Vigilância epidemiológica de Staphylococcus aureus resistente a meticilina isolados de um hospital terciário público de Dourados/MS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Carolina Rangel de Lima
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1072
Resumo: Introdução: Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) estáconstantemente associado a perfis de multiresistenciae constituem uma das principais preocupações em infecções relacionadas aos serviços de saúde. Foi realizado um estudo transversal entre agosto/2016 e agosto/2017 para descrever as características clínicas e moleculares associadas às cepas de MRSA isoladas de um hospital terciário localizado no centro-oeste do Brasil. Métodos: As características clínicas associadas a infecções de corrente sanguínea por MRSA em neonatos foram investigadas com uma análise de caso-controle envolvendo 51 pacientes. A identificação bacteriana foi realizada pelo sistema PhoenixTM. A susceptibilidade antimicrobiana foi determinada pela microdiluição em caldo. A presença de genes de resistencia a meticilina (mecA, femA), a leucocidina de Panton-Valentine (pvl) codificada pelo genepvl e a tipagem de SCCmec foi avaliada por PCR e sequenciamento de DNA. Resultados: Um total de 30 cepas de S. aureus resistentes à meticilina foram idoladas de 30 pacientes, sendo 23 delas MRSA adquiridas no ambiente hospitalar (76,6%) e 7MRSA adquiridas na comunidade (23,4%). A maioria dos pacientes incluídos no estudo eram neonatos (57%). A síndrome da membrana hialina, a displasia broncopulmonar, a síndrome de aspiração de mecônio, a prematuridade, a hospitalização prolongada e o uso de dispositivos invasivos foram associados a infecções de corrente sanguínea por MRSA em recém-nascidos. A amplificação por PCR e o sequenciamento mostraram que os genes mecA e femA foram responsáveis ​​pela resistência à meticilina. A análise molecular do SCCmec revelou que o SCCmec tipo IV foi o mais prevalente. A maioria das cepas positivas para pvlforam identificadas como Staphylococcus aureus adquirida no ambiente hospitalar (HA-MRSA), indicando a diversificação bacteriana das cepas HA-MRSA e Staphylococcus aureus adquirida na comunidade CA-MRSA. Conclusão: este estudo mostrou que pacientes infectados / colonizados representam reservatórios para transmissão horizontal, assim, medidas de controle de infecção são necessárias para prevenir a disseminação de cepas resistentes a multi drogas (MDR) em instituições de saúde.
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Foi realizado um estudo transversal entre agosto/2016 e agosto/2017 para descrever as características clínicas e moleculares associadas às cepas de MRSA isoladas de um hospital terciário localizado no centro-oeste do Brasil. Métodos: As características clínicas associadas a infecções de corrente sanguínea por MRSA em neonatos foram investigadas com uma análise de caso-controle envolvendo 51 pacientes. A identificação bacteriana foi realizada pelo sistema PhoenixTM. A susceptibilidade antimicrobiana foi determinada pela microdiluição em caldo. A presença de genes de resistencia a meticilina (mecA, femA), a leucocidina de Panton-Valentine (pvl) codificada pelo genepvl e a tipagem de SCCmec foi avaliada por PCR e sequenciamento de DNA. Resultados: Um total de 30 cepas de S. aureus resistentes à meticilina foram idoladas de 30 pacientes, sendo 23 delas MRSA adquiridas no ambiente hospitalar (76,6%) e 7MRSA adquiridas na comunidade (23,4%). A maioria dos pacientes incluídos no estudo eram neonatos (57%). A síndrome da membrana hialina, a displasia broncopulmonar, a síndrome de aspiração de mecônio, a prematuridade, a hospitalização prolongada e o uso de dispositivos invasivos foram associados a infecções de corrente sanguínea por MRSA em recém-nascidos. A amplificação por PCR e o sequenciamento mostraram que os genes mecA e femA foram responsáveis ​​pela resistência à meticilina. A análise molecular do SCCmec revelou que o SCCmec tipo IV foi o mais prevalente. A maioria das cepas positivas para pvlforam identificadas como Staphylococcus aureus adquirida no ambiente hospitalar (HA-MRSA), indicando a diversificação bacteriana das cepas HA-MRSA e Staphylococcus aureus adquirida na comunidade CA-MRSA. Conclusão: este estudo mostrou que pacientes infectados / colonizados representam reservatórios para transmissão horizontal, assim, medidas de controle de infecção são necessárias para prevenir a disseminação de cepas resistentes a multi drogas (MDR) em instituições de saúde.Background: Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA) are frequently associated with multidrug-resistance profiles and a major concern in infections health services. A cross-sectional study was conducted between August/2016 and August/2017, to describe the clinical and molecular characteristics associated MRSA strains isolated from a tertiary hospital located in mid-western Brazil. Methods: Clinical characteristics associated with MRSA bloodstream infections in neonates were investigate with a case control analysis involving 51 patients. Bacterial identification was performed by PhoenixTM system. Antimicrobial susceptibility was determined by broth microdilution. The presence of methicilin-resistance genes (mecA, femA), Panton-Valentine leukocidin encoding gene (pvl) and SCCmec typing was evaluated by PCR and DNA sequencing. Results: A total of 30 methicilin-resistant S. aureus strains were recovered from 30 patients, of which were identified as hospital acquired-MRSA (76,6%) and community-acquired-MRSA (23,4%). The majority of the patients included in the study were neonates (57%). Hyaline membrane syndrome, bronchopulmonary dysplasia, meconium aspiration syndrome, prematurity, long-term hospitalization and use of invasive devices were associated with MRSA bloodstream infections in neonates. PCR amplification and sequencing showed that mecA and femA genes were responsible for resistance to methicllin. Molecular analysis of SCCmec revealed that SCCmectype IV was the most prevalent. Most pvl-positive strains were identified as hospital-acquired Staphylococcus aureus (HA-MRSA), indicating bacterial diversification between HA-MRSA and acquired in the community (CA-MRSA) lineages. Conclusion: this study showed that infected/colonized patients represent reservoirs for horizontal transmission, thus infection control measures are needed to prevent the spread of multidrug resistant strains (MDR) strains in healthcare institutions.Submitted by Alison Souza (alisonsouza@ufgd.edu.br) on 2019-06-17T17:13:52Z No. of bitstreams: 1 CarolinaRangeldeLimaSantos.pdf: 1446909 bytes, checksum: b65bf6899e9d981c6a7d541e77dd3ad3 (MD5)Made available in DSpace on 2019-06-17T17:13:52Z (GMT). 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