Diferentes quantidades de soro de leite na alimentação de vacas secas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: David, Flávia Maria
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/4296
Resumo: Nutrição de Ruminantes
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spelling Diferentes quantidades de soro de leite na alimentação de vacas secasDifferent amount of liquid whey in the dry cows dietsBovino - Alimentação e raçõesRuminante - Alimentação e raçõesBovino - Suplementos dietéticosRuminante - Suplementos dietéticosNutrição animalParâmetro sangüíneopH ruminalBovineRuminant nutritionBlood parametersConsumption behaviorRuminal pHCNPQ_NÃO_INFORMADONutrição de RuminantesThis work was divided in three different experiments to make easier the organization of the results. The first experiment the aim was create a simple and cheap alternative for milk industry to minimize the fraud of milk with whey. This experiment evaluated the sweet whey, gotten from the production of Gruyere cheese, and the acid whey collected from the production of Requeijão. Both were evaluated in natura or colored with Cochineal Carmine or Annatto (Bixa orellana) in different ratios of mixture (1:10000, 1:7500, 1:5000, 1:2500 and 1:1000). Dry matter (DM), crude protein (CP), ashes, calcium (Ca), phosphorous (P), sodium (Na), lactose and ether extract (EE) were determined. Rates of DM, CP, EE and ashes were higher in the sweet whey, being 6.17%, 0.81%, 0.30%, 0.72%, 0.03% and 0.13% in the natural substance, respectively. The colorant addition in the pure whey increased the average rates of ashes and Na in the used dilutions but did not modify the rates of DM, CP, Ca, P and lactose. It can be concluded that Cochineal Carmine (CC) or Annatto (U) may be used to color the cheese whey without significant modifications in the composition of this by-product. The second experiment was conduced at the "Animal House" of the Animal Science Department of the Federal University of Lavras to evaluate the effect of different levels of liquid whey in the intake behavior, consumption, apparent digestibility and blood parameters. Were used twelve crossbred dry cows fed with Coast Cross hay and protein salt. The treatments had been based on different levels of sweet whey in the diet, 0 (control), 15, 30 or 45 liters of whey per day. The measures demonstrated that the inclusion of whey in the diet did not affect the ingestion, rumination, total chewing, total ingestion of liquid and nor the expended time in inactivity. Although increasing the time expense with the ingestion of total liquid (whey and water) this parameter did not vary between the treatments. The average intake of Coast Cross hay showed a linear decrease (from 6874,61g to 5561,21 g) with the increase of whey level in the diet, consequently, the daily average consumptions of NDF and ADF were also lowers. The water consumption was also reduced in response of the increasing levels of whey. Whey levels in the diet affected the apparent digestibility of the dry matter (DADM) and the apparent digestibility of the crude protein (DACP) (P<0,01). As higher the inclusion of whey, greater the DADM (0,72, 0,73, 0,77 and 0,80) and DACP (0,69, 0,72, 0,77 and 0,80). The average values of glucose in the blood plasma varied between the treatments (P<0,01), and was 59,92, 63,92, 67,25 and 69,33 mg/dl and 58,75, 64,17, 65,92 and 69,00 mg/dl in fasting animals (collects at 7:00 hours) and after one hour the hay consumption (collects of the 9:00 hours), respectively. The whey inclusion in the diet of the dry cows affect (P<0,01) the urea level in the plasma (BUN) in the schedule of collect of the 12:00 hours (one hour after the whey intake) by decreasing (22,83, 20,17, 17,50 and 15,67 mg/dl) with increase of the levels of whey in the diet. In the third experiment to evaluate the changes in ruminal environment (pH and fluid passage rate) with the addition of increasing levels of whey (0, 15, 30 and 45 liters/day) in the diet, three Nelore adult non lactating and fistulated cows with 500 of body were used. The animals were fed with Coast Cross hay, salt and water. For the ruminal pH analysis samples of ruminal liquid was collected at 06:00 (before the first meal of the day), 08:00, 10:00, 12:00, 14:00, 16:00 and 18:00 hours. The fluid passage rate for rumen-reticulum was determined using Co-EDTA and samples of ruminal fluid were collected at 0 (pre-dosage), 2, 4, 6, 8, 10 and 12 hours after the infusion of Co-EDTA. To study the fluid passage rate just two treatments were used, control (0 l of whey) and 45 liters of whey/day. Significant difference in pH was observed for ruminal pH between the different levels of whey (P<0,05) and schedules of collects (P<0,01). Ruminal pH of the control animals was constant in all the collection schedules. When comparing the treatments, inside of each ruminal liquid collect schedule, a significant difference (P<0,01) in the average values of pH was verified in the times of the 12:00, 14:00 and 18:00 hours. At these three schedules, as high the level of whey in the diet of the dry cows as low the pH found. Also it was observed that, even consuming great amount of liquid, animals that received the treatment with 45 liters of whey per day presented, in average, lower liquid volume of rumen, when compared with the animals that had not received whey (43,9 x 53,7 liters) maybe due the higher passage rate (13,95 x 10,23 %/h).O presente trabalho foi dividido em três experimentos distintos para facilitar a organização dos resultados. O primeiro experimento teve como objetivo de criar alternativa simples e barata para os laticínios minimizarem a fraude do leite com soro. Foram avaliados o soro doce de leite, obtido pela fabricação de queijo tipo Gruyère e o ácido, coletado após a fabricação do requeijão, in natura ou com adição de corantes (carmim de cochonilha e urucum), em diferentes proporções de mistura (1:10000, 1:7500, 1:5000, 1:2500 e 1:1000). Foram feitas determinações de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), cinzas, cálcio (Ca), fósforo (P), sódio (Na), lactose e extrato gorduroso (EG). Os teores de MS, PB, EG, cinzas e Na foram maiores no soro doce, representando 6,17%, 0,81%, 0,30%, 0,72%, 0,03% e 0,13% na matéria natural, respectivamente. A adição de corantes nos soros puros aumentou as quantidades médias de cinzas e Na presentes nas diluições utilizadas e não alterou o teor de MS, PB, Ca, P e lactose, concluindo-se que tanto o carmim de cochonilha (CC) como o urucum podem ser utilizados para colorir o soro de leite, sem que haja grandes modificações na composição deste subproduto. O segundo experimento foi conduzido no "Animal House" do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras, MG, com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes níveis de soro de leite líquido doce na dieta de bovinos sobre o comportamento ingestivo, consumo, digestibilidade aparente e parâmetros sangüíneos. Foram utilizadas 12 vacas mestiças, secas e alimentadas com feno de Coast cross e sal proteinado. Os tratamentos foram baseados em diferentes níveis de soro doce de leite na dieta, sendo fornecidos 0 (controle), 15, 30 ou 45 litros de soro por dia. Os dados demonstram que a inclusão de soro de leite na dieta dos animais não afetou a ingestão, ruminação, mastigação total, ingestão total de líquido e nem o tempo gasto em inatividade. Embora crescente, o tempo gasto com a ingestão de líquido total (soro de leite e água) não variou entre os tratamentos. O consumo médio de feno de Coast cross diminuiu de forma linear (de 6.874,61 g para 5.561,21 g/dia) com o aumento do fornecimento de soro de leite para animais do experimento, conseqüentemente, os consumos médios diários de FDN e FDA também foram menores. Referindo-se ao consumo de água, constatou-se que também houve redução em função dos níveis crescentes dos tratamentos na dieta das vacas. Os níveis de soro na dieta afetaram positivamente a digestibilidade aparente da matéria seca (DAMS) e a digestibilidade aparente da proteína bruta (DAPB) (P<0,01), sendo que quanto maior os níveis dos tratamentos, maiores foram os valores encontrados para DAMS (0,72, 0,73, 0,77 e 0,80) e para DAPB (0,69, 0,72, 0,77 e 0,80). Os valores médios de glicose no plasma sangüíneo variaram entre os tratamentos (P<0,01), sendo de 59,92, 63,92, 67,25 e 69,33 mg/dl e 58,75, 64,17, 65,92 e 69,00 mg/dl, nos animais em jejum (coleta das 7:00 horas) e uma hora após o consumo de feno de Coast cross (coleta das 9:00 horas), respectivamente. A adição de soro de leite na dieta das vacas secas afetou a quantidade de uréia presente no plasma sangüíneo no horário de coleta das 12:00 horas (uma hora após o consumo de soro), sendo decrescente (22,83, 20,17, 17,50 e 15,67 mg/dl) com aumento dos níveis de soro na dieta. No terceiro experimento foram utilizadas três vacas Nelore adultas, não lactantes, não gestantes, providas de fístula ruminal e com peso vivo médio de 500 kg, para avaliar as alterações no ambiente ruminal (pH e taxa de passagem de fluidos) com a adição de níveis crescentes de soro de leite. Os animais receberam os mesmos tratamentos do segundo experimento. Para análise do pH ruminal foram coletadas amostras de líquido ruminal às 06:00 (antes do primeiro trato do dia), 08:00, 10:00, 12:00, 14:00, 16:00 e 18:00 horas. A taxa de passagem de fluidos pelo rúmen-retículo foi determinada utilizando-se Co-EDTA e foram coletadas amostras de fluido ruminal, nos tempos de 0 (pré dosagem), 2, 4, 6, 8, 10 e 12 horas após a infusão do elemento. Para o estudo da taxa de passagem de fluidos, utilizaram-se somente os tratamentos controle (0 l de soro de leite) e 45 litros de soro/dia. Observou-se diferença significativa no pH ruminal entre os diferentes níveis de soro estudados (P<0,05) e horários de coleta (P<0,01). O pH ruminal dos animais que não receberam soro de leite (controle) foi constante em todos os horários de coleta. Comparando-se os tratamentos, dentro de cada horário de coleta do líquido ruminal, verificou-se que somente nos tempos das 12:00, 14:00 e 18:00 horas houve diferença significativa (P<0,01) nos valores médios de pH. Nestes três horários, quanto maior o nível de soro na dieta das vacas secas, menor foi o pH encontrado. Também foi observado que, mesmo consumindo grande quantidade de líquido, os animais que receberam o tratamento com 45 litros de soro de leite por dia apresentaram, em média, menor volume estimado de líquido no rúmen que os animais que não receberam soro de leite (43,9 x 53,7 litros) devido, provavelmente, à maior taxa de passagem observada (13,95 x 10,23 %/h).UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDZO - Departamento de ZootecniaUFLABRASILPérez, Juan Ramón OlalquiagaAbreu, Luiz Ronaldo deArcuri, Pedro BragaPaiva, Paulo César de AguiarMuniz, Joel AugustoDavid, Flávia Maria2014-10-03T01:36:32Z2014-10-03T01:36:32Z2014-10-022006-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfDAVID, F. M. Diferentes quantidades de soro de leite na alimentação de vacas secas. 2006. 136 p. 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