Política de cotas e a questão racial
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9827 |
Resumo: | A discussão a cerca da política de cotas teve início no final da década de 1990, concretizando- se nos anos 2000, nas universidades brasileiras. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a adotou oficialmente no ano de 2006, através de critérios de seleção tanto relacionados à classe quanto a raça. Estes foram inclusive propulsores de diversas discussões a favor ou contra a implantação da política de cotas. E elas foram muito diversificadas e intensas, a respeito das percepções relacionadas aos métodos dotados, pela instituição de ensino. Porém, outras discussões sobre percepções, tão ou mais importantes, não tiveram a mesma intensidade, principalmente as das dificuldades do universitário cotista negro, em sua permanência na graduação. Desta forma, o presente trabalho se propôs a reconhecer e analisar, a partir da percepção dos alunos da UFJF, as dificuldades já referidas, enfrentadas por negros cotistas para permanecerem, na universidade. Tal objetivo impulsionou outros três objetivos específicos como: reconhecer, a partir da revisão bibliográfica, as características socioeconômicas do universitário cotista; identificar, na perspectiva de negros cotistas, graduandos da UFJF, as principais dificuldades de natureza econômica, pedagógica e relacional, para sua permanência na universidade e; analisar tais dificuldades, relacionando-as às iniciativas de apoio estudantil da UFJF. Para isto, foi realizada uma pesquisa documental, que perpassava por aspectos históricos, econômicos e sociais da população negra no Brasil, o panorama da política de cotas, junto a argumentações favoráveis e desfavoráveis a cerca da implantação da política, em si trançando também o perfil demográfico do aluno cotista; encerrando a parte teórica com uma discussão a cerca das principais dificuldades do cotista para permanecer na faculdade a partir da literatura e, as formas de incentivo ao aluno cotista promovidas pelas instituições de ensino. Após esta, foi adotada por metodologia uma pesquisa semiestruturada na qual se utilizou, além da pesquisa documental, de entrevista a seis alunos, todos ingressos através do sistema de cotas raciais da UFJF, na qual buscou-se identificar quais suas principais dificuldades para se manterem na universidade. Constatou-se que possuem de fato, pelo menos mais de uma natureza (econômica, pedagógica e relacional) nas quais se destacam dificuldades ligadas a transporte (natureza econômica) e a deficiência de base em disciplinas quantitativas devido à formação que estes alunos tiveram antes de ingressarem na UFJF (natureza pedagógica). Além disto, destaca-se por partes dos entrevistados a ineficiência da política de auxílio promovida pela UFJF mais conhecida para tentar minimizar este quadro de dificuldades: a política de apoio estudantil, que foi considerada além de demasiadamente burocratizada, pouco criteriosa. Em resposta a estes questionamentos, temos em vista a implementação de projetos discutidos por veículos como o Regimento Acadêmico da Graduação (RAG/UFJF) a fim de solucionar tais disparidades que até o presente momento ainda não se concretizaram. Considerando o estudo em questão, seria interessante para uma das pesquisas futuras a busca, por exemplo, de uma contrapartida mais enfática, da política de apoio estudantil em relação às insatisfações dos universitários como, por exemplo, busca de fatores que contribuíram a sua não efetividade, tornando-se até uma espécie de justificativa para a não resolução de problemas. |
id |
UFJF_b30719b45be431be6057cf218241acdf |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9827 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Oliveira, Virgílio Cézar da Silva ehttp://lattes.cnpq.br/0934800941246776Ribeiro, Agatha Justen GonçalvesBeraldo, Antônio Fernando Castro Alves dehttp://lattes.cnpq.br/Santos, Jerusa Gama dos2019-04-17T12:08:29Z2019-04-152019-04-17T12:08:29Z2016-08-03https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9827A discussão a cerca da política de cotas teve início no final da década de 1990, concretizando- se nos anos 2000, nas universidades brasileiras. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a adotou oficialmente no ano de 2006, através de critérios de seleção tanto relacionados à classe quanto a raça. Estes foram inclusive propulsores de diversas discussões a favor ou contra a implantação da política de cotas. E elas foram muito diversificadas e intensas, a respeito das percepções relacionadas aos métodos dotados, pela instituição de ensino. Porém, outras discussões sobre percepções, tão ou mais importantes, não tiveram a mesma intensidade, principalmente as das dificuldades do universitário cotista negro, em sua permanência na graduação. Desta forma, o presente trabalho se propôs a reconhecer e analisar, a partir da percepção dos alunos da UFJF, as dificuldades já referidas, enfrentadas por negros cotistas para permanecerem, na universidade. Tal objetivo impulsionou outros três objetivos específicos como: reconhecer, a partir da revisão bibliográfica, as características socioeconômicas do universitário cotista; identificar, na perspectiva de negros cotistas, graduandos da UFJF, as principais dificuldades de natureza econômica, pedagógica e relacional, para sua permanência na universidade e; analisar tais dificuldades, relacionando-as às iniciativas de apoio estudantil da UFJF. Para isto, foi realizada uma pesquisa documental, que perpassava por aspectos históricos, econômicos e sociais da população negra no Brasil, o panorama da política de cotas, junto a argumentações favoráveis e desfavoráveis a cerca da implantação da política, em si trançando também o perfil demográfico do aluno cotista; encerrando a parte teórica com uma discussão a cerca das principais dificuldades do cotista para permanecer na faculdade a partir da literatura e, as formas de incentivo ao aluno cotista promovidas pelas instituições de ensino. Após esta, foi adotada por metodologia uma pesquisa semiestruturada na qual se utilizou, além da pesquisa documental, de entrevista a seis alunos, todos ingressos através do sistema de cotas raciais da UFJF, na qual buscou-se identificar quais suas principais dificuldades para se manterem na universidade. Constatou-se que possuem de fato, pelo menos mais de uma natureza (econômica, pedagógica e relacional) nas quais se destacam dificuldades ligadas a transporte (natureza econômica) e a deficiência de base em disciplinas quantitativas devido à formação que estes alunos tiveram antes de ingressarem na UFJF (natureza pedagógica). Além disto, destaca-se por partes dos entrevistados a ineficiência da política de auxílio promovida pela UFJF mais conhecida para tentar minimizar este quadro de dificuldades: a política de apoio estudantil, que foi considerada além de demasiadamente burocratizada, pouco criteriosa. Em resposta a estes questionamentos, temos em vista a implementação de projetos discutidos por veículos como o Regimento Acadêmico da Graduação (RAG/UFJF) a fim de solucionar tais disparidades que até o presente momento ainda não se concretizaram. Considerando o estudo em questão, seria interessante para uma das pesquisas futuras a busca, por exemplo, de uma contrapartida mais enfática, da política de apoio estudantil em relação às insatisfações dos universitários como, por exemplo, busca de fatores que contribuíram a sua não efetividade, tornando-se até uma espécie de justificativa para a não resolução de problemas.-porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)UFJFBrasilFaculdade de Administração e Ciências ContábeisCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASApoio estudantilCotasCotista negroUFJFPolítica de cotas e a questão racialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILjerusagamadossantos.pdf.jpgjerusagamadossantos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1127https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/4/jerusagamadossantos.pdf.jpga07770cee5a88549c0d02c88e80de83fMD54ORIGINALjerusagamadossantos.pdfjerusagamadossantos.pdfapplication/pdf1008774https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/1/jerusagamadossantos.pdf973edb583fc79886541b61763bda77abMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTjerusagamadossantos.pdf.txtjerusagamadossantos.pdf.txtExtracted texttext/plain162751https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/3/jerusagamadossantos.pdf.txtedd0c919bf4a0001df9b74d704621f32MD53ufjf/98272019-06-16 13:26:34.742oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9827TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T16:26:34Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Política de cotas e a questão racial |
title |
Política de cotas e a questão racial |
spellingShingle |
Política de cotas e a questão racial Santos, Jerusa Gama dos CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS Apoio estudantil Cotas Cotista negro UFJF |
title_short |
Política de cotas e a questão racial |
title_full |
Política de cotas e a questão racial |
title_fullStr |
Política de cotas e a questão racial |
title_full_unstemmed |
Política de cotas e a questão racial |
title_sort |
Política de cotas e a questão racial |
author |
Santos, Jerusa Gama dos |
author_facet |
Santos, Jerusa Gama dos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Oliveira, Virgílio Cézar da Silva e |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0934800941246776 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Ribeiro, Agatha Justen Gonçalves |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Beraldo, Antônio Fernando Castro Alves de |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/ |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Jerusa Gama dos |
contributor_str_mv |
Oliveira, Virgílio Cézar da Silva e Ribeiro, Agatha Justen Gonçalves Beraldo, Antônio Fernando Castro Alves de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS |
topic |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS Apoio estudantil Cotas Cotista negro UFJF |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Apoio estudantil Cotas Cotista negro UFJF |
description |
A discussão a cerca da política de cotas teve início no final da década de 1990, concretizando- se nos anos 2000, nas universidades brasileiras. A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a adotou oficialmente no ano de 2006, através de critérios de seleção tanto relacionados à classe quanto a raça. Estes foram inclusive propulsores de diversas discussões a favor ou contra a implantação da política de cotas. E elas foram muito diversificadas e intensas, a respeito das percepções relacionadas aos métodos dotados, pela instituição de ensino. Porém, outras discussões sobre percepções, tão ou mais importantes, não tiveram a mesma intensidade, principalmente as das dificuldades do universitário cotista negro, em sua permanência na graduação. Desta forma, o presente trabalho se propôs a reconhecer e analisar, a partir da percepção dos alunos da UFJF, as dificuldades já referidas, enfrentadas por negros cotistas para permanecerem, na universidade. Tal objetivo impulsionou outros três objetivos específicos como: reconhecer, a partir da revisão bibliográfica, as características socioeconômicas do universitário cotista; identificar, na perspectiva de negros cotistas, graduandos da UFJF, as principais dificuldades de natureza econômica, pedagógica e relacional, para sua permanência na universidade e; analisar tais dificuldades, relacionando-as às iniciativas de apoio estudantil da UFJF. Para isto, foi realizada uma pesquisa documental, que perpassava por aspectos históricos, econômicos e sociais da população negra no Brasil, o panorama da política de cotas, junto a argumentações favoráveis e desfavoráveis a cerca da implantação da política, em si trançando também o perfil demográfico do aluno cotista; encerrando a parte teórica com uma discussão a cerca das principais dificuldades do cotista para permanecer na faculdade a partir da literatura e, as formas de incentivo ao aluno cotista promovidas pelas instituições de ensino. Após esta, foi adotada por metodologia uma pesquisa semiestruturada na qual se utilizou, além da pesquisa documental, de entrevista a seis alunos, todos ingressos através do sistema de cotas raciais da UFJF, na qual buscou-se identificar quais suas principais dificuldades para se manterem na universidade. Constatou-se que possuem de fato, pelo menos mais de uma natureza (econômica, pedagógica e relacional) nas quais se destacam dificuldades ligadas a transporte (natureza econômica) e a deficiência de base em disciplinas quantitativas devido à formação que estes alunos tiveram antes de ingressarem na UFJF (natureza pedagógica). Além disto, destaca-se por partes dos entrevistados a ineficiência da política de auxílio promovida pela UFJF mais conhecida para tentar minimizar este quadro de dificuldades: a política de apoio estudantil, que foi considerada além de demasiadamente burocratizada, pouco criteriosa. Em resposta a estes questionamentos, temos em vista a implementação de projetos discutidos por veículos como o Regimento Acadêmico da Graduação (RAG/UFJF) a fim de solucionar tais disparidades que até o presente momento ainda não se concretizaram. Considerando o estudo em questão, seria interessante para uma das pesquisas futuras a busca, por exemplo, de uma contrapartida mais enfática, da política de apoio estudantil em relação às insatisfações dos universitários como, por exemplo, busca de fatores que contribuíram a sua não efetividade, tornando-se até uma espécie de justificativa para a não resolução de problemas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-08-03 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-04-17T12:08:29Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-04-15 2019-04-17T12:08:29Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9827 |
url |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9827 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/4/jerusagamadossantos.pdf.jpg https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/1/jerusagamadossantos.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/2/license.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9827/3/jerusagamadossantos.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a07770cee5a88549c0d02c88e80de83f 973edb583fc79886541b61763bda77ab 000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b edd0c919bf4a0001df9b74d704621f32 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798038731746181120 |