Avaliação do potencial esquistossomicida da arctiina, extraída de Arctium lappa L.
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3116 |
Resumo: | A esquistossomíase é considerada uma das doenças tropicais negligenciada mais significativa no mundo. Sendo que a presença de apenas um medicamento para o tratamento da infecção leva a busca por novos compostos esquistossomicidas, utilizando os produtos naturais como uma das principais fontes destas novas moléculas. Neste sentido, a lignana Arctiina extraída da espécie Arctium lappa, cujas funções anti-inflamatórias e antiproliferativas já foram descritas na literatura, se tornou alvo do nosso estudo. O nosso propósito foi pesquisar a sua ação esquistossomicida através de testes in vitro e em modelo murino. A substância foi utilizada nas concentrações de 30, 60, 120 e 240 µg/mL nos ensaios in vitro. Após o período de incubação, em nenhuma das concentrações, a molécula foi capaz de promover modificação na viabilidade do parasito em cultura quando comparado ao grupo controle. Após a administração por via intraperitoneal, para verificar a presença da substância no plasma murino, foi realizada uma análise cromatográfica. A análise da amostra de arctiina pura, diluída em metanol, e diluída em plasma murino não tratado mostrou um pico no cromatograma medido a 254 nm, com retenção de 5 minutos. A amostra de plasma animal coletada após uma hora de tratamento com arctiina, sob as mesmas condições experimentais, revelou um pico semelhante ao da amostra pura, confirmando que a arctiina está disponível no plasma após administração. Os testes in vivo, foram realizados em camundongos fêmeas da linhagem Swiis que receberam por via intraperitoneal duas dosagens de arctiina (50 mg/kg), sendo a primeira administrada 20 dias após a infecção e a segunda após duas semanas. Nos parâmetros analisados: peso hepático, leucometria global, redução da carga parasitária e alteração no oograma, não foi verificado nenhuma alteração significativa em relação aos parâmetros encontrados no grupo controle infectado, tratado com praziquantel (200 mg/kg) e Dimetilsulfóxido (0,5%). O resultado mais promissor foi uma redução das médias das áreas dos granulomas, a administração da arctiina provocou uma redução em torno de 20% em comparação com o controle infectado. Mais estudos devem ser realizados a fim de verificar o possível mecanismo de atuação sobre os componentes inflamatórios presentes na formação do granuloma. |
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O nosso propósito foi pesquisar a sua ação esquistossomicida através de testes in vitro e em modelo murino. A substância foi utilizada nas concentrações de 30, 60, 120 e 240 µg/mL nos ensaios in vitro. Após o período de incubação, em nenhuma das concentrações, a molécula foi capaz de promover modificação na viabilidade do parasito em cultura quando comparado ao grupo controle. Após a administração por via intraperitoneal, para verificar a presença da substância no plasma murino, foi realizada uma análise cromatográfica. A análise da amostra de arctiina pura, diluída em metanol, e diluída em plasma murino não tratado mostrou um pico no cromatograma medido a 254 nm, com retenção de 5 minutos. A amostra de plasma animal coletada após uma hora de tratamento com arctiina, sob as mesmas condições experimentais, revelou um pico semelhante ao da amostra pura, confirmando que a arctiina está disponível no plasma após administração. Os testes in vivo, foram realizados em camundongos fêmeas da linhagem Swiis que receberam por via intraperitoneal duas dosagens de arctiina (50 mg/kg), sendo a primeira administrada 20 dias após a infecção e a segunda após duas semanas. Nos parâmetros analisados: peso hepático, leucometria global, redução da carga parasitária e alteração no oograma, não foi verificado nenhuma alteração significativa em relação aos parâmetros encontrados no grupo controle infectado, tratado com praziquantel (200 mg/kg) e Dimetilsulfóxido (0,5%). O resultado mais promissor foi uma redução das médias das áreas dos granulomas, a administração da arctiina provocou uma redução em torno de 20% em comparação com o controle infectado. Mais estudos devem ser realizados a fim de verificar o possível mecanismo de atuação sobre os componentes inflamatórios presentes na formação do granuloma.Schistosomiasis is one of the most significant neglected tropical diseases in the world. Only one drug is currently available for the treatment and control of schistosomiasis, therefore there is an urgent need for the development of new schistosomicide compounds, being natural products an important source of these molecules. Hence, in this work we studied the lignan arctiin extracted from Arctium lappa species, whose anti-inflammatory and antiproliferative functions have been previously described. Our aim was to investigate in vitro and in vivo its schistosomicidal activity. We tested the compound in vitro at the follow concentrations 30, 60, 120 and 240 ug/ml. There was no difference in all tested concentrations in the viability of the parasite in the culture after the incubation when compared to the control group. In addition we verified the plasmatic concentration of arctiin after intraperitoneal administration in mice by chromatographic analysis. The analysis of pure arctiin diluted in either methanol or mouse plasma showed a peak in the chromatogram at retention time of 5 minutes, absorbance was measured at 254 nm. Animal plasma sample collected one hour after treatment with arctiin was analyzed under same experimental conditions and revealed a similar peak, confirming the availability of arctiin in the plasma following administration. The in vivo tests were performed in Swiss female mice, those were intraperitoneally injected with two dosages of arctiin (50 mg/kg) - the first administered 20 days after infection and the second two weeks later. The follow parameters were analyzed: liver weight, white blood cell count, parasitic load and oogram. We did not find any significant change in those parameters comparing infected control groups treated either with praziquantel (200 mg / kg) or dimethyl sulfoxide (0.5 %) to the group treated with arctiin. The most promising result was the reduction around 20% of the average area of the granuloma in the arctiin group compared with the infected control. More studies are needed to verify possible mechanisms of action of this molecule in inflammatory components that play a role in granuloma formation.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciências FarmacêuticasUFJFBrasilFaculdade de FarmáciaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIASchistosoma mansoniArctiinaArctium lappaGranulomaSchistosoma mansoniArctiinArctium lappaGranulomaAvaliação do potencial esquistossomicida da arctiina, extraída de Arctium lappa L.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTluanacarlasaco.pdf.txtluanacarlasaco.pdf.txtExtracted texttext/plain114761https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3116/3/luanacarlasaco.pdf.txtc1082eeadaeddf1dfa87389798fc5130MD53THUMBNAILluanacarlasaco.pdf.jpgluanacarlasaco.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1146https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3116/4/luanacarlasaco.pdf.jpge808c8be6c5f7dc72b9688b3b5ab3e6bMD54ORIGINALluanacarlasaco.pdfluanacarlasaco.pdfapplication/pdf2126264https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3116/1/luanacarlasaco.pdf52375e7c0fb34e4e12a8cbcf2262b635MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3116/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/31162019-11-07 11:32:27.547oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3116TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:32:27Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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