Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Entre-Lugar (Online) |
Texto Completo: | https://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983 |
Resumo: | Este artigo diz respeito a pesquisa realizado no Baixo Parnaíba maranhense no âmbito da produção da tese de doutoramento, com foco nos processos de luta e resistência camponesa, que garantem a permanência e reprodução de sujeitos sociais, ameaçados pelo avanço da produção industrial do agronegócio. Desde dos anos de 1990, os extensos plantios de eucaliptos avançam no cerrado maranhense e mata dos cocais, com marcas sobre as recargas hídricas e dinâmica dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais maranhenses. Este território é contestado diante os conflitos territoriais e ambientais, como explicitado nas formas e possibilidades de reprodução camponesa (PAULA ANDRADE, 2012; CPT, 2015). A resistência concreta camponesa (SCOTT, 2013) possui a dimensão da autonomia e da luta, construída historicamente e materializada em ações que promovem mudanças radicais nas estruturas do Estado e enfrentamentos diretos, a saber a empresa Suzano Papel e Celulose S. A. Como resultado, observou-se a lei do bacuri verde, aprovada no território da comunidade São Raimundo, município de Urbano Santos, Maranhão, em dezembro de 2012, com base nos princípios: extrativismo coletivo e diversificado; e luta contra o avanço dos plantios de eucalipto nos territórios de comunidades encurraladas multilateral e espacialmente. Esta lei revela a política que estes sujeitos tecem em suas práticas, demarcando seus modos de vida, em vias do avanço do capitalismo agrário, consolidando o território camponês do Baixo Parnaíba a partir das suas representações espaciais das chapadas e dos baixões, a diversidade de usos e modos de vida de sujeitos e as resistências internas pela preservação e uso do cerrado, descrevendo outra polifonia na cartografia das resistências e dos territórios comunitários. |
id |
UFGD-5_e3a5d83f5d6e90124f5f99da9759029f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5983 |
network_acronym_str |
UFGD-5 |
network_name_str |
Entre-Lugar (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorialResistência camponesa. Lei do bacuri verde. Baixo Parnaíba maranhense. Territórios em disputa. Territórios comunitários.Este artigo diz respeito a pesquisa realizado no Baixo Parnaíba maranhense no âmbito da produção da tese de doutoramento, com foco nos processos de luta e resistência camponesa, que garantem a permanência e reprodução de sujeitos sociais, ameaçados pelo avanço da produção industrial do agronegócio. Desde dos anos de 1990, os extensos plantios de eucaliptos avançam no cerrado maranhense e mata dos cocais, com marcas sobre as recargas hídricas e dinâmica dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais maranhenses. Este território é contestado diante os conflitos territoriais e ambientais, como explicitado nas formas e possibilidades de reprodução camponesa (PAULA ANDRADE, 2012; CPT, 2015). A resistência concreta camponesa (SCOTT, 2013) possui a dimensão da autonomia e da luta, construída historicamente e materializada em ações que promovem mudanças radicais nas estruturas do Estado e enfrentamentos diretos, a saber a empresa Suzano Papel e Celulose S. A. Como resultado, observou-se a lei do bacuri verde, aprovada no território da comunidade São Raimundo, município de Urbano Santos, Maranhão, em dezembro de 2012, com base nos princípios: extrativismo coletivo e diversificado; e luta contra o avanço dos plantios de eucalipto nos territórios de comunidades encurraladas multilateral e espacialmente. Esta lei revela a política que estes sujeitos tecem em suas práticas, demarcando seus modos de vida, em vias do avanço do capitalismo agrário, consolidando o território camponês do Baixo Parnaíba a partir das suas representações espaciais das chapadas e dos baixões, a diversidade de usos e modos de vida de sujeitos e as resistências internas pela preservação e uso do cerrado, descrevendo outra polifonia na cartografia das resistências e dos territórios comunitários.Editora da Universidade Federal da Grande Dourados2015-12-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983ENTRE-LUGAR; v. 6 n. 12 (2015); 133-1512177-78292176-9559reponame:Entre-Lugar (Online)instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)instacron:UFGDporhttps://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983/3164Copyright (c) 2017 ENTRE-LUGARinfo:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Saulo Barros da2019-09-22T22:41:31Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5983Revistahttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/entre-lugarPUBhttps://ojs.ufgd.edu.br/index.php/entre-lugar/oaimarcosmondardo@yahoo.com.br||charleisilva@ufgd.edu.br||editora.suporte@ufgd.edu.br10.306122177-78292176-9559opendoar:2019-09-22T22:41:31Entre-Lugar (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
title |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
spellingShingle |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial Costa, Saulo Barros da Resistência camponesa. Lei do bacuri verde. Baixo Parnaíba maranhense. Territórios em disputa. Territórios comunitários. |
title_short |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
title_full |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
title_fullStr |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
title_full_unstemmed |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
title_sort |
Autonomia camponesa no Baixo Parnaíba maranhense: conflitos, processos de luta e garantia territorial |
author |
Costa, Saulo Barros da |
author_facet |
Costa, Saulo Barros da |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Saulo Barros da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Resistência camponesa. Lei do bacuri verde. Baixo Parnaíba maranhense. Territórios em disputa. Territórios comunitários. |
topic |
Resistência camponesa. Lei do bacuri verde. Baixo Parnaíba maranhense. Territórios em disputa. Territórios comunitários. |
description |
Este artigo diz respeito a pesquisa realizado no Baixo Parnaíba maranhense no âmbito da produção da tese de doutoramento, com foco nos processos de luta e resistência camponesa, que garantem a permanência e reprodução de sujeitos sociais, ameaçados pelo avanço da produção industrial do agronegócio. Desde dos anos de 1990, os extensos plantios de eucaliptos avançam no cerrado maranhense e mata dos cocais, com marcas sobre as recargas hídricas e dinâmica dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais maranhenses. Este território é contestado diante os conflitos territoriais e ambientais, como explicitado nas formas e possibilidades de reprodução camponesa (PAULA ANDRADE, 2012; CPT, 2015). A resistência concreta camponesa (SCOTT, 2013) possui a dimensão da autonomia e da luta, construída historicamente e materializada em ações que promovem mudanças radicais nas estruturas do Estado e enfrentamentos diretos, a saber a empresa Suzano Papel e Celulose S. A. Como resultado, observou-se a lei do bacuri verde, aprovada no território da comunidade São Raimundo, município de Urbano Santos, Maranhão, em dezembro de 2012, com base nos princípios: extrativismo coletivo e diversificado; e luta contra o avanço dos plantios de eucalipto nos territórios de comunidades encurraladas multilateral e espacialmente. Esta lei revela a política que estes sujeitos tecem em suas práticas, demarcando seus modos de vida, em vias do avanço do capitalismo agrário, consolidando o território camponês do Baixo Parnaíba a partir das suas representações espaciais das chapadas e dos baixões, a diversidade de usos e modos de vida de sujeitos e as resistências internas pela preservação e uso do cerrado, descrevendo outra polifonia na cartografia das resistências e dos territórios comunitários. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-12-22 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983 |
url |
https://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ojs.ufgd.edu.br/entre-lugar/article/view/5983/3164 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 ENTRE-LUGAR info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 ENTRE-LUGAR |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora da Universidade Federal da Grande Dourados |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora da Universidade Federal da Grande Dourados |
dc.source.none.fl_str_mv |
ENTRE-LUGAR; v. 6 n. 12 (2015); 133-151 2177-7829 2176-9559 reponame:Entre-Lugar (Online) instname:Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) instacron:UFGD |
instname_str |
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) |
instacron_str |
UFGD |
institution |
UFGD |
reponame_str |
Entre-Lugar (Online) |
collection |
Entre-Lugar (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Entre-Lugar (Online) - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) |
repository.mail.fl_str_mv |
marcosmondardo@yahoo.com.br||charleisilva@ufgd.edu.br||editora.suporte@ufgd.edu.br |
_version_ |
1809280510169448448 |