EXTRATOS DE NOZ DA ÍNDIA (ALEURITES MOLUCCANA) INIBIÇÃO DE ENZIMAS DIGESTIVAS

• Autor(a) principal: Anderson Dias de Carvalho
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
• Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/43652; http://sip.prg.ufla.br/arquivos/php/bibliotecas/repositorio/download_documento/20191_201420481

O diabetes mellitus e a obesidade vem ganhando destaque nas últimas décadas devido ao seu crescente aumento no número de ocorrências. Atualmente, 425 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, já a obesidade possui números ainda maiores, segundo estimativa feita pela OMS em 2016, cerca de 1,9 bilhões de pessoas estavam com excesso de peso, sendo que mais de 650 milhões eram obesos. Devido a isso a prospecção de novos medicamentos e auxiliares no tratamento tanto do diabetes quanto da obesidade, tem sido alvo de diversas pesquisas nos últimos anos. Nesse contexto, a Noz da Índia (Aleurites moluccana) vem ganhando destaque por seu suposto efeito emagrecedor e hipoglicemiante. Portanto, objetivou-se avaliar o potencial inibitório desta noz sobre enzimas digestivas, antes e após simulação com fluído gástrico. Amostras de Noz da Índia foram pesadas, raladas, solubilizadas em água na proporção 11 (pv) e depois filtradas em tecido organza. A atividade das enzimas ?-amilase, ?-glicosidase e tripsina foram determinadas segundo as metodologias propostas por Noelting Bernfeld (1948), Kwon et al. (2006) e por Erlanger (1961) respectivamente. A inibição das enzimas foi obtida a partir da determinação das inclinações das retas (absorbância x tempo) dos ensaios de atividade da enzima controle (sem amostra) e enzima inibidor (com amostra). Posteriormente foram realizados ensaios simulando condições fisiológicas, utilizando fluído gástrico simulado, para verificar se o extrato de Noz da Índia sofreria alguma alteração. Os resultados mostraram que dentre as enzimas estudas, apenas a ?-amilase sofreu inibição por Noz da Índia. Entretanto, o potencial inibitório da noz sobre a enzima sofreu alteração em contato ao fluído gástrico, mas permaneceu dentro da faixa considerada ideal pela literatura. A presença dessa atividade inibitória poderia explicar, portanto, parte do efeito emagrecedor e hipoglicemiante aos quais tem sido associada. No entanto, é de extrema relevância a obtenção de maiores estudos relacionados à eficácia e segurança no uso dos extratos de Noz da Índia.