O Bairro Meio da Serra: de Núcleo Fabril à Periferia – Petrópolis, Rio de Janeiro

• Autor(a) principal: Oliveira, Paulo Roberto Rodrigues de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/8532
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA; Petrópolis; Industrialização; Urbanização; Bairro; Vida de bairro; Espaço geográfico; Petrópolis; Industrialización; Urbanización; Barrio; Vida de barrio; Espacio geográfico

O objeto de estudo desta dissertação, o bairro Meio da Serra, está localizado na vertente Sul no primeiro distrito do município de Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro. A área destinada a pesquisa – nomeadamente o centro originário do bairro – foi onde se fixou o Núcleo Fabril da Cia. Fiação e Tecidos Cometa nos fins do século XIX. Buscando entender as transformações socioespaciais ocorridas e que ainda ocorrem nesse centro e seu entorno, após o encerramento definitivo das atividades produtivas da Cia. Cometa na década 1970, partimos da realidade vivida atualmente no centro originário do Meio da Serra e cercania, e questionamos se esta entidade permanece inteiro como bairro ou existiriam sinais latentes de uma mancha periférica? E ainda, quais as consequências dessa dinâmica nas relações sociais e econômicas na vida cotidiana e no modo de viver dos moradores que lá estão? Para tanto, foi preciso analisar a evolução pretérita da organização socioespacial e econômica desse bairro com o auxílio de imagens, bibliografias e cartografias ligadas ao tema. Questões correlatas às práticas e políticas de preservação do patrimônio natural, arquitetônico e cultural no centro originário do bairro também são observadas. É um trabalho de compreensão do processo mais amplo da industrialização e urbanização de Petrópolis que estabeleceu determinadas configurações institucionais de poder. Nesse movimento de quase meio século, o bairro Meio da Serra vem se transformando, deixando transparecer as marcas imanentes de periferia urbana. Desse modo, é lícito dizer que, o presente visível e o passado cristalizado na paisagem no centro originário do bairro e no seu entorno, são consequências graves da lógica de expansão incessante do sistema da produção capitalista do espaço. Espaço este que, por mais de cem anos foi fonte permanente de exploração do trabalho vivo. Em decorrência da desindustrialização petropolitana, a partir de um novo ajuste espacial do capitalismo, o centro originário do Meio da Serra e seu entorno, convive atualmente com sinais de degradação e depreciação socioespacial, que requer atenção.