Questão agrária e organização sindical de trabalhadores rurais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Douglas Menezes de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1584
Resumo: A organização do campesinato na luta pela terra é resultado das contradições do desenvolvimento capitalista no campo. A aliança entre capital e os proprietários de terras, viabilizada pela modernização do latifúndio, intensificou a questão agrária no Brasil. Desde a construção da Nova República, observam-se formas de resistências que combinam ocupações e acampamentos como principal instrumento de reivindicação social para a criação de assentamentos rurais. Nesse sentido, analisamos as organizações sindicais que mediam esses acampamentos com o Estado para fazer reforma agrária, na região meridional de Mato Grosso do Sul, a saber, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (FETAGRI). Os resultados levantados demonstraram que a organização sindical experimentou impasses na luta pela terra, isso porque o sindicalismo rural prioriza a negociação no âmbito do Estado em detrimento do embate as forças políticas dominantes. A principal característica constatadana pesquisa empírica foi a descentralização das ocupações de terras por parte dos acampados. Esta postura de atuação tem acarretado entraves na organização, pois suas ações são restritas às reuniões periódicas como principal atividade política. As alternativas apresentadas pela mediação sindical é a obtenção de lotes através de financiamento do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Conclui-se que os elementos descritos no percurso do estudo caracterizam desafios para os trabalhadores em promover soluções para a questão agrária que ultrapassem os limites do consenso e da negociação.
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Desde a construção da Nova República, observam-se formas de resistências que combinam ocupações e acampamentos como principal instrumento de reivindicação social para a criação de assentamentos rurais. Nesse sentido, analisamos as organizações sindicais que mediam esses acampamentos com o Estado para fazer reforma agrária, na região meridional de Mato Grosso do Sul, a saber, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura (FETAGRI). Os resultados levantados demonstraram que a organização sindical experimentou impasses na luta pela terra, isso porque o sindicalismo rural prioriza a negociação no âmbito do Estado em detrimento do embate as forças políticas dominantes. A principal característica constatadana pesquisa empírica foi a descentralização das ocupações de terras por parte dos acampados. Esta postura de atuação tem acarretado entraves na organização, pois suas ações são restritas às reuniões periódicas como principal atividade política. As alternativas apresentadas pela mediação sindical é a obtenção de lotes através de financiamento do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Conclui-se que os elementos descritos no percurso do estudo caracterizam desafios para os trabalhadores em promover soluções para a questão agrária que ultrapassem os limites do consenso e da negociação.The organization of the peasantry in the struggle for land is the result of the contradictions of capitalist development in the countryside. The alliance between capital and landowners, made possible by the modernization of the latifundium, intensified the agrarian question in Brazil. Since the construction of the New Republic, forms of resistance have been observed combining occupations and encampments as the main instrument of social claim for the creation of rural settlements. In this sense, we analyze the union organizations that mediate these camps with the State to make agrarian reform, in the southern region of Mato Grosso do Sul, namely the Unified Workers’ Central (CUT) and the Federation of Rural Workers in Agriculture (FETAGRI). The results showed that the union organization experienced impasses in the struggle for land, because rural unionism prioritizes the negotiation within the state to the detriment of the clash with the dominant political forces. The main characteristic found in the empirical research was the decentralization of land occupations by the camped. This attitude has caused obstacles in the organization, because its actions are restricted to the periodic meetings as main political activity. The alternatives presented by trade union mediation are the obtaining of lots through funding from the National Land Credit Program (PNCF). It is concluded that the elements described in the course of the study present challenges for the workers in promoting solutions for agrarian issues that go beyond the limits of consensus and negotiation.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2019-08-30T18:05:25Z No. of bitstreams: 1 DouglasMenezesdeOliveira.pdf: 3902797 bytes, checksum: 886f225d149465ee6262141f96cb9a1a (MD5)Made available in DSpace on 2019-08-30T18:05:25Z (GMT). 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