“Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Mariana Schuchter
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6773
Resumo: O objetivo deste trabalho é compreender como a superdiversidade está presente na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG por meio dos grafismos urbanos (grafites e pichações), considerando que, em seus contornos locais, essas manifestações tornaram-se frequentemente plurilíngues – conforme percepção anterior nossa – apresentando fragmentos de línguas diversas. Sob a abordagem qualitativa, por meio de etnografia e etnografia visual, a partir de entrevistas com grafiteiros e pichadores da cidade, bem como de fotografias da paisagem sociolinguística, buscamos demonstrar como a superdiversidade (VERTOVEC, 2007; BLOMMAERT, 2010, 2012, 2013), produto de movimentos migratórios e do desenvolvimento da tecnologia, pode ser vivenciada por meio de repertórios cada vez mais diversificados. Consideramos, neste contexto, que os recursos linguísticos são móveis, assim como as pessoas (KROON, DONG & BLOMMAERT, 2011), e que esses recursos são absorvidos pelo meio ambiente sociolinguístico, adaptados a ele e influenciados por grafias já existentes, formas locais de pronúncia, padrões pragmáticos ou poéticos dominantes etc. (BLOMMAERT, 2012). Buscamos desconstruir, dessa forma, a ideia de que a cidade em questão é monolíngue por meio da observação de sua paisagem, que não é só linguística, mas também social. Nesse sentido, falamos de to language, i.e, de língua como verbo (SHOHAMY, 2006; MAKONY E PENNYCOOK, 2007; GARCÍA, 2009), das práticas que estão nas ruas, longe das instituições que propagam as formas normativas, e que estão muito mais ligadas à agentividade e criatividade linguísticas. As evidências encontradas e registradas (120 fotografias) apontam para a presença de manifestações plurais em línguas diversas (como italiano, latim, espanhol, francês, inglês, entre outras) e de codemeshing (CANAGARAJAH, 2013). Apesar de existirem pichações espalhadas por toda a área de 1.435,664 km2 da cidade, inclusive em bairros periféricos, o estilo delas geralmente se difere do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Belo Horizonte. Em vez de códigos, i.e., símbolos gráficos do tag reto, encontramos, em Juiz de Fora, com mais frequência, pichações em forma de palavras que podem facilmente ser lidas por um leigo, por alguém que está fora da “cultura do spray”. Neste contexto, além de “agredir a sociedade”, a pichação também “se comunica” com ela. A ideia é protestar sim (uma vez que a propriedade privada é utilizada), mas também compartilhar ideias e marcar presença na cidade.
id UFJF_bc568d25702340c6a07afcb12eda9db3
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/6773
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Salgado, Ana Claudia Petershttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774838P4Jung, Neiva Mariahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792151J6Oliveira, Roberto Perobelli dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702089E5Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assishttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4155842T4El-Jaick, Ana Paula Grillohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735982E7http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4462048A8Soares, Mariana Schuchter2018-05-22T11:51:54Z2018-05-172018-05-22T11:51:54Z2018-03-15https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6773O objetivo deste trabalho é compreender como a superdiversidade está presente na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG por meio dos grafismos urbanos (grafites e pichações), considerando que, em seus contornos locais, essas manifestações tornaram-se frequentemente plurilíngues – conforme percepção anterior nossa – apresentando fragmentos de línguas diversas. Sob a abordagem qualitativa, por meio de etnografia e etnografia visual, a partir de entrevistas com grafiteiros e pichadores da cidade, bem como de fotografias da paisagem sociolinguística, buscamos demonstrar como a superdiversidade (VERTOVEC, 2007; BLOMMAERT, 2010, 2012, 2013), produto de movimentos migratórios e do desenvolvimento da tecnologia, pode ser vivenciada por meio de repertórios cada vez mais diversificados. Consideramos, neste contexto, que os recursos linguísticos são móveis, assim como as pessoas (KROON, DONG & BLOMMAERT, 2011), e que esses recursos são absorvidos pelo meio ambiente sociolinguístico, adaptados a ele e influenciados por grafias já existentes, formas locais de pronúncia, padrões pragmáticos ou poéticos dominantes etc. (BLOMMAERT, 2012). Buscamos desconstruir, dessa forma, a ideia de que a cidade em questão é monolíngue por meio da observação de sua paisagem, que não é só linguística, mas também social. Nesse sentido, falamos de to language, i.e, de língua como verbo (SHOHAMY, 2006; MAKONY E PENNYCOOK, 2007; GARCÍA, 2009), das práticas que estão nas ruas, longe das instituições que propagam as formas normativas, e que estão muito mais ligadas à agentividade e criatividade linguísticas. As evidências encontradas e registradas (120 fotografias) apontam para a presença de manifestações plurais em línguas diversas (como italiano, latim, espanhol, francês, inglês, entre outras) e de codemeshing (CANAGARAJAH, 2013). Apesar de existirem pichações espalhadas por toda a área de 1.435,664 km2 da cidade, inclusive em bairros periféricos, o estilo delas geralmente se difere do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Belo Horizonte. Em vez de códigos, i.e., símbolos gráficos do tag reto, encontramos, em Juiz de Fora, com mais frequência, pichações em forma de palavras que podem facilmente ser lidas por um leigo, por alguém que está fora da “cultura do spray”. Neste contexto, além de “agredir a sociedade”, a pichação também “se comunica” com ela. A ideia é protestar sim (uma vez que a propriedade privada é utilizada), mas também compartilhar ideias e marcar presença na cidade.El objetivo de este trabajo es comprender cómo la superdiversidad está presente en el paisaje sociolingüístico de la ciudad de Juiz de Fora / MG por medio de los grafismos urbanos (grafitos y pintadas), teniendo en cuenta que, en sus contornos locales, esas manifestaciones se vuelven frecuentemente plurilingües – según la percepción anterior nuestra –, exhibiendo fragmentos de lenguas diversas. Bajo el abordaje cualitativo, a través de etnografía y etnografía visual, a partir de entrevistas con grafiteros de la ciudad, así como de fotografías de paisaje sociolingüístico, se busca demonstrar como la superdiversidad (VERTOVEC, 2007; BLOMMAERT, 2010, 2012, 2013), producto de movimiento migratorio y del desarrollo de la tecnología, puede ser experimentada por medio de repertorios cada vez más diversificados. Consideramos, en este contexto, que los recursos lingüísticos son móviles, tanto como las personas (KROON, DONG & BLOMMAERT, 2011), y que eses recursos son absorbidos por el medio ambiente sociolingüístico, se adaptan a ese y son influenciados por grafías preexistentes, formas locales de pronunciación, patrones pragmáticos o poéticos dominantes etc. (BLOMMAERT, 2012). Buscamos deconstruir, así, la idea de que esta ciudad es monolingüe mediante la observación de su paisaje, que no es sólo lingüística, sino también social. En este sentido, hablamos de to language, i.e, de lengua como verbo (SHOHAMY, 2006; MAKONY E PENNYCOOK, 2007; GARCÍA, 2009), de las prácticas que están por las calles, lejos de las instituciones que propagan las formas normativas y que están mucho más asociadas a la agentividad y creatividad lingüística. Las evidencias encontradas y registradas (119 fotografías) señalan la presencia de manifestaciones plurales en lenguas diversas (como italiano, latín, español, francés, inglés entre otras) y de codemeshing (CANAGARAJAH, 2013). A pesar de existieren grafiti ubicadas por toda el área de 1.435,664 km² de la ciudad, incluso en las regiones periféricas, su estilo se difiere de Rio de Janeiro, São Paulo y Belo Horizonte. En vez de códigos, i.e., símbolos gráficos del tag reto, encontramos en Juiz de Fora, con más frecuencia, pintadas en forma de palabras que pueden fácilmente ser leídas por un lego, por alguien que no está dentro de la "cultura del spray". En este contexto, además de "agredir a la sociedad", la pintada también "se comunica con ella". La idea, sí, es protestar (ya que se utiliza la propiedad privada), pero también compartir ideas y marcar presencia en la ciudad.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRASPaisagem sociolinguísticaSuperdiversidadeTo languageGraffiti e pichaçõesPaisaje sociolinguísticoSuperdiversidadTo languageGrafit“Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILmarianaschuchtersoares.pdf.jpgmarianaschuchtersoares.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1291https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/4/marianaschuchtersoares.pdf.jpge1bae2103b8b435ccea9e209cfce0b89MD54ORIGINALmarianaschuchtersoares.pdfmarianaschuchtersoares.pdfapplication/pdf20615931https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/1/marianaschuchtersoares.pdf2873d36ceb31b42d2d3c4ffb1893edb9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52TEXTmarianaschuchtersoares.pdf.txtmarianaschuchtersoares.pdf.txtExtracted texttext/plain275850https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/3/marianaschuchtersoares.pdf.txt9cffeed554863ac9ea1783825decbf2aMD53ufjf/67732019-06-16 09:46:24.956oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/6773TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T12:46:24Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
title “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
spellingShingle “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
Soares, Mariana Schuchter
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Paisagem sociolinguística
Superdiversidade
To language
Graffiti e pichações
Paisaje sociolinguístico
Superdiversidad
To language
Grafit
title_short “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
title_full “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
title_fullStr “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
title_full_unstemmed “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
title_sort “Só barulho do spray foskando algum tom”: os grafismos urbanos na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG
author Soares, Mariana Schuchter
author_facet Soares, Mariana Schuchter
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Salgado, Ana Claudia Peters
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4774838P4
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Jung, Neiva Maria
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4792151J6
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Oliveira, Roberto Perobelli de
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702089E5
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4155842T4
dc.contributor.referee4.fl_str_mv El-Jaick, Ana Paula Grillo
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735982E7
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4462048A8
dc.contributor.author.fl_str_mv Soares, Mariana Schuchter
contributor_str_mv Salgado, Ana Claudia Peters
Jung, Neiva Maria
Oliveira, Roberto Perobelli de
Jácome, Alexandre José Pinto Cadilhe de Assis
El-Jaick, Ana Paula Grillo
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Paisagem sociolinguística
Superdiversidade
To language
Graffiti e pichações
Paisaje sociolinguístico
Superdiversidad
To language
Grafit
dc.subject.por.fl_str_mv Paisagem sociolinguística
Superdiversidade
To language
Graffiti e pichações
Paisaje sociolinguístico
Superdiversidad
To language
Grafit
description O objetivo deste trabalho é compreender como a superdiversidade está presente na paisagem sociolinguística da cidade de Juiz de Fora/MG por meio dos grafismos urbanos (grafites e pichações), considerando que, em seus contornos locais, essas manifestações tornaram-se frequentemente plurilíngues – conforme percepção anterior nossa – apresentando fragmentos de línguas diversas. Sob a abordagem qualitativa, por meio de etnografia e etnografia visual, a partir de entrevistas com grafiteiros e pichadores da cidade, bem como de fotografias da paisagem sociolinguística, buscamos demonstrar como a superdiversidade (VERTOVEC, 2007; BLOMMAERT, 2010, 2012, 2013), produto de movimentos migratórios e do desenvolvimento da tecnologia, pode ser vivenciada por meio de repertórios cada vez mais diversificados. Consideramos, neste contexto, que os recursos linguísticos são móveis, assim como as pessoas (KROON, DONG & BLOMMAERT, 2011), e que esses recursos são absorvidos pelo meio ambiente sociolinguístico, adaptados a ele e influenciados por grafias já existentes, formas locais de pronúncia, padrões pragmáticos ou poéticos dominantes etc. (BLOMMAERT, 2012). Buscamos desconstruir, dessa forma, a ideia de que a cidade em questão é monolíngue por meio da observação de sua paisagem, que não é só linguística, mas também social. Nesse sentido, falamos de to language, i.e, de língua como verbo (SHOHAMY, 2006; MAKONY E PENNYCOOK, 2007; GARCÍA, 2009), das práticas que estão nas ruas, longe das instituições que propagam as formas normativas, e que estão muito mais ligadas à agentividade e criatividade linguísticas. As evidências encontradas e registradas (120 fotografias) apontam para a presença de manifestações plurais em línguas diversas (como italiano, latim, espanhol, francês, inglês, entre outras) e de codemeshing (CANAGARAJAH, 2013). Apesar de existirem pichações espalhadas por toda a área de 1.435,664 km2 da cidade, inclusive em bairros periféricos, o estilo delas geralmente se difere do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Belo Horizonte. Em vez de códigos, i.e., símbolos gráficos do tag reto, encontramos, em Juiz de Fora, com mais frequência, pichações em forma de palavras que podem facilmente ser lidas por um leigo, por alguém que está fora da “cultura do spray”. Neste contexto, além de “agredir a sociedade”, a pichação também “se comunica” com ela. A ideia é protestar sim (uma vez que a propriedade privada é utilizada), mas também compartilhar ideias e marcar presença na cidade.
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-05-22T11:51:54Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-05-17
2018-05-22T11:51:54Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-15
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6773
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6773
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/4/marianaschuchtersoares.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/1/marianaschuchtersoares.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/2/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/6773/3/marianaschuchtersoares.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e1bae2103b8b435ccea9e209cfce0b89
2873d36ceb31b42d2d3c4ffb1893edb9
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
9cffeed554863ac9ea1783825decbf2a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661382994690048