Autismo e o processo de medicalização da aprendizagem – um diálogo possível entre escola e famílias

• Autor(a) principal: Silva, Iury Fagundes da
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10875
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Autismo; Medicalização; Diagnóstico; Escola; Família

Quando abordamos a questão das deficiências, entramos no contexto da inclusão escolar atualmente discutida em diversas áreas do conhecimento. Mas, elencando o espaço escolar como nosso caminho de interesse, encontramos uma busca desenfreada pela padronização dos comportamentos direcionados às práticas pedagógicas. Entre tais práticas e com a presença da medicalização da aprendizagem, o encontro entre professor e o aluno diagnosticado com autismo é atravessado por saberes externos à relação educativa. A presente pesquisa/projeto de intervenção tem como objetivo analisar e refletir os relatos dos funcionários de uma instituição de ensino privada da cidade de Miracema/RJ e das famílias que possuem crianças diagnosticadas com autismo matriculadas na escola. Em um primeiro momento perpassamos sobre a questão do autismo por meio de um processo histórico, adentrando superficialmente na educação infantil (etapa de ensino que os discentes estão) para então chegarmos à questão da medicalização da aprendizagem. Tais assuntos foram debatidos com a diretora, a coordenadora, mediadora escolar e duas mães de alunos autistas, assim, trazendo a importância da relação família-escola diante de tais premissas. Adotamos inicialmente o método de pesquisa bibliográfica para nos embasar teoricamente sobre os assuntos e, em busca dos dados empíricos, posteriormente as rodas de conversas como proposta de intervenção por meio de um roteiro semiestruturado. Através dos relatos e experiências evidenciadas na referida pesquisa, concluímos que é de suma importância estreitar a relação entre as famílias e as escolas para debater diversas questões educacionais e, principalmente, assuntos relacionados à inclusão e medicalização de crianças autistas.