Formação de mudas de Coffea arabica L. cv. rubi utilizando sementes ou frutos em diferentes estágios de desenvolvimento
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência e Agrotecnologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542007000200013 |
Resumo: | Sementes de cafeeiro apresentam germinação lenta e com baixo potencial de armazenagem, o que dificulta a formação de mudas em tempo hábil e em condições climáticas favoráveis à implantação da lavoura. A propagação do cafeeiro por meio de mudas oriundas de sementes é ainda largamente realizada e é altamente desejável a redução do tempo para a obtenção de mudas bem desenvolvidas e vigorosas, visando o bom estabelecimento do estande e a redução da porcentagem de replantio. Considerando que sementes de cafeeiro adquirem a sua máxima germinação nos estádios verde-cana e cereja, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de testar alternativas para a obtenção de mudas, utilizando-se frutos ou sementes em vários estádios de desenvolvimento. O experimento foi conduzido no viveiro de mudas do Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras. O delineamento foi de blocos casualizados, com quatro repetições e as mudas foram produzidas em sacolinhas, com substrato de terra, esterco, superfosfato simples e cloreto de potássio (substrato padrão). Foram testados nove tratamentos de semeadura empregando-se sementes ou frutos de Coffea arabica L. cv. Rubi: 1) frutos no estádio verde; 2) frutos no estádio verde, dez dias após a colheita; 3) frutos no estádio verde-cana; 4) frutos no estádio verde-cana, dez dias após a colheita; 5) frutos no estádio cereja; 6) sementes de frutos cereja secadas até 15% de teor de água; 7) sementes de frutos cereja secadas até 15% e sem pergaminho; 8) sementes de frutos cereja secadas até 15% de teor de água e pré-embebidas em água por seis dias; e 9) sementes de frutos cereja secadas até 15%, sem pergaminho e pré-embebidas em água por seis dias. Cento e quarenta dias após o início do experimento foram avaliados a porcentagem de emergência (E), o índice de velocidade de emergência (IVE) e a porcentagem de plântulas com pelo menos um par de folhas verdadeiras (FV). Cento e oitenta dias, após o início do experimento, procedeu-se à avaliação das mudas, por meio de medições do diâmetro do caule (D), altura da planta (H), massa seca do sistema radicular (MSSR), massa seca da parte aérea (MSPA), área foliar (AF) e número de pares de folhas (NVF). Os tratamentos de semeadura de sementes sem pergaminho se destacaram em todas as características avaliadas e apresentaram praticamente o mesmo desempenho das mudas de sementes sem pergaminho e pré-embebidas em água por seis dias. Nas características de avaliação das mudas, os tratamentos de semeadura de frutos no estádio verde-cana e de sementes sem pergaminho não diferiram estatisticamente entre si e foram superiores à semeadura de sementes com pergaminho. A embebição de sementes de cafeeiro com pergaminho em água não oferece vantagens na formação de mudas. |
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Sementes de cafeeiro apresentam germinação lenta e com baixo potencial de armazenagem, o que dificulta a formação de mudas em tempo hábil e em condições climáticas favoráveis à implantação da lavoura. A propagação do cafeeiro por meio de mudas oriundas de sementes é ainda largamente realizada e é altamente desejável a redução do tempo para a obtenção de mudas bem desenvolvidas e vigorosas, visando o bom estabelecimento do estande e a redução da porcentagem de replantio. Considerando que sementes de cafeeiro adquirem a sua máxima germinação nos estádios verde-cana e cereja, o presente trabalho foi realizado com o objetivo de testar alternativas para a obtenção de mudas, utilizando-se frutos ou sementes em vários estádios de desenvolvimento. O experimento foi conduzido no viveiro de mudas do Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras. O delineamento foi de blocos casualizados, com quatro repetições e as mudas foram produzidas em sacolinhas, com substrato de terra, esterco, superfosfato simples e cloreto de potássio (substrato padrão). Foram testados nove tratamentos de semeadura empregando-se sementes ou frutos de Coffea arabica L. cv. Rubi: 1) frutos no estádio verde; 2) frutos no estádio verde, dez dias após a colheita; 3) frutos no estádio verde-cana; 4) frutos no estádio verde-cana, dez dias após a colheita; 5) frutos no estádio cereja; 6) sementes de frutos cereja secadas até 15% de teor de água; 7) sementes de frutos cereja secadas até 15% e sem pergaminho; 8) sementes de frutos cereja secadas até 15% de teor de água e pré-embebidas em água por seis dias; e 9) sementes de frutos cereja secadas até 15%, sem pergaminho e pré-embebidas em água por seis dias. Cento e quarenta dias após o início do experimento foram avaliados a porcentagem de emergência (E), o índice de velocidade de emergência (IVE) e a porcentagem de plântulas com pelo menos um par de folhas verdadeiras (FV). Cento e oitenta dias, após o início do experimento, procedeu-se à avaliação das mudas, por meio de medições do diâmetro do caule (D), altura da planta (H), massa seca do sistema radicular (MSSR), massa seca da parte aérea (MSPA), área foliar (AF) e número de pares de folhas (NVF). Os tratamentos de semeadura de sementes sem pergaminho se destacaram em todas as características avaliadas e apresentaram praticamente o mesmo desempenho das mudas de sementes sem pergaminho e pré-embebidas em água por seis dias. Nas características de avaliação das mudas, os tratamentos de semeadura de frutos no estádio verde-cana e de sementes sem pergaminho não diferiram estatisticamente entre si e foram superiores à semeadura de sementes com pergaminho. A embebição de sementes de cafeeiro com pergaminho em água não oferece vantagens na formação de mudas. |
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