O Tratamento dos Autos de Resistência no Processo Penal Brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFLA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/44864 http://sip.prg.ufla.br/arquivos/php/bibliotecas/repositorio/download_documento/20201_201520943 |
Resumo: | Pretendeu-se, neste trabalho, demonstrar a relação existente entre a formação histórica do corpo militar no Brasil, somada a subcidadania forçada a um grupo social e consequente marginalização, o qual é visto, ainda hoje, como o inimigo que perturba a ordem social, e ações policiais arbitrárias, nas quais há a ocorrência de autos de resistência. Para isso, realizou-se pesquisa bibliográfica, por meio da busca e leitura de livros, artigos, pesquisas e leis a respeito do tema. Como objetivo, buscou-se analisar a licitude dessas ações policiais a partir do excludente de ilicitude presente no artigo 23 do Código Penal Brasileiro. A respeito do Corpo Militar, será abordado desde sua implantação na época do Brasil Colônia até os dias atuais, em que se trata da Instituição da Polícia Militar de fato. Já em relação ao grupo marginalizado, buscou-se demonstrar o elo entre a sua formação e a -falsa- ideia de que eles são os principais atores no cenário de desordem pública, e que para evitar isso seria necessário eliminá-los, sendo esse tipo de pensamento presente desde a época colonial, o que dificulta a responsabilização de agentes militares em mortes nos casos de ????????????????????????????????????????????????????????????????autos de resistência????????????????????????????????????????????????????????????????. Dentre os resultados encontrados, constatou-se que, desde o início, a formação militar no país foi voltada para o combate a um inimigo interno e externo, e que, além disso, os negros, pobres e moradores de áreas marginais são os que mais sofrem com a violência policial, uma vez que são vistos como não-pessoa, o que consequentemente remete a uma ausência de direitos. Procedeu-se, por fim, à elaboração de conclusões sobre os resultados obtidos e de algumas recomendações, como a abolição do termo autos de resistência e a modificação da forma de atuação policial, com o intuito de haver a devida investigação do fato como homicídio. |
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O Tratamento dos Autos de Resistência no Processo Penal BrasileiroO Tratamento dos Autos de Resistência no Processo Penal BrasileiroTHE TREATMENT OF RESISTANCE AUTHORS IN THE BRAZILIAN CRIMINAL PROCESSPretendeu-se, neste trabalho, demonstrar a relação existente entre a formação histórica do corpo militar no Brasil, somada a subcidadania forçada a um grupo social e consequente marginalização, o qual é visto, ainda hoje, como o inimigo que perturba a ordem social, e ações policiais arbitrárias, nas quais há a ocorrência de autos de resistência. Para isso, realizou-se pesquisa bibliográfica, por meio da busca e leitura de livros, artigos, pesquisas e leis a respeito do tema. Como objetivo, buscou-se analisar a licitude dessas ações policiais a partir do excludente de ilicitude presente no artigo 23 do Código Penal Brasileiro. A respeito do Corpo Militar, será abordado desde sua implantação na época do Brasil Colônia até os dias atuais, em que se trata da Instituição da Polícia Militar de fato. Já em relação ao grupo marginalizado, buscou-se demonstrar o elo entre a sua formação e a -falsa- ideia de que eles são os principais atores no cenário de desordem pública, e que para evitar isso seria necessário eliminá-los, sendo esse tipo de pensamento presente desde a época colonial, o que dificulta a responsabilização de agentes militares em mortes nos casos de ????????????????????????????????????????????????????????????????autos de resistência????????????????????????????????????????????????????????????????. Dentre os resultados encontrados, constatou-se que, desde o início, a formação militar no país foi voltada para o combate a um inimigo interno e externo, e que, além disso, os negros, pobres e moradores de áreas marginais são os que mais sofrem com a violência policial, uma vez que são vistos como não-pessoa, o que consequentemente remete a uma ausência de direitos. Procedeu-se, por fim, à elaboração de conclusões sobre os resultados obtidos e de algumas recomendações, como a abolição do termo autos de resistência e a modificação da forma de atuação policial, com o intuito de haver a devida investigação do fato como homicídio.The aim of this work was to demonstrate the relationship between historical formation of the military corps in Brazil, in addition to the forced citizenship of a social group and consequent marginalization, which is still seen today as the enemy that disturbs the social order, and arbitrary police actions, in which there are acts of resistance. For this, bibliographic research was carried out by searching and reading books, articles, research and laws on the topic. As an objective, we sought to analyze the lawfulness of these police actions at from the exclusion of illegality present in article 23 of the Brazilian Penal Code. About of the Military Corps, will be approached since its implantation in the time of Colony Brazil until the days current, in which it is the de facto Military Police Institution. Regarding the group marginalized, an attempt was made to demonstrate the link between their training and the false idea that they are the main actors in the public disorder scenario, and that to avoid this it would be necessary eliminate them, this type of thinking being present since colonial times, which makes it difficult to accountability of military agents for deaths in cases of ????????????????????????????????????????????????????????????????resistance records????????????????????????????????????????????????????????????????. Among the results found, it was found that, from the beginning, military training in the country was focused on combating an internal and external enemy, and that, in addition, blacks, poor and residents of marginal areas are those who suffer most from police violence, since they are seen as non-person, which consequently leads to an absence of rights. Finally, conclusions were drawn on the results obtained and some recommendations, such as the abolition of the term autos de resistance and the modification of the police action, with the intention of investigating the fact as a homicide.Universidade Federal de LavrasUFLABrasilFernando Nogueira Martins JuniorNAO_INFORMADONAO_INFORMADONAO_INFORMADOProf. Dr. Fernando Nogueira Martins JúniorNAO_INFORMADOProf. Ms. Rafael de Deus GarciaNAO_INFORMADONAO_INFORMADONAO_INFORMADONAO_INFORMADONAO_INFORMADONAO_INFORMADONAO_INFORMADOAmanda Cristina Andrade2020-11-03T19:09:42Z2020-11-03T19:09:42Z2020-08-192020-08-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisAndrade, A. C. O Tratamento dos Autos de Resistência no Processo Penal Brasileiro. 2020. 31 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito Bacharelado)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2020.http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/44864http://sip.prg.ufla.br/arquivos/php/bibliotecas/repositorio/download_documento/20201_201520943PortuguêsporAcesso aos termos da licença em repositorio.ufla.brrepositorio.ufla.brAmanda Cristina Andrade e Universidade Federal de LavrasLicença do Repositório Institucional da Universidade Federal de Lavrasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFLAinstname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)instacron:UFLA2020-11-03T19:09:42Zoai:localhost:1/44864Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufla.br/oai/requestnivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.bropendoar:2020-11-03T19:09:42Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)false |
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