Diversidade Alfa e Beta no Carste da Serra da Bodoquena: o turismo em cavernas tem influência sobre comunidades de aranhas?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dolacio, Thiago Augustho Dolacio
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5221
Resumo: A riqueza de espécies de aranhas que vivem em cavernas está relacionada com a disponibilidade de habitat. Como efeito disso, a diversidade de modo geral costuma ser baixa em comunidades cavernícolas. Em contrapartida, o turismo é um fator que modifica o ambiente cavernícola. Então, estudos sobre a diversidade de aranhas associada ao turismo permite compreender melhor a distribuição desses animais em cavernas. Logo, para responder se o turismo tem influência nas comunidades de aranhas cavernícolas, foram amostradas aranhas em 30 cavernas, das quais foi medido CO2, temperatura e umidade relativa do ar, no meio epígeo e no meio hipógeo. As aranhas foram identificadas a nível de espécie e então foi analisada a diversidade alfa, quantificando a cobertura amostral e comparando a diversidade entre assembleias pela avaliação dos perfis de completude amostral, análise de rarefação e extrapolação baseadas em tamanho e os perfis de diversidade assintótica, análise não assintótica para q = 1, 2 e 3 e perfil de uniformidade ao longo das ordens de diversidade. Além da diversidade beta, usando NMDS e pcnm (Principal Coordinates of Neighbourhood Matrix). As análises foram realizadas no R. Foram amostradas 1107 aranhas, sendo 428 aranhas no meio epígeo e 679 aranhas no meio hipógeo, em um total de 27 famílias, 40 gêneros e 53 espécies. Nossas análises resultaram que a diversidade de aranhas depende da distribuição espacial e da área de entrada das cavernas, entretanto esta última influência é enviesada por uma caverna com a abertura muito maior que as demais. Portanto, concluo que a comunidade de aranhas é explicada pela estruturação espacial das cavernas, fatores ambientais, abertura da caverna e atividade turística. Desse modo, a diversidade de aranhas cavernícolas sofre influência da atividade turística.
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Tese (Doutorado em Entomologia e Conservação da Biodiversidade) – Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais, Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, MS, 2022.http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5221A riqueza de espécies de aranhas que vivem em cavernas está relacionada com a disponibilidade de habitat. Como efeito disso, a diversidade de modo geral costuma ser baixa em comunidades cavernícolas. Em contrapartida, o turismo é um fator que modifica o ambiente cavernícola. Então, estudos sobre a diversidade de aranhas associada ao turismo permite compreender melhor a distribuição desses animais em cavernas. Logo, para responder se o turismo tem influência nas comunidades de aranhas cavernícolas, foram amostradas aranhas em 30 cavernas, das quais foi medido CO2, temperatura e umidade relativa do ar, no meio epígeo e no meio hipógeo. As aranhas foram identificadas a nível de espécie e então foi analisada a diversidade alfa, quantificando a cobertura amostral e comparando a diversidade entre assembleias pela avaliação dos perfis de completude amostral, análise de rarefação e extrapolação baseadas em tamanho e os perfis de diversidade assintótica, análise não assintótica para q = 1, 2 e 3 e perfil de uniformidade ao longo das ordens de diversidade. Além da diversidade beta, usando NMDS e pcnm (Principal Coordinates of Neighbourhood Matrix). As análises foram realizadas no R. Foram amostradas 1107 aranhas, sendo 428 aranhas no meio epígeo e 679 aranhas no meio hipógeo, em um total de 27 famílias, 40 gêneros e 53 espécies. Nossas análises resultaram que a diversidade de aranhas depende da distribuição espacial e da área de entrada das cavernas, entretanto esta última influência é enviesada por uma caverna com a abertura muito maior que as demais. Portanto, concluo que a comunidade de aranhas é explicada pela estruturação espacial das cavernas, fatores ambientais, abertura da caverna e atividade turística. Desse modo, a diversidade de aranhas cavernícolas sofre influência da atividade turística.The species richness of cave-dwelling spiders is related to the availability of habitat. As a result, diversity is generally low in cave communities. On the other hand, tourism is a factor that modifies the cave environment. Therefore, studies on the diversity of spiders associated with tourism allow us to better understand the distribution of these animals in caves. Therefore, to answer whether tourism influences cave spider communities, spiders were sampled in 30 caves, from which CO2, temperature and relative air humidity were measured, in the epigean and hypogean environments. These spiders were identified at the species level and then alpha diversity was analyzed, quantifying the sample coverage and comparing the diversity between assemblages by evaluating the sample completeness profiles, analysis of rarefaction and extrapolation based on size and the asymptotic diversity profiles, analysis non-asymptotic for q = 1, 2 and 3 and uniformity profile along the diversity orders. In addition to beta diversity, using NMDS and pcnm (Principal Coordinates of Neighborhood Matrix). Analyzes were performed in R. A total of 1107 spiders were sampled, 428 spiders in the epigean environment and 679 spiders in the hypogean environment, in a total of 27 families, 40 genera and 53 species. Our analyzis showed that the diversity of spiders depends on the spatial distribution and the entrance area of the caves, however, this last influence is biased by one cave with a much larger opening than the others. Therefore, I conclude that the spider community is explained by the spatial structuring of the caves, environmental factors, cave opening and tourist activity. Thus, the diversity of cave spiders is influenced by tourist activity.Submitted by Marcos Pimentel (marcospimentel@ufgd.edu.br) on 2022-11-21T19:27:52Z No. of bitstreams: 1 ThiagoAugusthoDolacioMaiaeSilva.pdf: 2610393 bytes, checksum: 05013e17e3fe3cbc8c8963d788c2088b (MD5)Made available in DSpace on 2022-11-21T19:27:52Z (GMT). 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