Autocitação fictiva em português europeu e brasileiro
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S1981-57942014000100003 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7737 |
Resumo: | A Autocitação Fictiva (ROCHA, 2004, 2006) é um tipo discursivo de fictividade por meio do qual seus conceptualizadores impõem uma perspectiva avaliativa ao discurso direto. Por meio de um cenário não verídico de reportação discursiva, o agente ilocutório remete-se a um cenário prévio e suposto de fala, com propósito de permitir acesso mental ao cenário verídico de pensamento. O objetivo deste artigo é a descrição e análise da autocitação fictiva e sua co-extensão factiva em corpora orais de Português Europeu e Brasileiro, a partir da construção (EU) DISSE/FALEI X-ORACIONAL. Utilizam-se como dados o corpus C-ORAL-ROM Português (BACELAR DO NASCIMENTO et al., 2005) e o corpus C-ORAL Brasil (RASO; MELLO, 2010, 2012), bem como os corpora CINTIL (2011), NURC (2011) e um reality show. Os resultados apontam para contrastes conceptuais e diafásicos entre usos de "disse" e "falei" nas variedades nacionais, uma vez que o verbo "falar" não costuma ser usado para introduzir discurso reportado em PE e que certos frames interacionais são propícios ao surgimento de autocitação fictiva, como o reality show. Contudo, a fictividade afeta a autocitação em ambas variedades, mapeada por pistas que incluem reportação monológica, co-texto epistêmico, escaneamento mental, incongruência dêitica e atos de fala como promessa. |
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2018-10-08T17:45:27Z2018-09-172018-10-08T17:45:27Z20145816392http://dx.doi.org/10.1590/S1981-57942014000100003https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7737A Autocitação Fictiva (ROCHA, 2004, 2006) é um tipo discursivo de fictividade por meio do qual seus conceptualizadores impõem uma perspectiva avaliativa ao discurso direto. Por meio de um cenário não verídico de reportação discursiva, o agente ilocutório remete-se a um cenário prévio e suposto de fala, com propósito de permitir acesso mental ao cenário verídico de pensamento. O objetivo deste artigo é a descrição e análise da autocitação fictiva e sua co-extensão factiva em corpora orais de Português Europeu e Brasileiro, a partir da construção (EU) DISSE/FALEI X-ORACIONAL. Utilizam-se como dados o corpus C-ORAL-ROM Português (BACELAR DO NASCIMENTO et al., 2005) e o corpus C-ORAL Brasil (RASO; MELLO, 2010, 2012), bem como os corpora CINTIL (2011), NURC (2011) e um reality show. Os resultados apontam para contrastes conceptuais e diafásicos entre usos de "disse" e "falei" nas variedades nacionais, uma vez que o verbo "falar" não costuma ser usado para introduzir discurso reportado em PE e que certos frames interacionais são propícios ao surgimento de autocitação fictiva, como o reality show. Contudo, a fictividade afeta a autocitação em ambas variedades, mapeada por pistas que incluem reportação monológica, co-texto epistêmico, escaneamento mental, incongruência dêitica e atos de fala como promessa.Studies about fictivity consider that certain linguistic expressions are only indirectly related to their meant referents; and that unreal scene is often presented by language users as means of mental access to the real scene. By overlapping cognitive and interactional frames, the fictive self-quotation phenomenon (ROCHA, 2004, 2006) is a discursive type of fictivity, by which conceptualisers pose a subjectifying assessing perspective to the direct speech in the first person. The main purpose of this paper is to analyse fictive self-quotation and its factive co-extension in oral corpora of European and Brazilian Portuguese, focusing on the construction "(I) said X-clause". As for the data, the C-ORAL-ROM Portuguese corpus (BACELAR DO NASCIMENTO et al., 2005), the C-ORAL Brazilian corpus (RASO & MELLO, 2010, 2012), and a database from the reality show Big Brother Brasil (2002) are used, all of which subjected to electronic data processing tools. The results present meaningful conceptual and diaphasic contrasts between the uses of "disse" and "falei" in the national varieties, since the verb "falar" is not often used to build a reported speech corresponding to mental space in the European Portuguese and that, from a constructional standpoint, certain interactional frames seem to favour fictive self-quotation more promptly.por--BrasilAlfa: Revista de Linguística (São José do Rio Preto)-AutocitaçãoFictividadeLinguística cognitivaLinguística de corpusSelf-quotationFictivityCognitive linguistcsCorpus linguistcsAutocitação fictiva em português europeu e brasileiroFictive self-quotation in brazilian and european portugueseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleRocha, Luiz Fernando Matosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILAutocitação fictiva em português europeu e brasileiro.pdf.jpgAutocitação fictiva em português europeu e brasileiro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1639https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/7737/4/Autocita%c3%a7%c3%a3o%20fictiva%20em%20portugu%c3%aas%20europeu%20e%20brasileiro.pdf.jpg145b832674a5ae78340c69186a61fbecMD54ORIGINALAutocitação fictiva em português europeu e brasileiro.pdfAutocitação fictiva em português europeu e brasileiro.pdfapplication/pdf3125245https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/7737/1/Autocita%c3%a7%c3%a3o%20fictiva%20em%20portugu%c3%aas%20europeu%20e%20brasileiro.pdf201f887f51c43b3398b24ee74430b7bfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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