"O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maristela Rosa da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12073
Resumo: Este trabalho se propõe a compreender como mulheres negras têm falado sobre si mesmas e, assim, vêm construindo narrativamente uma representação midiática do que é ser mulher negra no Brasil. Esta dissertação tem como objeto de análise quatro canais do YouTube, a saber: Camilla de Lucas, Gabi Oliveira, Nátaly Nery e Rayza Nicácio. Foram escolhidos canais comandados por mulheres negras, uma vez que o principal objetivo foi identificar como a construção identitária feminina negra é feita por quem faz parte deste grupo social e se, ao ter a oportunidade de falar de si, essas mulheres e criadoras de conteúdo criam uma “contranarrativa”, ou seja, uma narrativa que rompe com a representação tradicional da mídia brasileira sobre a mulher negra. Parte-se da hipótese de que sim, há esta ruptura, uma vez que o que temos na mídia nacional tradicional, na maioria das vezes, é o olhar masculino e branco construindo as narrativas de representação de diferentes grupos, incluindo o feminino negro. Para tanto trouxemos à tona o conceito de midiatização, que trata justamente das transformações sociais ocasionadas pelo surgimento de novas mídias. Este conceito nos ajuda, especialmente na atualidade, a compreender como diferentes instâncias da vida social contemporânea estão direta ou indiretamente atravessadas pelas mídias digitais e pelo on-line. Num segundo momento, este trabalho é dedicado a investigar e compreender como diferentes setores da mídia tradicional do Brasil, a saber: televisão, publicidade, jornal impresso, cinema, entre outros, representam a mulher negra. Antes disto, porém, discute-se como se dá a construção da identificação identitária de um grupo e qual o papel da representação midiática nesta construção. Parte-se, na quarta parte deste trabalho, para a análise dos canais escolhidos para a análise, onde percebe-se que, com 16 vídeos, 4 vídeos de cada canal e um total de 4 horas 14 minutos e 04 segundos de material analisados, cinco abordagens narrativas são identificadas, sendo essas: 1) protagonismo próprio; 2) beleza/estética; 3) educativo/informativo; 4) ativista/militante e 5) conquistas pessoais. Em análise a esses canais percebe-se, portanto, que há sim a construção de uma representação midiática que atua como uma “contranarrativa” à mídia tradicional do país, uma vez que esta pauta a mulher negra como serviçal, subserviente, coadjuvante, vítima social, tendo seus traços tratados como um problema a ser concertado. Porém, observa-se, nestes canais no YouTube, narrativas que colocam essas mulheres negras como protagonistas, usando seus próprios traços como fonte de inspiração e beleza, se apresentando como “bem sucedidas” e questionadoras da sociedade a sua volta.
id UFJF_a9ad8a3451c7a7e08e99a8537b13a4a5
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12073
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Leal, Paulo Roberto Figueirahttp://lattes.cnpq.br/9631665928287598Oliveira, Luiz Ademir dehttp://lattes.cnpq.br/8231929995456002Mitchell-Walthour, Gladys Lanierhttp://lattes.cnpq.br/http://lattes.cnpq.br/8797381464669503Silva, Maristela Rosa da2020-12-15T13:59:34Z2020-12-152020-12-15T13:59:34Z2020-02-17https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12073Este trabalho se propõe a compreender como mulheres negras têm falado sobre si mesmas e, assim, vêm construindo narrativamente uma representação midiática do que é ser mulher negra no Brasil. Esta dissertação tem como objeto de análise quatro canais do YouTube, a saber: Camilla de Lucas, Gabi Oliveira, Nátaly Nery e Rayza Nicácio. Foram escolhidos canais comandados por mulheres negras, uma vez que o principal objetivo foi identificar como a construção identitária feminina negra é feita por quem faz parte deste grupo social e se, ao ter a oportunidade de falar de si, essas mulheres e criadoras de conteúdo criam uma “contranarrativa”, ou seja, uma narrativa que rompe com a representação tradicional da mídia brasileira sobre a mulher negra. Parte-se da hipótese de que sim, há esta ruptura, uma vez que o que temos na mídia nacional tradicional, na maioria das vezes, é o olhar masculino e branco construindo as narrativas de representação de diferentes grupos, incluindo o feminino negro. Para tanto trouxemos à tona o conceito de midiatização, que trata justamente das transformações sociais ocasionadas pelo surgimento de novas mídias. Este conceito nos ajuda, especialmente na atualidade, a compreender como diferentes instâncias da vida social contemporânea estão direta ou indiretamente atravessadas pelas mídias digitais e pelo on-line. Num segundo momento, este trabalho é dedicado a investigar e compreender como diferentes setores da mídia tradicional do Brasil, a saber: televisão, publicidade, jornal impresso, cinema, entre outros, representam a mulher negra. Antes disto, porém, discute-se como se dá a construção da identificação identitária de um grupo e qual o papel da representação midiática nesta construção. Parte-se, na quarta parte deste trabalho, para a análise dos canais escolhidos para a análise, onde percebe-se que, com 16 vídeos, 4 vídeos de cada canal e um total de 4 horas 14 minutos e 04 segundos de material analisados, cinco abordagens narrativas são identificadas, sendo essas: 1) protagonismo próprio; 2) beleza/estética; 3) educativo/informativo; 4) ativista/militante e 5) conquistas pessoais. Em análise a esses canais percebe-se, portanto, que há sim a construção de uma representação midiática que atua como uma “contranarrativa” à mídia tradicional do país, uma vez que esta pauta a mulher negra como serviçal, subserviente, coadjuvante, vítima social, tendo seus traços tratados como um problema a ser concertado. Porém, observa-se, nestes canais no YouTube, narrativas que colocam essas mulheres negras como protagonistas, usando seus próprios traços como fonte de inspiração e beleza, se apresentando como “bem sucedidas” e questionadoras da sociedade a sua volta.This paper aims to understand how black women have talked about themselves and, thus, constructed narratives in media representation of what it is to be a black woman in Brazil. This dissertation has as its object of analysis four YouTube channels, which are named as: Camilla de Lucas, Gabi Oliveira, Nátaly Nery and Rayza Nicácio. Channels led by black women were chosen since the main objective was to identify how black female identity construction is done by those who are part of this social group and if, by having the opportunity to talk about themselves, these women and content creators create a “counternarrative” that it is the one that breaks with the traditional representation of the Brazilian media regarding black women. It is assumed that there is a rupture, bearing in mind what we have in the traditional national media is in general the male and white gaze that constructs the narratives of representation of different groups, including the black female. For this reason we brought up the concept of mediatization, which deals precisely with the social transformations caused by the emergence of new media. This concept helps us, especially nowadays, to understand how different instances of contemporary social life directly or indirectly intersects with digital and on-line media. Second, this work is dedicated to investigating and understanding how different sectors of traditional media in Brazil, such as television, advertising, print newspaper, cinema, among others; represent the black woman. Before this, however, there is a discussin of how the construction of identification of a group occurs and what is the role of the media representation in this construction. In the third part of this work, we start by analyzing the channels chosen for the analysis, which shows that with 16 videos that correspond to 4 videos of each channel and a total of 4 hours 14 minutes and 04 seconds of analyzed material, five narrative approaches are identified, such as: 1) self-protagonism; 2) beauty/aesthetics; 3) educational/informative; 4) activist/militant and 5) personal achievements. Analyzing these channels, therefore, it is clear that there is a construction of a media representation that acts as a "counter-narrative" to the traditional media of the country, since this displays the black woman as a servant, a subservient, a coadjuvant and a victim in society, having her traits treated as a problem to be fixed. However, it is observed, in these YouTube channels, narratives putting these black women as protagonists, using their own traits as a source of inspiration and beauty, presenting themselves as "successful" and questioning the society around them.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em ComunicaçãoUFJFBrasilFaculdade de Comunicação SocialAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASMidiatizaçãoInternetMulher negraInterseccionalidadeYouTubeMediatizationInternetBlack womanIntersectionalityYouTube"O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/3/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD53ORIGINALmaristelarosadasilva.pdfmaristelarosadasilva.pdfapplication/pdf1917702https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/1/maristelarosadasilva.pdf54da4d9786af6c4da63bfd6342d2e6e2MD51TEXTmaristelarosadasilva.pdf.txtmaristelarosadasilva.pdf.txtExtracted texttext/plain557663https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/4/maristelarosadasilva.pdf.txt8dba4df8db64926cd56d168f2b4b93e5MD54THUMBNAILmaristelarosadasilva.pdf.jpgmaristelarosadasilva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1174https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/5/maristelarosadasilva.pdf.jpgb4917d9deddb4e56f25a2aa50ace4496MD55ufjf/120732020-12-16 04:08:33.382oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12073TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2020-12-16T06:08:33Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
title "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
spellingShingle "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
Silva, Maristela Rosa da
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Midiatização
Internet
Mulher negra
Interseccionalidade
YouTube
Mediatization
Internet
Black woman
Intersectionality
YouTube
title_short "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
title_full "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
title_fullStr "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
title_full_unstemmed "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
title_sort "O que é ser mulher negra no Brasil?": o Youtube a serviço de uma nova representação
author Silva, Maristela Rosa da
author_facet Silva, Maristela Rosa da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Leal, Paulo Roberto Figueira
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9631665928287598
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Oliveira, Luiz Ademir de
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8231929995456002
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Mitchell-Walthour, Gladys Lanier
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8797381464669503
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Maristela Rosa da
contributor_str_mv Leal, Paulo Roberto Figueira
Oliveira, Luiz Ademir de
Mitchell-Walthour, Gladys Lanier
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Midiatização
Internet
Mulher negra
Interseccionalidade
YouTube
Mediatization
Internet
Black woman
Intersectionality
YouTube
dc.subject.por.fl_str_mv Midiatização
Internet
Mulher negra
Interseccionalidade
YouTube
Mediatization
Internet
Black woman
Intersectionality
YouTube
description Este trabalho se propõe a compreender como mulheres negras têm falado sobre si mesmas e, assim, vêm construindo narrativamente uma representação midiática do que é ser mulher negra no Brasil. Esta dissertação tem como objeto de análise quatro canais do YouTube, a saber: Camilla de Lucas, Gabi Oliveira, Nátaly Nery e Rayza Nicácio. Foram escolhidos canais comandados por mulheres negras, uma vez que o principal objetivo foi identificar como a construção identitária feminina negra é feita por quem faz parte deste grupo social e se, ao ter a oportunidade de falar de si, essas mulheres e criadoras de conteúdo criam uma “contranarrativa”, ou seja, uma narrativa que rompe com a representação tradicional da mídia brasileira sobre a mulher negra. Parte-se da hipótese de que sim, há esta ruptura, uma vez que o que temos na mídia nacional tradicional, na maioria das vezes, é o olhar masculino e branco construindo as narrativas de representação de diferentes grupos, incluindo o feminino negro. Para tanto trouxemos à tona o conceito de midiatização, que trata justamente das transformações sociais ocasionadas pelo surgimento de novas mídias. Este conceito nos ajuda, especialmente na atualidade, a compreender como diferentes instâncias da vida social contemporânea estão direta ou indiretamente atravessadas pelas mídias digitais e pelo on-line. Num segundo momento, este trabalho é dedicado a investigar e compreender como diferentes setores da mídia tradicional do Brasil, a saber: televisão, publicidade, jornal impresso, cinema, entre outros, representam a mulher negra. Antes disto, porém, discute-se como se dá a construção da identificação identitária de um grupo e qual o papel da representação midiática nesta construção. Parte-se, na quarta parte deste trabalho, para a análise dos canais escolhidos para a análise, onde percebe-se que, com 16 vídeos, 4 vídeos de cada canal e um total de 4 horas 14 minutos e 04 segundos de material analisados, cinco abordagens narrativas são identificadas, sendo essas: 1) protagonismo próprio; 2) beleza/estética; 3) educativo/informativo; 4) ativista/militante e 5) conquistas pessoais. Em análise a esses canais percebe-se, portanto, que há sim a construção de uma representação midiática que atua como uma “contranarrativa” à mídia tradicional do país, uma vez que esta pauta a mulher negra como serviçal, subserviente, coadjuvante, vítima social, tendo seus traços tratados como um problema a ser concertado. Porém, observa-se, nestes canais no YouTube, narrativas que colocam essas mulheres negras como protagonistas, usando seus próprios traços como fonte de inspiração e beleza, se apresentando como “bem sucedidas” e questionadoras da sociedade a sua volta.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-12-15T13:59:34Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-12-15
2020-12-15T13:59:34Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-17
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12073
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12073
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Comunicação
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Comunicação Social
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/1/maristelarosadasilva.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/4/maristelarosadasilva.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12073/5/maristelarosadasilva.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
ffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1
54da4d9786af6c4da63bfd6342d2e6e2
8dba4df8db64926cd56d168f2b4b93e5
b4917d9deddb4e56f25a2aa50ace4496
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661323453399040