Desancoragem das expectativas, credibilidade e os efeitos das políticas monetárias: estimativas para o Brasil a curto e médio prazo

• Autor(a) principal: Silva, Lucas Andrade
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16169
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIA MONETARIA E FISCAL; Credibilidade; Políticas monetárias; Banco Central do Brasil; Credibility; Monetary policies; Central Bank of Brazil

A busca pela construção da credibilidade tem sido um dos principais objetivos das entidades monetárias na atualidade. Manter a ancoragem nas expectativas dos agentes tornou-se fator fundamental para a efetividade das políticas monetárias e o equilíbrio econômico. Atualmente o Banco Central do Brasil ainda está em fase de construção da sua credibilidade, tarefa que vem encarando percalços devido às constantes crises econômicas e políticas enfrentadas pelo país. Nesse sentido, esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar os efeitos de choques econômicos e monetários na ação da política monetária e resultados da economia, levando em consideração o curto e o médio prazo realizando, por fim, uma comparação entre os resultados. A metodologia utilizada foi a de modelos vetoriais autorregressivos (VAR) seguindo a abordagem de Toda e Yamamoto (1995). Os dados utilizados foram para o Brasil e retirados do Relatório Focus, do Ipeadata e por elaboração própria, o período abordado em pesquisa foi entre os anos de 2004 e 2023. Os resultados demonstraram que quebras na credibilidade podem surtir efeitos sobre a expectativa dos agentes a curto e médio prazo, no entanto, para o médio prazo as expectativas estão mais fortemente ligadas às metas do banco central. Além disso, desvios na credibilidade ocasionam no curto prazo uma redução do hiato do produto e aceleração inflacionaria. Já no médio prazo, os efeitos da desancoragem sobre a produção são mais moderados e aparentam não se associar à piora inflacionaria.