Os Sentidos do trabalho para professores de atividades circenses de Corumbá – MS

• Autor(a) principal: Amorim, Kleverson Bruno Gonzalez de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4657
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA; Artistas circenses; Professores; Prática profissional; Circus performers; Teacher; Professional practice

Esta pesquisa de Mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal da Grande Dourados (PPGPsi/UFGD), na linha de pesquisa Processos Psicossociais, visou analisar os sentidos do trabalho para professores de atividades circenses. Buscou-se conhecer as vivências/sentidos de prazer e sofrimento que os profissionais atribuem ao trabalho que realizam, tendo como referencial teórico a Psicodinâmica do Trabalho e aportes da Psicologia Social. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva de natureza qualitativa com cinco professores de um Espaço de Atividades Circenses localizado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul. As entrevistas foram realizadas presencialmente e analisadas a partir de cinco categorias: organização do trabalho; condições de trabalho; relações socioprofissionais; reconhecimento e realização profissional. Os resultados indicam que os professores de atividades circenses vivenciam experiências de prazer e sofrimento no trabalho. As vivências/sentidos de prazer no trabalho estão associadas a liberdade e flexibilidade da organização do trabalho; ao uso da inteligência prática e criativa na realização das atividades; a identificação dos professores com as atividades realizadas; as condições de trabalho favoráveis; as relações socioprofissionais de cooperação e trocas; ao reconhecimento obtido pelos pares e alunos; e ao profundo sentimento de realização pessoal no trabalho. As vivências/sentidos de sofrimento estão associadas à sobrecarga de trabalho entre os professores- -sócios; ao baixo salário recebido; à instabilidade profissional; à realização de dois ou mais trabalhos ao mesmo tempo; à dificuldade de acesso a cursos de qualificação profissional; ao não reconhecimento do fazer artístico como um trabalho.