Vivências de prazer e sofrimento no trabalho de agentes comunitários de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santiago, Raphael Augusto
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1297
Resumo: No Brasil, dentre os três modelos de atenção à saúde presentes na Atenção Básica à Saúde (ABS), está o Programa de Agentes Comunitários de Saúde. É necessário destacar a importância dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para a ABS no país, estando envolvidos em uma variedade de contextos de trabalho, peculiaridades e situações, justificando a realização de pesquisas referentes à saúde destes profissionais. O objetivo deste estudo foi discutir as vivências de prazer e sofrimento no trabalho dos ACS da ABS do município de Juiz de Fora e sua relação com a organização do trabalho (OT) e os danos físicos e psicossociais referidos. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com uma amostra aleatória de 279 ACS, onde 67 não participaram pois atenderam aos critérios de exclusão, totalizando 212 profissionais avaliados. A coleta de dados foi realizada entre julho e outubro de 2015 e foi utilizado como instrumento três escalas do Inventário sobre Trabalho e Risco de Adoecimento (ITRA). A amostra estudada foi predominantemente composta por mulheres (91,5%), com idade média de 44 anos (desvio padrão de 9,9), casadas ou em união estável (55,5%) e cujo tempo de trabalho na ABS é de 11 a 15 anos (47,6%). Nos resultados, a Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho (EACT) apresentou os seus três domínios avaliados como crítico, sendo que alguns itens, relativos à OT e às condições de trabalho foram classificados como grave. A Escala de Avaliação dos Danos Relacionados ao Trabalho (EADRT) apresentou seus três domínios avaliados como suportável, correspondendo à melhor avaliação positiva para essa escala. Porém, os itens relacionados à dores no corpo e nas pernas foram avaliados como grave pelos ACS. Na Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), os domínios que avaliam o prazer foram classificados como satisfatório. Dentre os itens destes domínios, ganham destaque os relativos à identificação com o trabalho e o orgulho de exercer a profissão, com médias altas de pontuação positiva, bem como os relativos à confiança entre os colegas, motivação, valorização e reconhecimento, classificados como crítico e sendo, portanto, fatores potencializadores de sofrimento. Os domínios relacionados ao sofrimento no trabalho apresentaram resultado crítico. O domínio Esgotamento Profissional foi o que apresentou a avaliação mais negativa, com destaque para o item "Sobrecarga", considerado como grave. Com relação às associações entre os domínios de prazer e sofrimento e os demais domínios da EACT e EADRT e os dados sociodemográficos e de tempo de trabalho na ABS, temos que quanto maior for a idade do ACS, maior é sua realização profissional. Também foi verificado uma associação entre liberdade de expressão e estado civil, porém, não foi possível localizar as diferenças através da análise estatística. Sobre as correlações entre os domínios da EIPST e das demais escalas, verificamos que quanto maior for a falta de reconhecimento, maior será o esgotamento profissional e quanto maior for o esgotamento profissional do ACS, maior serão os seus danos psicológicos, apresentando correlações fortes. Correlações regulares entre os domínios também foram encontradas: entre esgotamento profissional e danos físicos e entre falta de reconhecimento e danos psicológicos. Conclui-se que os ACS vivenciam o prazer no trabalho de forma satisfatória e o sofrimento de modo crítico. O domínio Esgotamento Profissional, além de ser o mais avaliado negativamente na EIPST, é o que possui as correlações mais fortes. Espera-se com este trabalho apresentar um perfil de saúde mental dos ACS em relação às vivências de prazer e sofrimento e reforçar a necessidade de mais estudos abordando estes trabalhadores tão importantes para a ABS no Brasil.
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O objetivo deste estudo foi discutir as vivências de prazer e sofrimento no trabalho dos ACS da ABS do município de Juiz de Fora e sua relação com a organização do trabalho (OT) e os danos físicos e psicossociais referidos. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com uma amostra aleatória de 279 ACS, onde 67 não participaram pois atenderam aos critérios de exclusão, totalizando 212 profissionais avaliados. A coleta de dados foi realizada entre julho e outubro de 2015 e foi utilizado como instrumento três escalas do Inventário sobre Trabalho e Risco de Adoecimento (ITRA). A amostra estudada foi predominantemente composta por mulheres (91,5%), com idade média de 44 anos (desvio padrão de 9,9), casadas ou em união estável (55,5%) e cujo tempo de trabalho na ABS é de 11 a 15 anos (47,6%). Nos resultados, a Escala de Avaliação do Contexto de Trabalho (EACT) apresentou os seus três domínios avaliados como crítico, sendo que alguns itens, relativos à OT e às condições de trabalho foram classificados como grave. A Escala de Avaliação dos Danos Relacionados ao Trabalho (EADRT) apresentou seus três domínios avaliados como suportável, correspondendo à melhor avaliação positiva para essa escala. Porém, os itens relacionados à dores no corpo e nas pernas foram avaliados como grave pelos ACS. Na Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), os domínios que avaliam o prazer foram classificados como satisfatório. Dentre os itens destes domínios, ganham destaque os relativos à identificação com o trabalho e o orgulho de exercer a profissão, com médias altas de pontuação positiva, bem como os relativos à confiança entre os colegas, motivação, valorização e reconhecimento, classificados como crítico e sendo, portanto, fatores potencializadores de sofrimento. Os domínios relacionados ao sofrimento no trabalho apresentaram resultado crítico. O domínio Esgotamento Profissional foi o que apresentou a avaliação mais negativa, com destaque para o item "Sobrecarga", considerado como grave. Com relação às associações entre os domínios de prazer e sofrimento e os demais domínios da EACT e EADRT e os dados sociodemográficos e de tempo de trabalho na ABS, temos que quanto maior for a idade do ACS, maior é sua realização profissional. Também foi verificado uma associação entre liberdade de expressão e estado civil, porém, não foi possível localizar as diferenças através da análise estatística. Sobre as correlações entre os domínios da EIPST e das demais escalas, verificamos que quanto maior for a falta de reconhecimento, maior será o esgotamento profissional e quanto maior for o esgotamento profissional do ACS, maior serão os seus danos psicológicos, apresentando correlações fortes. Correlações regulares entre os domínios também foram encontradas: entre esgotamento profissional e danos físicos e entre falta de reconhecimento e danos psicológicos. Conclui-se que os ACS vivenciam o prazer no trabalho de forma satisfatória e o sofrimento de modo crítico. O domínio Esgotamento Profissional, além de ser o mais avaliado negativamente na EIPST, é o que possui as correlações mais fortes. Espera-se com este trabalho apresentar um perfil de saúde mental dos ACS em relação às vivências de prazer e sofrimento e reforçar a necessidade de mais estudos abordando estes trabalhadores tão importantes para a ABS no Brasil.In Brazil, among the three health care models present in the primary health care (PHC), is the Program of Community Health Agents. It's necessary to highlight the importance of Community Health Agents (CHA) for the PHC in the country, being involved in all kinds of work contexts, peculiarities and situations, justifying conducting research concerning the health of these professionals. The aim of this study was to discuss the experiences of pleasure and suffering in the work of the CHA from the PHC of Juiz de Fora city and it's relation to the organization of work (OW) and physical and psychosocial damage reported. It's a cross-sectional, quantitative study with a random sample of 279 CHA, where 67 didn't participate because it met the exclusion criteria, totaling 212 professionals evaluated. Data collection was conducted between July and October 2015 and was used as an instrument three scales of the Inventory of Work and Risk of Illness (IWRI). The sample was predominantly composed of women (91.5%) with mean age of 44 years (standard deviation 9.9), married or in a stable relationship (55.5%) and whose working time in PHC is 11 to 15 years (47.6%). In the results, the Rating Scale of the Work Context (RSWC) presented its three areas assessed as critical, and some items, concerning the OW and working conditions were classified as serious. The Scale Assessment of Damage Related to Work (SADRW) presented his three domains assessed as bearable, corresponding to the best positive assessment to this scale. But items related to body aches and legs were assessed as serious by the CHA. In Scale of Indicators of the Pleasure and Suffering at Work (SIPSW), the domains measuring the pleasure were classified as satisfactory. Among the items of these domains, are highlighted those relating to identification with the work and proud to practice their profession, with high positive score means, as well as those relating to trust between colleagues, motivation, appreciation and recognition, classified as critical and, therefore, potential factors of suffering. Matters relating to the suffering at work showed critical result. The Professional Burnout domain was the one with the most negative assessment, especially the section "Overload", considered to be serious. Regarding the association between the domains of pleasure and suffering with the other areas of RSWC and SADRW and sociodemographic data and working time in the PHC, we have that the greater the age of the CHA, the higher their professional achievement. Also an association between freedom of expression and marital status was verified, however, was unable to find the differences by statistical analysis. On the correlations between the domains of SIPSW and other scales, we find that the greater the lack of recognition, the higher the burnout and that the greater the professional burnout of the CHA, the greater will be their psychological damage, with strong correlations. Regular correlations between the domains were also found: between professional burnout and physical damage and between lack of recognition and psychological damage. We conclude that the CHA experience pleasure in work satisfactorily and suffering critically. The Professional Burnout domain, besides being the most negatively rated in SIPSW, is the one with the strongest correlations. It's hoped that this work presents a mental health profile of CHA in relation to the experiences of pleasure and suffering and reinforce the need for more studies addressing these workers so important to the PHC in Brazil.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Saúde ColetivaUFJFBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVASaúde do TrabalhadorSaúde MentalPrazerAtenção Primária à SaúdeEstratégia Saúde da FamíliaPessoal de SaúdeCondições de TrabalhoOccupational HealthMental HealthPleasurePrimary Health CareFamily Health StrategyHealth PersonnelWorking ConditionsVivências de prazer e sofrimento no trabalho de agentes comunitários de saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTraphaelaugustosantiago.pdf.txtraphaelaugustosantiago.pdf.txtExtracted texttext/plain178465https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1297/3/raphaelaugustosantiago.pdf.txtc6a664ecfb9355a809adb3e63d736a86MD53THUMBNAILraphaelaugustosantiago.pdf.jpgraphaelaugustosantiago.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1178https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1297/4/raphaelaugustosantiago.pdf.jpg553fa41756bfc10e0e9f98e96c820ee8MD54ORIGINALraphaelaugustosantiago.pdfraphaelaugustosantiago.pdfapplication/pdf737549https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1297/1/raphaelaugustosantiago.pdfcfea6de391e2f4bc1b4300fd98f7296aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1297/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/12972019-11-07 12:04:17.552oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1297TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:04:17Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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