As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Miranda, Lara Carvalho
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11470
Resumo: O trabalho visa a investigar as (re)formulações na fala de uma conciliadora em audiências preliminares do Juizado Especial Criminal (JECRIM), em uma comarca da Zona da Mata de Minas Gerais. Nessa instância jurisdicional, as audiências preliminares ocorrem antes do oferecimento da denúncia e constituem uma oportunidade para a realização do acordo entre as partes, evitando-se, assim, um processo na esfera criminal. As bases teórico-metodológicas apoiam-se na Sociolinguística Interacional (GUMPERZ, 2013[1982], 1988; GOFFMAN, 2013[1964]; 1974; 2013[1979]), nos estudos da Argumentação Interacional (SCHIFFRIN, 1987; VIEIRA, 2003, 2007, BARLETTA, 2014) e Avaliação (LABOV, 1972; LINDE, 1997; MARTIN e WHITE, 2005).Também nos valemos dos constructos da Análise da Conversa Etnometodológica (SACKS, SCHEGLOFF e SCHEFFERSON, 1974), bem como das contribuições de Maynard (1984) no que tange ao mandato institucional em contextos institucionais (DREW e HERITAGE, 1992; DEL CORONA, 2009). Nosso olhar investigativo debruçou-se especialmente sobre a (re)formulação (GARFINKEL e SACKS, 2012[1970]; HERITAGE e WATSON (1979); BILMES (2011)). O estudo é de base qualitativa e interpretativa (DENZIN e LINCOLN, 2006), e os dados foram transcritos de acordo com o modelo Jefferson (LODER e JUNG, 2008). Os resultados mostram que a conciliadora, ao longo das audiências, persegue o cumprimento de seu objetivo institucional, ora dissuadindo as partes a buscar a tutela jurisdicional, ora induzindo-as ao arquivamento. Para alcançar tal intento, realiza várias reformulações tanto de posições quanto de suas sustentações. Nessas práticas interacionais de reformular, a conciliadora preserva o sentido principal de sua formulação primeira, que veicula, ainda que implicitamente, sua meta institucional, promovendo o apagamento de algumas partes da elocução para transformá-la, em uma gradação de desestímulo. Fazendo uso dessa estratégia argumentativa, a conciliadora controla o encontro e reforça sua opinião sobre a não continuidade do processo, seja pelo arquivamento seja pela desistência de prestar nova queixa, bem como retoma sustentações que amparam sua(s) posição(ões). Desse modo, as reformulações na fala da conciliadora contribuem, argumentativamente, para o cumprimento de seu mandato institucional nas audiências preliminares do JECRIM.
id UFJF_505106ab25a5d46a30bcf414e75c251b
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11470
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Vieira, Amitza Torreshttp://lattes.cnpq.br/1496238532596726Dias, Nilza Barrozohttp://lattes.cnpq.br/0108502697827072Oliveira, Roberto Perobelli dehttp://lattes.cnpq.br/9314830679981149Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assishttp://lattes.cnpq.br/4582472522277913Rocha, Luiz Fernando Matoshttp://lattes.cnpq.br/6506204695561568http://lattes.cnpq.br/6091420602565068Miranda, Lara Carvalho2019-12-18T13:27:43Z2019-12-102019-12-18T13:27:43Z2019-09-18https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11470O trabalho visa a investigar as (re)formulações na fala de uma conciliadora em audiências preliminares do Juizado Especial Criminal (JECRIM), em uma comarca da Zona da Mata de Minas Gerais. Nessa instância jurisdicional, as audiências preliminares ocorrem antes do oferecimento da denúncia e constituem uma oportunidade para a realização do acordo entre as partes, evitando-se, assim, um processo na esfera criminal. As bases teórico-metodológicas apoiam-se na Sociolinguística Interacional (GUMPERZ, 2013[1982], 1988; GOFFMAN, 2013[1964]; 1974; 2013[1979]), nos estudos da Argumentação Interacional (SCHIFFRIN, 1987; VIEIRA, 2003, 2007, BARLETTA, 2014) e Avaliação (LABOV, 1972; LINDE, 1997; MARTIN e WHITE, 2005).Também nos valemos dos constructos da Análise da Conversa Etnometodológica (SACKS, SCHEGLOFF e SCHEFFERSON, 1974), bem como das contribuições de Maynard (1984) no que tange ao mandato institucional em contextos institucionais (DREW e HERITAGE, 1992; DEL CORONA, 2009). Nosso olhar investigativo debruçou-se especialmente sobre a (re)formulação (GARFINKEL e SACKS, 2012[1970]; HERITAGE e WATSON (1979); BILMES (2011)). O estudo é de base qualitativa e interpretativa (DENZIN e LINCOLN, 2006), e os dados foram transcritos de acordo com o modelo Jefferson (LODER e JUNG, 2008). Os resultados mostram que a conciliadora, ao longo das audiências, persegue o cumprimento de seu objetivo institucional, ora dissuadindo as partes a buscar a tutela jurisdicional, ora induzindo-as ao arquivamento. Para alcançar tal intento, realiza várias reformulações tanto de posições quanto de suas sustentações. Nessas práticas interacionais de reformular, a conciliadora preserva o sentido principal de sua formulação primeira, que veicula, ainda que implicitamente, sua meta institucional, promovendo o apagamento de algumas partes da elocução para transformá-la, em uma gradação de desestímulo. Fazendo uso dessa estratégia argumentativa, a conciliadora controla o encontro e reforça sua opinião sobre a não continuidade do processo, seja pelo arquivamento seja pela desistência de prestar nova queixa, bem como retoma sustentações que amparam sua(s) posição(ões). Desse modo, as reformulações na fala da conciliadora contribuem, argumentativamente, para o cumprimento de seu mandato institucional nas audiências preliminares do JECRIM.This thesis aims to investigate the reformulations of the speech of a conciliator in preliminary hearings of the special criminal court (JECRIM) in the county of Zona da Mata in Minas Gerais. In this jurisdictional instance, the preliminary hearings occur before the offer of the complaint and constitute an oportunity to the realization of an agreement between the parties, avoiding, thereby, a criminal prosecution. As theoretical-methodological foundations, this work takes into account the Interactional Sociolinguistics (GUMPERZ, 2013[1982], 1988; GOFFMAN, 2013[1964]; 1974; 2013[1979]), the studies of Interactional Argumentation (SCHIFFRIN, 1987; VIEIRA, 2003, 2007, BARLETTA, 2014) and Evaluation (LABOV, 1972; LINDE, 1997; MARTIN e WHITE, 2005). We also recourse to the theoretic constructs of Ethnomethodological Conversation Analysis (SACKS, SCHEGLOFF e SCHEFFERSON, 1974), as well as the contributions of Maynard (1984), regarding the institutional mandate in institutional contexts (DREW e HERITAGE, 1992; DEL CORONA, 2009). Our investigative approach focused, specifically, on reformulations. (GARFINKEL e SACKS, 2012[1970]; HERITAGE e WATSON (1979); BILMES (2011)). This research is from qualitative and interpretive nature (DENZIN e LINCOLN, 2006), and data were transcribed according to Jefferson's Model ((LODER e JUNG, 2008). The results show that the conciliator, throughout the hearings, persecutes the fulfillment of her institutional aim, sometimes dissuading the parties to seek judicial protection or inducing them to not proceed with the process. To reach this attempt, she makes several reformulations of positions and its supports. In these interactional reformulating practices, the conciliator preserves the main meaning of her first reformulation, that conveys, even if implicitly, her institutional goal, promoting the erasure of some parts of the utterance to transform them into a gradation of discouragement. Using this argumentative strategy, the conciliator controls the meeting and reinforce your opinion about the non-continuity of the process, either by the filing or by the waiver of filing a new complaint, as well as she retakes bases that support her positions. Thereby, the reformulations on the speech of the conciliator contribute, argumentatively, to the fulfillment of her institutional mandate in JECRIM's preliminary hearings.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAReformulaçãoArgumentaçãoMovimentos argumentativosAvaliaçãoAudiência preliminarJuizados especiais criminaisReformulationArgumentationArgumentative movementsEvaluationSpecial criminal courtsPreliminary hearingAs reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALlaracarvalhomiranda.pdflaracarvalhomiranda.pdfapplication/pdf1798781https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/1/laracarvalhomiranda.pdf7f370416fb6bce8506b3476e41428cb8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTlaracarvalhomiranda.pdf.txtlaracarvalhomiranda.pdf.txtExtracted texttext/plain299912https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/4/laracarvalhomiranda.pdf.txtcd6ef9c09f0ef427f85469e4dfadb971MD54THUMBNAILlaracarvalhomiranda.pdf.jpglaracarvalhomiranda.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1204https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/5/laracarvalhomiranda.pdf.jpg8b1d7a50835993833b9cce05adf18e88MD55ufjf/114702019-12-19 04:07:48.15oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/11470Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-12-19T06:07:48Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
title As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
spellingShingle As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
Miranda, Lara Carvalho
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Reformulação
Argumentação
Movimentos argumentativos
Avaliação
Audiência preliminar
Juizados especiais criminais
Reformulation
Argumentation
Argumentative movements
Evaluation
Special criminal courts
Preliminary hearing
title_short As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
title_full As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
title_fullStr As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
title_full_unstemmed As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
title_sort As reformulações como estratégia argumentativa em audiências preliminares no juizado especial criminal
author Miranda, Lara Carvalho
author_facet Miranda, Lara Carvalho
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vieira, Amitza Torres
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1496238532596726
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Dias, Nilza Barrozo
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0108502697827072
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Oliveira, Roberto Perobelli de
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9314830679981149
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4582472522277913
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Rocha, Luiz Fernando Matos
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6506204695561568
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6091420602565068
dc.contributor.author.fl_str_mv Miranda, Lara Carvalho
contributor_str_mv Vieira, Amitza Torres
Dias, Nilza Barrozo
Oliveira, Roberto Perobelli de
Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis
Rocha, Luiz Fernando Matos
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Reformulação
Argumentação
Movimentos argumentativos
Avaliação
Audiência preliminar
Juizados especiais criminais
Reformulation
Argumentation
Argumentative movements
Evaluation
Special criminal courts
Preliminary hearing
dc.subject.por.fl_str_mv Reformulação
Argumentação
Movimentos argumentativos
Avaliação
Audiência preliminar
Juizados especiais criminais
Reformulation
Argumentation
Argumentative movements
Evaluation
Special criminal courts
Preliminary hearing
description O trabalho visa a investigar as (re)formulações na fala de uma conciliadora em audiências preliminares do Juizado Especial Criminal (JECRIM), em uma comarca da Zona da Mata de Minas Gerais. Nessa instância jurisdicional, as audiências preliminares ocorrem antes do oferecimento da denúncia e constituem uma oportunidade para a realização do acordo entre as partes, evitando-se, assim, um processo na esfera criminal. As bases teórico-metodológicas apoiam-se na Sociolinguística Interacional (GUMPERZ, 2013[1982], 1988; GOFFMAN, 2013[1964]; 1974; 2013[1979]), nos estudos da Argumentação Interacional (SCHIFFRIN, 1987; VIEIRA, 2003, 2007, BARLETTA, 2014) e Avaliação (LABOV, 1972; LINDE, 1997; MARTIN e WHITE, 2005).Também nos valemos dos constructos da Análise da Conversa Etnometodológica (SACKS, SCHEGLOFF e SCHEFFERSON, 1974), bem como das contribuições de Maynard (1984) no que tange ao mandato institucional em contextos institucionais (DREW e HERITAGE, 1992; DEL CORONA, 2009). Nosso olhar investigativo debruçou-se especialmente sobre a (re)formulação (GARFINKEL e SACKS, 2012[1970]; HERITAGE e WATSON (1979); BILMES (2011)). O estudo é de base qualitativa e interpretativa (DENZIN e LINCOLN, 2006), e os dados foram transcritos de acordo com o modelo Jefferson (LODER e JUNG, 2008). Os resultados mostram que a conciliadora, ao longo das audiências, persegue o cumprimento de seu objetivo institucional, ora dissuadindo as partes a buscar a tutela jurisdicional, ora induzindo-as ao arquivamento. Para alcançar tal intento, realiza várias reformulações tanto de posições quanto de suas sustentações. Nessas práticas interacionais de reformular, a conciliadora preserva o sentido principal de sua formulação primeira, que veicula, ainda que implicitamente, sua meta institucional, promovendo o apagamento de algumas partes da elocução para transformá-la, em uma gradação de desestímulo. Fazendo uso dessa estratégia argumentativa, a conciliadora controla o encontro e reforça sua opinião sobre a não continuidade do processo, seja pelo arquivamento seja pela desistência de prestar nova queixa, bem como retoma sustentações que amparam sua(s) posição(ões). Desse modo, as reformulações na fala da conciliadora contribuem, argumentativamente, para o cumprimento de seu mandato institucional nas audiências preliminares do JECRIM.
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-12-18T13:27:43Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-12-10
2019-12-18T13:27:43Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-09-18
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11470
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11470
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/1/laracarvalhomiranda.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/4/laracarvalhomiranda.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/11470/5/laracarvalhomiranda.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 7f370416fb6bce8506b3476e41428cb8
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
cd6ef9c09f0ef427f85469e4dfadb971
8b1d7a50835993833b9cce05adf18e88
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661334767534080