Dinâmica ecológica de potenciais vetores de riquétsias e aspectos de vulnerabilidade para febre maculosa no Estado de Minas Gerais, Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00043 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13234 |
Resumo: | A Febre Maculosa (FM) é uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitidas principalmente por carrapatos. Com cenários ecoepidemiológicos variados no país, é a principal doença transmitida por carrapatos para humanos no Brasil e o Estado de Minas Gerais é o terceiro em números de casos da doença. Conhecer os aspectos de transmissão da doença no Estado, auxilia no entendimento do seu comportamento e traz melhores estratégias de prevenção, controle e conscientização da população, gerando melhores estratégias preventivas ao serviço de saúde. Com o objetivo de aprofundar a interpretação das informações epidemiológicas dos casos de FM em MG à luz dos registros ocorridos entre 2007 e 2019, foi realizado um estudo epidemiológico descritivo a partir de dados presentes no SINAN. A análise de dados foi realizada utilizando linguagem de programação Python, biblioteca Pandas e confecção de mapas pelo Qgis. Foram realizadas análises moleculares para identificação do bioagente em amostras biológicas coletadas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica de MG, resultante de investigação de caso. Dos 298 casos confirmados de FM em MG, 98 evoluíram para óbito, o número de casos aumentou a partir de 2011 e o cenário da doença apresentou uma letalidade de 32,8 %. Do total de casos, 207 (69,4 %) eram do sexo masculino, e entre homens e mulheres a letalidade foi maior no grupo masculino 60,46%. A faixa etária mais atingida é a de 30 à 59 anos e a maior parte dos pacientes relatou ter tido contato com animais como carrapato, capivara e animais domésticos. Não foram observados óbitos na região de Cerrado do Estado e os casos estão concentrados em áreas com cobertura artificial do solo, caracterizando a urbanização da doença. Os resultados corroboram com estudos em áreas de casos graves no Brasil. Apesar dos relatos de casos de FM para o Bioma Cerrado em MG, as análises evidenciam que os casos graves ocorrem em áreas antropizadas dos biomas Mata Atlântica e em área de transição entre este e o Cerrado. Estudos multidisciplinares complexos, longitudinais, associados à ecoepidemiologia, devem ser realizados na busca da construção de algorítimos capazes de predizer, no tempo e espaço, os fatores de riscos associados aos casos graves e óbitos por FM, buscando evitar sua ampliação. |
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Conhecer os aspectos de transmissão da doença no Estado, auxilia no entendimento do seu comportamento e traz melhores estratégias de prevenção, controle e conscientização da população, gerando melhores estratégias preventivas ao serviço de saúde. Com o objetivo de aprofundar a interpretação das informações epidemiológicas dos casos de FM em MG à luz dos registros ocorridos entre 2007 e 2019, foi realizado um estudo epidemiológico descritivo a partir de dados presentes no SINAN. A análise de dados foi realizada utilizando linguagem de programação Python, biblioteca Pandas e confecção de mapas pelo Qgis. Foram realizadas análises moleculares para identificação do bioagente em amostras biológicas coletadas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica de MG, resultante de investigação de caso. Dos 298 casos confirmados de FM em MG, 98 evoluíram para óbito, o número de casos aumentou a partir de 2011 e o cenário da doença apresentou uma letalidade de 32,8 %. Do total de casos, 207 (69,4 %) eram do sexo masculino, e entre homens e mulheres a letalidade foi maior no grupo masculino 60,46%. A faixa etária mais atingida é a de 30 à 59 anos e a maior parte dos pacientes relatou ter tido contato com animais como carrapato, capivara e animais domésticos. Não foram observados óbitos na região de Cerrado do Estado e os casos estão concentrados em áreas com cobertura artificial do solo, caracterizando a urbanização da doença. Os resultados corroboram com estudos em áreas de casos graves no Brasil. Apesar dos relatos de casos de FM para o Bioma Cerrado em MG, as análises evidenciam que os casos graves ocorrem em áreas antropizadas dos biomas Mata Atlântica e em área de transição entre este e o Cerrado. Estudos multidisciplinares complexos, longitudinais, associados à ecoepidemiologia, devem ser realizados na busca da construção de algorítimos capazes de predizer, no tempo e espaço, os fatores de riscos associados aos casos graves e óbitos por FM, buscando evitar sua ampliação.Spotted Fever (SF) is a disease caused by bacteria of the genus Rickettsia, transmitted mainly by ticks. With varied eco-epidemiological scenarios in the country, it is the main disease transmitted by ticks to humans in Brazil and the State of Minas Gerais is the third in numbers of cases of the disease. Knowing the transmission aspects of the disease in the State, helps to understand their behavior and brings better strategies for prevention, control and awareness of the population, generating better preventive strategies for the health service. In order to deepen the interpretation of the epidemiological information of FM cases in MG in the light of the records that occurred between 2007 and 2019, a descriptive epidemiological study was carried out using data from SINAN. Data analysis was performed using Python programming language, Pandas library and map making by Qgis. Molecular analyzes were performed to identify the bioagent in biological samples collected by the MG Epidemiological Surveillance System, resulting from a case investigation. Of the 298 confirmed cases of FM in MG, 98 evolved to death, the number of cases increased from 2011 and the disease scenario showed a 32.8% lethality. Of the total cases, 207 (69.4%) were male, and among men and women, lethality was higher in the male group, 60.46%. The age group most affected is 30 to 59 years old and most patients reported having had contact with animals such as ticks, capybara and domestic animals. No deaths were observed in the Cerrado region of the State and the cases are concentrated in areas with artificial soil cover, characterizing the urbanization of the disease. The results corroborate with studies in areas of severe cases in Brazil. Despite FM case reports for the Cerrado Biome in MG, the analyzes show that serious cases occur in anthropized areas of the Atlantic Forest biomes and in a transition area between this and the Cerrado. Complex, longitudinal multidisciplinary studies, associated with ecoepidemiology, should be carried out in the search for the construction of algorithms capable of predicting, in time and space, the risk factors associated with severe cases and deaths from FM, seeking to avoid their expansion.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da NaturezaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASCarrapatosDomínios morfoclimáticosEpidemiologiaFebre maculosaTicksMorphoclimatic domainsEpidemiologySpotted feverDinâmica ecológica de potenciais vetores de riquétsias e aspectos de vulnerabilidade para febre maculosa no Estado de Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALemiliadecarvalhonunesgrillo.pdfemiliadecarvalhonunesgrillo.pdfPDF/Aapplication/pdf2027269https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13234/1/emiliadecarvalhonunesgrillo.pdf981ca400522326af4265bf84a2ba46d7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13234/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13234/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTemiliadecarvalhonunesgrillo.pdf.txtemiliadecarvalhonunesgrillo.pdf.txtExtracted texttext/plain121130https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13234/4/emiliadecarvalhonunesgrillo.pdf.txt646a315fd13c6309159325522e5422e8MD54THUMBNAILemiliadecarvalhonunesgrillo.pdf.jpgemiliadecarvalhonunesgrillo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1240https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13234/5/emiliadecarvalhonunesgrillo.pdf.jpg3fad96967257748f0e3463cebd09b409MD55ufjf/132342021-09-08 22:10:48.165oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/13234Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2021-09-09T01:10:48Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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