Volto semana que vem: democracia acima de tudo!

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Milreu, Isis
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Raído (Online)
Texto Completo: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/12179
Resumo: Percebemos que nas últimas décadas houve um crescimento significativo de ficções latino-americanas que recriaram episódios das ditaduras implantadas em nosso continente no século passado. No Brasil, destaca-se a narrativa Volto semana que vem (2015), da escritora gaúcha Maria Pilla. Em seu livro, a autora rememora acontecimentos de sua infância e juventude, bem como de sua militância, marcada pela prisão na Argentina e pelo exílio na França. Consideramos que a ficção de Pilla possibilita um produtivo diálogo entre a literatura e a história da América Latina, uma vez que traz à tona relatos de personagens que resistiram aos regimes cívico-militares no Cone Sul. Assim, examinaremos neste estudo como a escritora ficcionalizou os vergonhosos episódios ocorridos em nosso continente durante os regimes de exceção. Acreditamos que as violações aos direitos humanos que foram praticadas nos governos ditatoriais não podem ser esquecidas e pensamos que é necessário exercermos o nosso dever de memória, conforme proposto por Ricouer (2007). Nesse sentido, o presente estudo visa contribuir para a preservação das memórias dos defensores da democracia, as quais correm o risco de desaparecer da dita história oficial. Entre os nossos referenciais teóricos encontram-se Dalcastagné (1996), Esteves (2010), Prado e Pelegrino (2016), Figueiredo (2017), entre outros.
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spelling Volto semana que vem: democracia acima de tudo!Volto semana que vem: democracy above all!Literatura brasileira contemporânea. América Latina. Ditaduraresistênciamulheres e política. Literaturahistória e memória. Maria Pilla.Contemporary literatura Brazilian. Latin America. Dictatorshipresistancewomen and policy. Literaturehistory and memory. Maria Pilla.Percebemos que nas últimas décadas houve um crescimento significativo de ficções latino-americanas que recriaram episódios das ditaduras implantadas em nosso continente no século passado. No Brasil, destaca-se a narrativa Volto semana que vem (2015), da escritora gaúcha Maria Pilla. Em seu livro, a autora rememora acontecimentos de sua infância e juventude, bem como de sua militância, marcada pela prisão na Argentina e pelo exílio na França. Consideramos que a ficção de Pilla possibilita um produtivo diálogo entre a literatura e a história da América Latina, uma vez que traz à tona relatos de personagens que resistiram aos regimes cívico-militares no Cone Sul. Assim, examinaremos neste estudo como a escritora ficcionalizou os vergonhosos episódios ocorridos em nosso continente durante os regimes de exceção. Acreditamos que as violações aos direitos humanos que foram praticadas nos governos ditatoriais não podem ser esquecidas e pensamos que é necessário exercermos o nosso dever de memória, conforme proposto por Ricouer (2007). Nesse sentido, o presente estudo visa contribuir para a preservação das memórias dos defensores da democracia, as quais correm o risco de desaparecer da dita história oficial. Entre os nossos referenciais teóricos encontram-se Dalcastagné (1996), Esteves (2010), Prado e Pelegrino (2016), Figueiredo (2017), entre outros.In the last decades it has been noticed a significant growth of Latin American fictions which have recreated dictatorships established in our continent last century. In Brazil, Maria Pilla’s Volto semana que vem [I will be back next week] (2015) emerges as an important one. In her book, the author recollects events of her childhood and youth, as well as memories of her militancy which was marked by periods in jail in Argentina and exile in France. We consider that Pilla’s fiction makes it possible a productive dialog between literature and history in Latin America, as it brings up characters’ accounts which portray resistance towards civic and military regimes in the Southern Cone. Thus, we intend to examine how the writer has fictionalized the shameful episodes in our continent during regimes of exception. We believe that human rights violations practiced by dictatorial governments cannot be forgotten. Instead, we think of the necessity to practice our duty of memory, following Ricouer (2007). In this sense, this study aims at contributing to memories preservation of democracy defenders, since they are at risk of being erased from the so-called official history. Our theoretical framework is supported by Dalcastagné (1996), Esteves (2010), Figueiredo (2017), Prado and Pelegrino (2016), among others.Editora da Universidade Federal da Grande Dourados2020-11-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/1217910.30612/raido.v14i35.12179Raído; v. 14 n. 35 (2020); 325-3471984-4018reponame:Raído (Online)instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDporhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/12179/6326Copyright (c) 2020 Raídoinfo:eu-repo/semantics/openAccessMilreu, Isis2021-01-12T10:32:31Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/12179Revistahttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/RaidoPUBhttp://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/oaialexandrapinheiro@ufgd.edu.br||editora.suporte@ufgd.edu.br1984-40181982-629Xopendoar:2021-01-12T10:32:31Raído (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false
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