pieces "stuff", plant, animal, mineral and human are meetings and disencounters to astound together the loneliness of their non-utilitarian condition at the Modern world, marked by the attempt of the institution of a single way of thinking and organizing the same world. So his poetic-philosophy is, first of all, "unlimited" building a space from the power exchanges, in which freedom of the elements presented by the poet shows with something inaccessible or hidden to reason ordinator. A training space, always returning to itself (in the dialectic of being / not being in "fret", "useless" ...), which reveals the experience of being promiscuous and fruitful, where nothing is preordered and classified, but it is reversed in new buildings and other connections made pieces, such as man (un)image and (dis)similarity of the barroseano space. In this sense, the production of "unspace", a space other in Manoel de Barros sits in terms of sensitivity and thereby open the inventive intervention of the poet. So it is as the sphere of possibility of (co)existence of multiplicity and product relationships between, always in a process of becoming, always being done and never finished. Insights, new construction and other space images in Manoel de Barros is what we present in this work by a rapprochement between Geography and Literature, as well as references deleuzeguattarians. Sumergido a las cosas de la tierra, la poética de Manoel de Barros (19162014) ha sido identificado como una de las más creativas y valiosas de la poesía brasileña. Permite nuevas imaginaciones acerca de las relaciones de la Sociedad/Naturaleza con dimensiones insólitas de tiempo y espacio contra-hegemónica (marginados/minoría). Parte de un movimiento en rizoma (que no empieza y no termina, se regenera a través de interacciones y transformaciones engendradas, es ante todo, el pacto y la conjunción "y... y... y..."), en el que las piezas "cosais", vegetales, animales, minerales y humanos encontram/desencontram a espantarem juntos la soledad de su condición no-utilitaria en el mundo actual, marcado por el intento de la institución de una sola forma de pensar y la organización de este mismo mundo. Así que su poética-filosofía es, en primer lugar, "deslímitadora" la construcción de un espacio de los intercambios de energía, en el que la libertad de los elementos indicados por el poeta muestra con algo inaccesible o escondido de razon coordinador. Un espacio de formación, volviendo siempre a sí mismo (en la dialéctica del ser/no ser en "traste", "inútil" ...), lo que revela la experiencia de ser promiscuo y fructífero, en la que nada se pre-ordenado y clasificado, pero todo es invertido, y otras obras para nuevas conexiones hechas pedazos, el hombre la (des)imagen y (des)semejanza del espacio barroseano. En este sentido, la producción de "desespacio", o sea, un espacio otro. Manoel de Barros es basado en condiciones de sensibilidad y por lo tanto abierto a intervenciones inventivos de lo poeta. Por lo tanto constituye esfera como la posibilidad de (co)existencia de relaciones de multiplicidad y relaciones-entre, siempre en un proceso de devenir, siempre está haciendo y nunca terminado. Ideas, nueva construcción y otras imágenes del espacio en Manoel de Barros es lo que presentamos en este trabajo, a través de una aproximación de Geografía y Literatura, así como referencias deleuzeguattarianas. Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2019-08-07T18:40:14Z No. of bitstreams: 1 ValdecirDuarteJunior.pdf: 1527602 bytes, checksum: 89128551c68391dd9f2e67728b871511 (MD5)Made available in DSpace on 2019-08-07T18:40:14Z (GMT). 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