Cultura, política e desenvolvimento no pensamento de Celso Furtado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Shishito, Fabio Akira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: MovimentAção
Texto Completo: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/movimentacao/article/view/8536
Resumo: Celso Furtado está no rol dos principais pensadores sociais da América Latina. Octavio Rodriguez afirma que há algo de distintivo na obra de Furtado: trata-se de uma conexão declarada entre cultura e desenvolvimento, algo que aparece com mais clareza em uma fase adiantada de sua produção. Mas, o papel que cumpre a cultura e o que exatamente Furtado tinha em mente quando se referia a esta dimensão da vida social não são elementos sistematizados na obra do autor. O desenvolvimento nunca foi, para Furtado, um problema exclusivamente econômico, aliás, é contra essa visão que ele realizou todo seu empreendimento intelectual. No pano de fundo de sua teoria do (sub)desenvolvimento está um debate de natureza epistemológica acerca dos modos de apreensão do fenômeno econômico. Em “O mito do desenvolvimento econômico” ele assevera que toda escolha no campo da economia é resultada de reflexões com projeções no tempo, isto é, num projeto político. Em recente ensaio publicado postumamente ele perseguiu tal problema se perguntando: “Que somos?”. O que somos como coletividade e o que projetamos como horizonte de possibilidades são aspectos centrais para pensarmos teoricamente o desenvolvimento e o subdesenvolvimento. Objetivando explorar os caminhos analíticos e políticos deste problema, a questão central deste artigo é o seguinte: Qual o lugar e o papel da cultura na noção furtadiana de desenvolvimento?
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