Bioepidemiologia de possíveis vetores e riquétsias na microrregião de Juiz de Fora, médio Paraibuna, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Emília de Carvalho
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/606
Resumo: As riquetsioses, causadas por organismos do gênero Rickettsia, são zoonoses presentes em todos os continentes. Com exceção de Rickettsia felis e Rickettsia akari associadas, respectivamente, a pulgas e ácaros, riquétsias tem como vetores e/ou reservatórios carrapatos. No Brasil Amblyomma cajennense, Amblyomma aureolatum e Amblyomma ovale são os mais importantes vetores para humanos. O presente estudo teve por objetivo avaliar a circulação de Rickettsia sp. em diferentes regiões da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, área endêmica para Febre Maculosa. Foram coletados e identificados 5.832 espécimes de potenciais vetores na área urbana do município. A maioria dos locais de coleta tinham casos confirmados de Febre Maculosa. A análise da presença de Rickettsia sp. nas amostras coletadas foi realizada pela PCR quantitativa, utilizando-se oligonucleotídeos para a amplificação do gene ompA, e pela PCR qualitativa, empregada para a detecção dos genes ompA, gltA e htrA. Doze amostras de Amblyomma cajennense, espécie mais frequente nesse estudo, e uma de Rhipicephalus microplus coletada em equino foram positivas, na PCR quantitativa, para a presença de Rickettsia sp. Na PCR qualitativa foi encontrado Amblyomma cajennense, coletado sobre equino, positivo para riquétsia do Grupo febre maculosa. A relação temporal e espacial de A. cajennense com equinos aponta para o ciclo enzoótico de riquétsias envolvendo essas espécies durante atividade dos focos. Sua antropofilia, potencial de transmissão e ocorrência nos focos durante investigação apontam para seu papel como vetor no ciclo antropofílico. Características inerentes ao municipio de Juiz de Fora potencializam a possível circulação de riquétsias na região urbana, permitindo o contato dos diferentes hospedeiros com os carrapatos, aumentando a disseminação deste vetor pelo município. Os resultados indicam a necessidade de implementação da vigilância de ambiente no município de Juiz de Fora em relação à Febre Maculosa, especialmente pelo monitoramente de A. cajennense e cavalos.
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O presente estudo teve por objetivo avaliar a circulação de Rickettsia sp. em diferentes regiões da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, área endêmica para Febre Maculosa. Foram coletados e identificados 5.832 espécimes de potenciais vetores na área urbana do município. A maioria dos locais de coleta tinham casos confirmados de Febre Maculosa. A análise da presença de Rickettsia sp. nas amostras coletadas foi realizada pela PCR quantitativa, utilizando-se oligonucleotídeos para a amplificação do gene ompA, e pela PCR qualitativa, empregada para a detecção dos genes ompA, gltA e htrA. Doze amostras de Amblyomma cajennense, espécie mais frequente nesse estudo, e uma de Rhipicephalus microplus coletada em equino foram positivas, na PCR quantitativa, para a presença de Rickettsia sp. Na PCR qualitativa foi encontrado Amblyomma cajennense, coletado sobre equino, positivo para riquétsia do Grupo febre maculosa. A relação temporal e espacial de A. cajennense com equinos aponta para o ciclo enzoótico de riquétsias envolvendo essas espécies durante atividade dos focos. Sua antropofilia, potencial de transmissão e ocorrência nos focos durante investigação apontam para seu papel como vetor no ciclo antropofílico. Características inerentes ao municipio de Juiz de Fora potencializam a possível circulação de riquétsias na região urbana, permitindo o contato dos diferentes hospedeiros com os carrapatos, aumentando a disseminação deste vetor pelo município. Os resultados indicam a necessidade de implementação da vigilância de ambiente no município de Juiz de Fora em relação à Febre Maculosa, especialmente pelo monitoramente de A. cajennense e cavalos.Rickettsial diseases caused by genus Rickettsia are zoonosis present in all continents. With exception of Rickettsia felis and Rickettsia akari, respectively associated to fleas and mites, the vectors and / or reservoirs of Rickettsia sp. are ticks. In Brazil, Amblyomma cajennense, Amblyomma aureolatum and Amblyomma ovale are the most important vectors to humans. This study aims evaluate the cycles of Rickettsia sp. in different regions of Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil, endemic area of Spotted Fever. Were collected and identified 5.832 specimens of potential vectors in the urban area, primarily in foci. The detection of Rickettsia sp. in the samples was analyzed by quantitative PCR using primers for amplification of ompA gene, and by qualitative PCR, used for detecting fragments of ompA, gltA and htrA. 12 samples of Amblyomma cajennense, species most observed in this study, and one of Rhipicephalus microplus, collected on horses, were positive in the quantitative PCR. A. cajennense, collected on equine, was positive for spotted fever group in the qualitative PCR. The temporal and spatial relationship of A. cjennense and horses indicate the involvement of these species in the enzootic cycle during the major activity of Rickettsia sp. in the foci. The anthropophily, potential of transmission and occurrence in foci, point to the role of this species as a vector in anthropophilic cycle. Inherent characteristics of the municipality can potentiate the circulation of rickettsiae in urban area, increasing the contact of hosts with tick , expanding the spread of this vector. The results indicate the need of implementation of the environmental surveillance to spotted fever in Juiz de Fora, especially by the monitoring of A. cajennense and horses.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia AnimalUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::COMPORTAMENTO ANIMALRickettsiaceaeEpidemiologiaBiologia molecularSaúde públicaRickettsiaceaeEpidemiologyMolecular biologyPublic healthBioepidemiologia de possíveis vetores e riquétsias na microrregião de Juiz de Fora, médio Paraibuna, Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTemiliadecarvalhonunes.pdf.txtemiliadecarvalhonunes.pdf.txtExtracted texttext/plain74052https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/606/3/emiliadecarvalhonunes.pdf.txt5aa2023083904771597523b9f6de0065MD53THUMBNAILemiliadecarvalhonunes.pdf.jpgemiliadecarvalhonunes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1187https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/606/4/emiliadecarvalhonunes.pdf.jpg811d9a6bc3da691fa9ad545021ce767cMD54ORIGINALemiliadecarvalhonunes.pdfemiliadecarvalhonunes.pdfapplication/pdf1696466https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/606/1/emiliadecarvalhonunes.pdf78873d2395e87cca3faeafbcca0b96d0MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/606/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/6062019-11-07 12:43:29.051oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/606TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:43:29Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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