A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Fernanda Cunha
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3402
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a alternância entre o pretérito imperfeito e do futuro do pretérito do indicativo em textos escritos, num corpus constituído de duas partes: a primeira com excertos de correspondências entre a Coroa Portuguesa e autoridades da Coroa no Brasil durante o século XVIII; a segunda de redações produzidas por alunos da segunda série do ensino médio dos Colégios Academia de Comércio e João XXIII, durante o ano de 2006. Num segundo momento da pesquisa, ampliamos a proposta com redações de alunos do 2º e 8º períodos do Curso de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Por último, selecionamos alguns trechos de produções das diferentes séries analisadas e montamos um questionário, proposto a vários professores de Língua Portuguesa, no qual esses profissionais deveriam indicar qual (quais) correção (ões) fariam nos referidos trechos; mas não indicamos o foco da pesquisa, a fim de não influenciá-los. Esse questionário visava verificar qual tem sido a tendência de comportamento da escola com relação ao fenômeno estudado. A análise do material obtido foi feita com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Variacionista, focalizando os processos de expressão da hipótese por meio dos tempos verbais acima citados, e levando em consideração fatores como sexo, escolaridade, situação sócio-econômica dos alunos, bem como o contexto de produção. No material estudado, a ocorrência do imperfeito do indicativo com idéia de continuidade prevalece, tanto nas correspondências do século XVIII quanto nas redações produzidas no ano de 2006; mas há sinais de alternância entre pretérito imperfeito e futuro do pretérito para expressar hipótese. Como esta, embora não sendo a forma preconizada pela norma padrão de nossa língua, é amplamente usada em contextos mais informais (especialmente nos orais), somos levados a pensar esse fenômeno, não como uma competição entre formas das quais uma prevaleceria, mas como uma penetração da linguagem oral na expressão escrita, um traço de informalidade que, na fluidez da produção textual, passa à linguagem escrita, sem que haja prejuízo na informação transmitida. A mudança aqui reside na modalidade utilizada. Acreditamos que o fato de já encontrarmos oscilação entre esses usos em textos escritos tidos como formais seja um indicativo de tendência à mudança – com a prevalência do uso do imperfeito para expressar o irreal –, caso o valor agregado ao futuro do pretérito deixe de ser disseminado pelos veículos reguladores de língua padrão. Porque, conforme observamos, o referido emprego ainda é visto como impróprio por parte da maioria dos professores que responderam a pesquisa, o que nos leva a acreditar que essa atitude seja o que mantém – e manterá enquanto a escola continuar a exercer seu papel de transmitir a linguagem padrão – o uso freqüente do futuro do pretérito nesse contexto, impedindo (ou, ao menos, retardando) o avanço do uso da primeira forma na referida posição. O uso da segunda forma, que percebemos também freqüente na linguagem escrita, é um forte indicativo de tendência à mudança.
id UFJF_e1544728071295d512c0fcb2c47c11a1
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3402
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Zágari, Mário Roberto Lobugliohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783563U9Name, Maria Cristina Lobohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701631E5Lopes, Célia Regina dos Santoshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720559A1http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4241017Z8Sousa, Fernanda Cunha2017-02-20T19:57:20Z2017-02-202017-02-20T19:57:20Z2007-05-29https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3402Este trabalho tem por objetivo analisar a alternância entre o pretérito imperfeito e do futuro do pretérito do indicativo em textos escritos, num corpus constituído de duas partes: a primeira com excertos de correspondências entre a Coroa Portuguesa e autoridades da Coroa no Brasil durante o século XVIII; a segunda de redações produzidas por alunos da segunda série do ensino médio dos Colégios Academia de Comércio e João XXIII, durante o ano de 2006. Num segundo momento da pesquisa, ampliamos a proposta com redações de alunos do 2º e 8º períodos do Curso de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Por último, selecionamos alguns trechos de produções das diferentes séries analisadas e montamos um questionário, proposto a vários professores de Língua Portuguesa, no qual esses profissionais deveriam indicar qual (quais) correção (ões) fariam nos referidos trechos; mas não indicamos o foco da pesquisa, a fim de não influenciá-los. Esse questionário visava verificar qual tem sido a tendência de comportamento da escola com relação ao fenômeno estudado. A análise do material obtido foi feita com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Variacionista, focalizando os processos de expressão da hipótese por meio dos tempos verbais acima citados, e levando em consideração fatores como sexo, escolaridade, situação sócio-econômica dos alunos, bem como o contexto de produção. No material estudado, a ocorrência do imperfeito do indicativo com idéia de continuidade prevalece, tanto nas correspondências do século XVIII quanto nas redações produzidas no ano de 2006; mas há sinais de alternância entre pretérito imperfeito e futuro do pretérito para expressar hipótese. Como esta, embora não sendo a forma preconizada pela norma padrão de nossa língua, é amplamente usada em contextos mais informais (especialmente nos orais), somos levados a pensar esse fenômeno, não como uma competição entre formas das quais uma prevaleceria, mas como uma penetração da linguagem oral na expressão escrita, um traço de informalidade que, na fluidez da produção textual, passa à linguagem escrita, sem que haja prejuízo na informação transmitida. A mudança aqui reside na modalidade utilizada. Acreditamos que o fato de já encontrarmos oscilação entre esses usos em textos escritos tidos como formais seja um indicativo de tendência à mudança – com a prevalência do uso do imperfeito para expressar o irreal –, caso o valor agregado ao futuro do pretérito deixe de ser disseminado pelos veículos reguladores de língua padrão. Porque, conforme observamos, o referido emprego ainda é visto como impróprio por parte da maioria dos professores que responderam a pesquisa, o que nos leva a acreditar que essa atitude seja o que mantém – e manterá enquanto a escola continuar a exercer seu papel de transmitir a linguagem padrão – o uso freqüente do futuro do pretérito nesse contexto, impedindo (ou, ao menos, retardando) o avanço do uso da primeira forma na referida posição. O uso da segunda forma, que percebemos também freqüente na linguagem escrita, é um forte indicativo de tendência à mudança.This project has the of analyzing the alternance between the uses of Past Imperfect tense and Future of Past tense in written texts, in a corpus formed by two parts: the first one with excerpts of correspondences between Portuguese Crown and authorities from the Crown in Brazil during the century XVIII; the second one with redactions produced by sixty grade of fundamental education students and by second grade of high school students from Academia do Comércio school and João XXIII School during the first semester of 2006. On a second moment of the research, we applied the proposition with redactions of students from the second and the eighth periods of Letters Course from Juiz de Fora Federal University. At last, we selected some streches of production of the different grades analysed and we monted a specie of questionnaire that was applied to Portuguese Teachers. These professionals would indicate which corrections they would do on this streches, but we did not indicate what was the focus of the research for not to influence then this questionnaire intended to verify what have been the tendency of school comportment in relation to the studied phenomenon. The analyse of the obtained material will be realized based on theoric presupposed of Varicionist Socilinguistic, and will be focalized the processes of expression of hypothesis through the mentioned verbal tenses, considering factors like: sex, scholar level, students’ socio-economic situation and the production context. Prevails as in correspondences of century XVIII as in redactions produced in 2006; but there are signs of alternance between Past Imperfect tense and Future of Past tense to express hypothesis. Like that, although is not being the form licentieded by the model form of our language, is amply used in more informal contexts (especially in the orals), we are induced to think that this phenomenon, not as a competition between forms that one would prevail, a penetration of oral language on written expression, a trace of informality that, on the fluidity of textual production, pass to the written language, without damage on the transmitted information. The related change resides on the used modality. This, while the school continues to practice your responsibility of trans mite of model language. But we believe that the fact of we have found already the oscilation between this uses in form written tests in an indicative of tendency to change – with the prevalency of the use of Past Imperfect tense to express the unreality - , if the value aggregated to Future of Past tense let to be disseminated by regulator vehicles of model language. Because, as we observed, the related use is still be seen as inappropriate by the majority of teachers who answered the research, what let us to believe this attitude is what maintains – and will maintain while the school continues to practice its function of transmit the modal language– the frequent use of Future of Past tense in that context, delaying (or, at least, retarding) the progress of the use of the first form on the related position. The use of the second form, that we perceive that is frequent on written language too, is a strong indicative of tendency to change.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICALingua portuguesaVerbosA alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipóteseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTfernandacunhasousa.pdf.txtfernandacunhasousa.pdf.txtExtracted texttext/plain207093https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/3/fernandacunhasousa.pdf.txtb1bf03477567c736ba7e8255e7f2387eMD53THUMBNAILfernandacunhasousa.pdf.jpgfernandacunhasousa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1121https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/4/fernandacunhasousa.pdf.jpg76dd90e93d6ec869c5174f6fe44fb3e0MD54ORIGINALfernandacunhasousa.pdffernandacunhasousa.pdfapplication/pdf862340https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/1/fernandacunhasousa.pdf2c59cbaefef77b15416979d4a2f03001MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/34022019-11-07 11:51:22.17oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/3402TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:51:22Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
title A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
spellingShingle A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
Sousa, Fernanda Cunha
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Lingua portuguesa
Verbos
title_short A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
title_full A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
title_fullStr A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
title_full_unstemmed A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
title_sort A alternância entre o pretérito imperfeito e futuro do pretérito na expressão da hipótese
author Sousa, Fernanda Cunha
author_facet Sousa, Fernanda Cunha
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Zágari, Mário Roberto Lobuglio
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783563U9
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Name, Maria Cristina Lobo
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4701631E5
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Lopes, Célia Regina dos Santos
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720559A1
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4241017Z8
dc.contributor.author.fl_str_mv Sousa, Fernanda Cunha
contributor_str_mv Zágari, Mário Roberto Lobuglio
Name, Maria Cristina Lobo
Lopes, Célia Regina dos Santos
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Lingua portuguesa
Verbos
dc.subject.por.fl_str_mv Lingua portuguesa
Verbos
description Este trabalho tem por objetivo analisar a alternância entre o pretérito imperfeito e do futuro do pretérito do indicativo em textos escritos, num corpus constituído de duas partes: a primeira com excertos de correspondências entre a Coroa Portuguesa e autoridades da Coroa no Brasil durante o século XVIII; a segunda de redações produzidas por alunos da segunda série do ensino médio dos Colégios Academia de Comércio e João XXIII, durante o ano de 2006. Num segundo momento da pesquisa, ampliamos a proposta com redações de alunos do 2º e 8º períodos do Curso de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Por último, selecionamos alguns trechos de produções das diferentes séries analisadas e montamos um questionário, proposto a vários professores de Língua Portuguesa, no qual esses profissionais deveriam indicar qual (quais) correção (ões) fariam nos referidos trechos; mas não indicamos o foco da pesquisa, a fim de não influenciá-los. Esse questionário visava verificar qual tem sido a tendência de comportamento da escola com relação ao fenômeno estudado. A análise do material obtido foi feita com base nos pressupostos teóricos da Sociolingüística Variacionista, focalizando os processos de expressão da hipótese por meio dos tempos verbais acima citados, e levando em consideração fatores como sexo, escolaridade, situação sócio-econômica dos alunos, bem como o contexto de produção. No material estudado, a ocorrência do imperfeito do indicativo com idéia de continuidade prevalece, tanto nas correspondências do século XVIII quanto nas redações produzidas no ano de 2006; mas há sinais de alternância entre pretérito imperfeito e futuro do pretérito para expressar hipótese. Como esta, embora não sendo a forma preconizada pela norma padrão de nossa língua, é amplamente usada em contextos mais informais (especialmente nos orais), somos levados a pensar esse fenômeno, não como uma competição entre formas das quais uma prevaleceria, mas como uma penetração da linguagem oral na expressão escrita, um traço de informalidade que, na fluidez da produção textual, passa à linguagem escrita, sem que haja prejuízo na informação transmitida. A mudança aqui reside na modalidade utilizada. Acreditamos que o fato de já encontrarmos oscilação entre esses usos em textos escritos tidos como formais seja um indicativo de tendência à mudança – com a prevalência do uso do imperfeito para expressar o irreal –, caso o valor agregado ao futuro do pretérito deixe de ser disseminado pelos veículos reguladores de língua padrão. Porque, conforme observamos, o referido emprego ainda é visto como impróprio por parte da maioria dos professores que responderam a pesquisa, o que nos leva a acreditar que essa atitude seja o que mantém – e manterá enquanto a escola continuar a exercer seu papel de transmitir a linguagem padrão – o uso freqüente do futuro do pretérito nesse contexto, impedindo (ou, ao menos, retardando) o avanço do uso da primeira forma na referida posição. O uso da segunda forma, que percebemos também freqüente na linguagem escrita, é um forte indicativo de tendência à mudança.
publishDate 2007
dc.date.issued.fl_str_mv 2007-05-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-02-20T19:57:20Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-02-20
2017-02-20T19:57:20Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3402
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3402
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Letras
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/3/fernandacunhasousa.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/4/fernandacunhasousa.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/1/fernandacunhasousa.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/3402/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv b1bf03477567c736ba7e8255e7f2387e
76dd90e93d6ec869c5174f6fe44fb3e0
2c59cbaefef77b15416979d4a2f03001
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798038734710505472