Autocitação fictiva em português europeu e brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Alfa (São José do Rio Preto. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/5526 |
Resumo: | A Autocitação Fictiva (ROCHA, 2004, 2006) é um tipo discursivo de fictividade por meio do qual seus conceptualizadores impõem uma perspectiva avaliativa ao discurso direto. Por meio de um cenário não verídico de reportação discursiva, o agente ilocutório remete-se a um cenário prévio e suposto de fala, com propósito de permitir acesso mental ao cenário verídico de pensamento. O objetivo deste artigo é a descrição e análise da autocitação fictiva e sua co-extensão factiva em corpora orais de Português Europeu e Brasileiro, a partir da construção (EU) DISSE/FALEI X-ORACIONAL. Utilizam-se como dados o corpus C-ORALROM Português (BACELAR DO NASCIMENTO et al., 2005) e o corpus C-ORAL Brasil (RASO; MELLO, 2010, 2012), bem como os corpora CINTIL (2011), NURC (2011) e um reality show. Os resultados apontam para contrastes conceptuais e diafásicos entre usos de “disse” e “falei” nas variedades nacionais, uma vez que o verbo “falar” não costuma ser usado para introduzir discurso reportado em PE e que certos frames interacionais são propícios ao surgimento de autocitação fictiva, como o reality show. Contudo, a fictividade afeta a autocitação em ambas variedades, mapeada por pistas que incluem reportação monológica, co-texto epistêmico, escaneamento mental, incongruência dêitica e atos de fala como promessa. |
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