A 'individuação' de E. Scrooge: uma interpretação Junguiana, do conto a Christmas Carol, de C. Dickens
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00057 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13870 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo basilar, a leitura junguiana do conto A Christmas Carol de Charles Dickens. O foco dado ao personagem Scrooge, relaciona-se ao intento de buscar compreender a sua metamorfose que ocorrera na noite de Natal, no ano de 1843, em Londres. Até a véspera desta data, Scrooge era um misantropo que possuía um complexo de avareza; no dia seguinte, ele acorda como um homem generoso e consciente da importância de celebrar o espírito de Natal. A hipótese principal para buscar compreender essa façanha foi que o personagem passara por uma diferenciação psíquica, através de um processo, adotado por C. G. Jung, de individuação, que possibilitara um dinamismo entre as dimensões consciente e inconsciente da alma humana. Essa dinâmica Jung denominou função transcendente. Função esta, que possibilita o desenvolvimento da personalidade e promove o encontro com a representação arquetípica do si-mesmo ou Selbst, em seu aspecto psicológico-profundo. O caminho para individuação de Scrooge é instigado pelo seu amigo e sócio, Jacob Marley, já falecido há sete anos. Este personagem carregava as pesadas correntes que fundira em vida, devido ao seu egoísmo e ambição financeira. Em vida, não era um homem de bem. No entanto, seu caráter profético, demonstrara grande intimidade com Scrooge, dando-lhe a oportunidade de ainda fazer algo diferente e quebrar os elos de seus próprios grilhões, engendrados há tempos. Marley anuncia-lhe a visita de três fantasmas naquela noite: e compareceram assim que Scrooge adormecera. Por isso, a interpretação dada ao conto, a de que este encontro sucedera com o inconsciente, pelo meio onírico. O sonho é uma das linguagens utilizadas pelo inconsciente. Por isso, Scrooge irá passar por várias experiências de cunho fantástico, desde as lembranças de seus Natais passados, até a vivência do Natal presente, e a possibilidade de vislumbrar seu Natal futuro. Toda a vivência no sonho de Scrooge despertara sua consciência para algo maior, seu si mesmo, através do simbolismo do arquétipo dos espíritos. Uma viagem emocionante que desperta o si mesmo (Selbst), e possibilita uma mudança de olhar em relação ao outro. Um encontro à alteridade e ao amor, assim como, à mensagem deixada pelo Filho do Homem, através do arquétipo Cristo. |
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A hipótese principal para buscar compreender essa façanha foi que o personagem passara por uma diferenciação psíquica, através de um processo, adotado por C. G. Jung, de individuação, que possibilitara um dinamismo entre as dimensões consciente e inconsciente da alma humana. Essa dinâmica Jung denominou função transcendente. Função esta, que possibilita o desenvolvimento da personalidade e promove o encontro com a representação arquetípica do si-mesmo ou Selbst, em seu aspecto psicológico-profundo. O caminho para individuação de Scrooge é instigado pelo seu amigo e sócio, Jacob Marley, já falecido há sete anos. Este personagem carregava as pesadas correntes que fundira em vida, devido ao seu egoísmo e ambição financeira. Em vida, não era um homem de bem. No entanto, seu caráter profético, demonstrara grande intimidade com Scrooge, dando-lhe a oportunidade de ainda fazer algo diferente e quebrar os elos de seus próprios grilhões, engendrados há tempos. Marley anuncia-lhe a visita de três fantasmas naquela noite: e compareceram assim que Scrooge adormecera. Por isso, a interpretação dada ao conto, a de que este encontro sucedera com o inconsciente, pelo meio onírico. O sonho é uma das linguagens utilizadas pelo inconsciente. Por isso, Scrooge irá passar por várias experiências de cunho fantástico, desde as lembranças de seus Natais passados, até a vivência do Natal presente, e a possibilidade de vislumbrar seu Natal futuro. Toda a vivência no sonho de Scrooge despertara sua consciência para algo maior, seu si mesmo, através do simbolismo do arquétipo dos espíritos. Uma viagem emocionante que desperta o si mesmo (Selbst), e possibilita uma mudança de olhar em relação ao outro. Um encontro à alteridade e ao amor, assim como, à mensagem deixada pelo Filho do Homem, através do arquétipo Cristo.The basic objective of this dissertation is a Jungian reading of the short story A Christmas Carol by Charles Dickens. The focus given to the character Scrooge is related to the intent of trying to understand his metamorphosis that occurred on Christmas Eve, 1843, in London. Until the eve of that date, Scrooge was a misanthrope who possessed a greed complex; the next day, he wakes up as a generous man, aware of the importance of celebrating the Christmas spirit. The main hypothesis is to understand this feat was that the character had gone through a psychic differentiation. This process is called individuation by C.G. Jung, which enabled a dynamism between the conscious and unconscious dimensions of the human soul. This dynamic Jung called transcendent function. This function enables personality development and promotes the encounter with the archetypal representation of the self or Selbst, in its deep psychological aspect. Jacob Marley, who has been dead for seven years, instigated Scrooge's path to individuation. This character was Scrooge´s friend and partner and carried the heavy chains. This character carried the heavy chains that he had fused in life, due to his selfishness and financial ambition. In life, he was not a good man. However, his prophetic character had shown great intimacy with Scrooge, allowing him to still do something different and break the bonds of his shackles, created a long time ago. Marley announces to him the visit of three ghosts that night, and they came as soon as Scrooge fell asleep. Therefore, the tale interpretation is that this encounter happened with the unconscious, through dreams. The dream is one of the languages used by the unconscious. For this reason, Scrooge will go through several fantastic experiences, from the memories of his past Christmases to the present Christmas experience and the possibility of glimpsing his future Christmas. The whole experience in Scrooge's dream will awaken his consciousness to something greater. Through the symbolism of the archetype of the spirits, his self. An emotional journey that awakens the self (Selbst) and makes it possible to change one's outlook towards the other. An encounter with otherness and love, as well as with the message left by the Son of Man, through the archetype Christ.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciência da ReligiãoUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANASFantásticoNatalContextoFunção transcendenteAutoconhecimentoChristmasContextTranscendent functionSelf-knowledgeA 'individuação' de E. Scrooge: uma interpretação Junguiana, do conto a Christmas Carol, de C. Dickensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALalinefatimadesouza.pdfalinefatimadesouza.pdfPDF/Aapplication/pdf2033718https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13870/1/alinefatimadesouza.pdfd30e35cb90c9b23aa369ac4930b5e5a0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13870/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13870/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTalinefatimadesouza.pdf.txtalinefatimadesouza.pdf.txtExtracted texttext/plain431702https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13870/4/alinefatimadesouza.pdf.txt2a5fae1a93209c40d6ac73bb3a0af249MD54THUMBNAILalinefatimadesouza.pdf.jpgalinefatimadesouza.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1188https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13870/5/alinefatimadesouza.pdf.jpga06f4412a5ba354d6b575be5b51c23d0MD55ufjf/138702022-11-18 13:29:48.328oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/13870Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-11-18T15:29:48Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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