A aquisição verbal e o processamento morfológico por crianças adquirindo o PB

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Molina, Daniele de Souza Leite
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/666
Resumo: Este trabalho investiga o reconhecimento, por crianças adquirindo o PB, da raiz como a parte do verbo que veicula seu significado permanente, apesar das variações flexionais disponibilizadas pelos afixos. Estudos sugerem que crianças em fase inicial de aquisição lexical tomam como palavras diferentes vocábulos que se distinguem em sua forma fonológica (JUSCZYK; ASLIN, 1995; BORTFELD et al., 2005; SHI; LEPAGE, 2008; JUSCZYK; HOUSTON; NEWSOME, 1999). Nesse sentido, a morfologia representaria um impasse para a aquisição lexical, já que os processos morfológicos (de derivação e, principalmente, de flexão) originam palavras fonologicamente distintas, porém relacionadas quanto ao significado. Como fundamentação teórica, assumimos a proposta de conciliação (CORRÊA, 2006; 2009a; 2011) entre a teoria linguística do Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995 e obras posteriores) e o modelo de processamento psicolinguístico voltado para a aquisição da linguagem do Bootstrapping Fonológico (MORGAN; DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997) com vistas a caracterizar a passagem de uma análise de base fonológica e distribucional do input para o tratamento sintático de enunciados linguísticos. Consideramos também a hipótese do Bootstrapping Sintático (GLEITMAN, 1990), segundo a qual a estrutura sintática (a grade argumental) guia o mapeamento do significado da sentença. Buscamos verificar, portanto, em que idade as crianças adquirindo o PB mapeiam variações de um mesmo verbo como tendo o mesmo conceito base. Partimos da hipótese de que é por meio do reconhecimento de afixos verbais recorrentes na língua em aquisição que a criança procede à segmentação interna do verbo em raiz e afixos, atribuindo à raiz verbal o conceito permanente. Com a técnica de Seleção de Imagem, obtivemos resultados que sugerem que, aos três anos de idade, crianças tendem a mapear uma ação a um novo verbo, porém, sobrecarga de memória parece limitar esse mapeamento. As crianças dessa faixa etária aparentam indecisão quanto ao significado das variações flexionais desse verbo. Já aos quatro anos de idade, dados robustos com as técnicas de Seleção de Imagem e de Encenação de Ações sugerem que crianças mapeiam uma ação a um novo verbo e que tratam as variações desse verbo como tendo o mesmo significado base. Além disso, uma atividade experimental realizada com uma técnica mais refinada, a de Fixação Preferencial do Olhar, aponta para o mapeamento de uma ação a um novo verbo e o tratamento de variações flexionais como tendo o mesmo conceito base por crianças mais novas, com idade em torno de dois anos. Com base no escopo teórico assumido neste trabalho, tais resultados apontam para o tratamento de uma pseudopalavra como verbo a partir de pistas distribucionais. Os resultados podem ser interpretados, ainda, como evidência da segmentação interna do verbo e do consequente reconhecimento da raiz verbal como a parte que veicula o significado base do vocábulo, adquirido a partir de pistas observacionais.
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Nesse sentido, a morfologia representaria um impasse para a aquisição lexical, já que os processos morfológicos (de derivação e, principalmente, de flexão) originam palavras fonologicamente distintas, porém relacionadas quanto ao significado. Como fundamentação teórica, assumimos a proposta de conciliação (CORRÊA, 2006; 2009a; 2011) entre a teoria linguística do Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995 e obras posteriores) e o modelo de processamento psicolinguístico voltado para a aquisição da linguagem do Bootstrapping Fonológico (MORGAN; DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997) com vistas a caracterizar a passagem de uma análise de base fonológica e distribucional do input para o tratamento sintático de enunciados linguísticos. Consideramos também a hipótese do Bootstrapping Sintático (GLEITMAN, 1990), segundo a qual a estrutura sintática (a grade argumental) guia o mapeamento do significado da sentença. Buscamos verificar, portanto, em que idade as crianças adquirindo o PB mapeiam variações de um mesmo verbo como tendo o mesmo conceito base. Partimos da hipótese de que é por meio do reconhecimento de afixos verbais recorrentes na língua em aquisição que a criança procede à segmentação interna do verbo em raiz e afixos, atribuindo à raiz verbal o conceito permanente. Com a técnica de Seleção de Imagem, obtivemos resultados que sugerem que, aos três anos de idade, crianças tendem a mapear uma ação a um novo verbo, porém, sobrecarga de memória parece limitar esse mapeamento. As crianças dessa faixa etária aparentam indecisão quanto ao significado das variações flexionais desse verbo. Já aos quatro anos de idade, dados robustos com as técnicas de Seleção de Imagem e de Encenação de Ações sugerem que crianças mapeiam uma ação a um novo verbo e que tratam as variações desse verbo como tendo o mesmo significado base. Além disso, uma atividade experimental realizada com uma técnica mais refinada, a de Fixação Preferencial do Olhar, aponta para o mapeamento de uma ação a um novo verbo e o tratamento de variações flexionais como tendo o mesmo conceito base por crianças mais novas, com idade em torno de dois anos. Com base no escopo teórico assumido neste trabalho, tais resultados apontam para o tratamento de uma pseudopalavra como verbo a partir de pistas distribucionais. Os resultados podem ser interpretados, ainda, como evidência da segmentação interna do verbo e do consequente reconhecimento da raiz verbal como a parte que veicula o significado base do vocábulo, adquirido a partir de pistas observacionais.This work investigates the acknowledgement by children acquiring BP (Brazilian Portuguese) of the root as the part of the verb that has the permanent meaning, despite inflectional variations of affixes. Previous works suggest that children on an initial period of lexical acquisition treat words that have different phonological forms as completely different words (JUSCZYK; ASLIN, 1995; BORTFELD et al., 2005; SHI; LEPAGE, 2008; JUSCZYK; HOUSTON; NEWSOME, 1999). In this sense, morphology could represent trouble to lexical acquisition, as morphological processes (derivation and, mainly, inflection) create phonologically different words, but these words are related in meaning. We assume, as theoretical foundation, the proposal of conciliation (CORRÊA, 2006; 2009a; 2011) between a linguistic theory of the Minimalist Program (CHOMSKY, 1995 and latter works) and the psycholinguistic processing model aimed at language acquisition of Phonological Bootstrapping (MORGAN; DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997) with the purpose to characterize the passage from a phonological and distributional analysis of the input to the syntactic treatment of linguistic statement. We also consider the Syntactic Bootstrapping hypothesis, which defends that syntactic structure guides the mapping of sentences’ meaning. We seek thus to verify in which age children acquiring BP map variations of the same verb as having the same base concept. We assume the hypothesis that is by recognizing recurrent verbal affixes on the language that is being acquired that child proceeds to the verbal internal segmentation between root and affixes, assigning the permanent concept to the root. The results we obtained with Picture Identification Tasks suggest three-year-old children tend to map an action into a novel verb, although memory seems to limit this mapping. Children of this age group appear to be uncertain about the meaning of the new verb’s variations. The methodological techniques of Picture Identification Task and Act Out provide robust data that four-year-old children map an action into a novel verb and treat variations of this novel verb as having the same base meaning. Besides, an experimental activity with Split-Screen Preferential Looking Paradigm, a finer technique, points out to the mapping of an action into a novel verb and the treatment of the verbal variations as having the same base concept by younger children, a two-year-old range group. According to the theoretical approach assumed in this work, our results point out to the treatment of a non-word as a verb due to distributional cues. The results can also be interpreted as evidence of the verbal internal segmentation and the consequent acknowledgement of the verbal root as the part of the word that has the base meaning, acquired by observational cues.porUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAAquisição lexicalProcessamento morfológicoVerbosLexical acquisition,Morphological processingVerbsA aquisição verbal e o processamento morfológico por crianças adquirindo o PBinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTdanieledesouzaleitemolina.pdf.txtdanieledesouzaleitemolina.pdf.txtExtracted texttext/plain389320https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/666/3/danieledesouzaleitemolina.pdf.txt62dd69fee0793ad5fe4d2304d9bc7554MD53THUMBNAILdanieledesouzaleitemolina.pdf.jpgdanieledesouzaleitemolina.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1153https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/666/4/danieledesouzaleitemolina.pdf.jpg33eb7e1dec099491c57be264fada62b5MD54ORIGINALdanieledesouzaleitemolina.pdfdanieledesouzaleitemolina.pdfapplication/pdf1596778https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/666/1/danieledesouzaleitemolina.pdf6be4b71981dbef447d38df98ca986b76MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/666/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/6662019-11-07 11:51:18.734oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/666TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:51:18Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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