Fitase em rações para suínos em crescimento: digestibilidade total, ileal e desempenho.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFLA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/4253 |
Resumo: | Nutrição de Monogástricos |
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Fitase em rações para suínos em crescimento: digestibilidade total, ileal e desempenho.Phytase growing swine diets: total, ileal digestibility and performanceSuíno - Alimentação e raçõesSuíno - AminoácidosAminoácidos na nutrição animalMinerais na nutrição animalNutrição animalCNPQ_NÃO_INFORMADONutrição de MonogástricosTrês experimentos foram conduzidos no Setor de Suinocultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras- UFLA, em Lavras-MG, Brasil. O experimento I foi um ensaio de metabolismo com objetivo de verificar o efeito de quatro níveis de fitase sobre a digestibilidade total dos nutrientes, energia e excreção de minerais. Foram utilizados 12 suínos na fase de crescimento (30 ± 4,1 kg/PV), mestiços (LD x LW), machos castrados, alojados individualmente em gaiolas de metabolismo e distribuídos em blocos casualisados. Os tratamentos consistiram de uma ração de crescimento à base de milho, farelo de soja e farelo de arroz desengordurado (FAD), suplementada com quatro níveis de fitase (0, 400, 800 e 1200 FTU/kg). A ração foi formulada de acordo com Rostagno et al. (2000), exceto para cálcio e fósforo disponível cujos níveis foram 0,64 e 0,23 %, respectivamente. A enzima fitase utilizada foi a Natuphos 5000 e a metodologia empregada foi a da coleta total de fezes e urina e o óxido férrico foi utilizado como marcador fecal. A utilização de fitase melhorou os valores de digestibilidade dos nutrientes e diminuiu a excreção de nitrogênio, mas não afetou os valores energéticos das rações. Os níveis de 860 e 880 FTU/kg de proporcionaram os menores teores de nitrogênio nas fezes e na urina, respectivamente. A fitase reduziu de forma linear a excreção fecal de manganês e de forma quadrática excreção fecal de cálcio e fósforo, mas não afetou a excreção de zinco e magnésio nas fezes dos suínos. Os níveis de 775 e 850 FTU/kg de fitase proporcionaram as menores taxas de excreção de cálcio e fósforo, respectivamente. Conclui-se que a suplementação com fitase em rações para suínos em crescimento melhorou a digestibilidade dos nutrientes e diminuiu a excreção de minerais nas fezes, contribuindo para a redução do impacto ambiental provocado pelos dejetos dos suínos. O experimento II teve como objetivo verificar o efeito dos níveis de fitase sobre a digestibilidade ileal aparente da proteína, aminoácidos e absorção de minerais em rações de suínos. Os tratamentos consistiram de quatro rações, T1- milho+f.soja+FAD; T2- milho+f. de soja; T3- f. de soja+FAD eT4 - F. de soja, suplementadas com quatro níveis de fitase (0, 400, 800 e 1200 FTU/kg). Foram utilizados oito suínos canulados com cânula T simples, distribuídos em um Delineamento em Duadrado Latino (DQL) 4 x 4. Foi adicionado 0,25% de óxido crômico em todas as rações como indicador de digestibilidade. A suplementação com níveis de fitase melhorou o coeficiente de digestibilidade ileal aparente da proteína bruta das rações, tendo o nível de 483 FTU/kg de fitase proporcinado a melhor digestibilidade. A fitase melhorou o coeficiente de digestibilidade ileal aparente dos aminoácidos das rações. Os níveis situados entre 440 e 900 FTU/kg de fitase foram os que proporcionaram os melhores resultados de digestibilidade ileal. Nas rações formuladas com farelo de arroz desengordurado foram observados os menores valores de digestibilidade ileal dos aminoácidos e menores taxas de absorção ileal de cálcio e fósforo. A utilização da enzima fitase aumentou a absorção ileal de cálcio e fósforo das rações tendo os níveis situados entre 440 e 900 FTU/kg de fitase proporcionado as melhores taxas de absorção. Conclui-se que a suplementação com fitase melhorou o coeficiente de digestibilidade ileal aparente dos aminoácidos essenciais e melhora a taxa de absorção de cálcio e fósforo em rações para suínos em crescimento. O experimento III teve como objetivo verificar o efeito da fitase sobre o desempenho, mineralização óssea e teor de uréia no plasma de suínos em crescimento. Foram utilizados 80 suínos em fase de crescimento (30 ±3,1 kg/PV), mestiços (LD x LW) machos e fêmeas, distribuídos em um delineamento em blocos casualisados (DBC), quatro tratamentos e cinco repetições. Os tratamentos consistiram de uma ração de crescimento à base de milho, farelo de soja e farelo de arroz desengordurado (FAD), suplementada com quatro níveis de fitase (0, 400, 800 e 1200 FTU/kg). A ração foi formulada de acordo com Rostagno et al. (2000), exceto para cálcio e fósforo disponível cujos níveis foram 0,64 e 0,23 %, respectivamente. A enzima fitase utilizada foi a Natuphos 5000. Durante o período experimental, a cada oito dias foi coletado sangue de dois animais por bloco, através de uma punção no sinus orbital. Ao final de cada bloco, dois animais foram abatidos para coleta do osso metacarpo. A suplementação com a enzima fitase até o nível de 1200 FTU/kg para suínos em crescimento melhorou de forma linear a conversão alimentar, e o teor de cálcio e fósforo no osso. Os níveis de fitase proporcionaram um efeito quadrático sobre a uréia plasmática, sendo o nível de 750 FTU/kg o que proporcionou o menor teor de uréia no plasma. O teor de zinco e magnésio no osso metacarpo não foi afetado pelos níveis de fitase, mas foi observado um efeito quadrático sobre o teor de manganês no osso metacarpo dos suínos, tendo o nível de 666 FTU/kg proporcionado o maior teor de mangnês no osso. Conclui-se que a suplementação com a enzima fitase em rações para suínos em crescimento melhorou a conversão alimentar, diminuiu o teor de uréia no plasma e aumentou os teores de cálcio, fósforo e manganês no osso. Em todos os experimentos realizados, os resultados obtidos indicam que a utilização da enzima fitase em rações para suínos em crescimento pode ser benéfica para a digestibilidade dos nutrientes, retenção de nitrogênio, digestibilidade ileal dos aminoácidos, desempenho e mineralização óssea, podendo contribuir para a redução do impacto ambiental provocado pelos dejetos dos suínos.Three experiments were conducted in the Swine Production Sector of the Animal Science Department of the Universidade Federal de Lavras - UFLA, in Lavras -MG, Brazil. In the experiment I one metabolism trial was conducted with the objective to determine the effect of four levels of phytase inpigs diets on the total digestibility of nutrients, energy and excretion of minerals in the growing pigs. A total of 12 growing pigs (30 ±4.1 kg/LW), crossbred (LD x LW) and barrows were housed individually in metabolism cages and allocated in a randomized blocks design. The treatments consisted of a growing diets based in corn, soybean meal and defatted rice bran (DRB) supplemented with four levels of phytase (0. 400, 800 and 1200 FTU/kg). The diet was formulated according to Rostagno et al. (2000), except for available calcium and phosphorus, the levels of which were 0.64 and 0.23%, respectively. The enzyme phytase utilized was Natuphos 5000 and the methodology utilized was a total collection of feces and urine and ferric oxide was utilized as the fecal marker. The use of phytase shown higher digestibility values of nutrients and decreased nitrogen excretion, but it did not affect the energetic values of the diets. The levels of 775 and 850 FTU/kg of phytase shown the lowest rates of calcium and phosphorus excretion, respectively. These results shown that the phytase supplementation in growing pig´s diets improved the digestibility of the nutrients and decreased the excretion of minerals in the feces, contributing to the reduction of the environmental impact caused by swine´s excrements. In the experiment II was designed to determine the effect of the levels of phytase on the apparent ileal digestibility of protein, amino acids and absorption of minerals in pig´s diets. The treatments consisted of four diets, T1- corn + soybean meal +DRB; T2 - corn + meal soybean; T3 - soybean meal +DRB and T4 - soybean meal supplemented with four levels of phytase (0, 400, 800 and 1200 FTU/kg). Eight cannulated pigs with a simple T cannula were utilized. The pigs were allocated to a 4 x 4 Latin Square design (LSD). 0.25% of chromic oxide was added to all diets as an indicator. The supplementation with levels of phytase shown a higher apparent ileal digestibility coefficient of the crude protein of the diets, the level of 483 FTU/kg of phytase shown higher CP digestibility values. Phytase improved also the apparent ileal digestibility coefficient of the amino acids of the diets. The levels between 440 and 900 FTU/Kg of phytase shown the best results on the ileal AA digestibility. The results also shown that diets formulated with defatted rice bran , shown the lowest values of ileal digestibility of AA as well as the lowest ileal absorption rates of calcium and phosphorus. These data shown that phytase supplementation in the range of 440 and 900 FTUKg shown to be consistent to improved the apparent ileal AA digestibility coefficient as well as calcium and phosphorus in growing pigs diets. In the experiment III was designed to verify the effect of phytase on performance, bone mineralization and plasma urea content of growing pigs. A total of 80 growing pigs (30 ±3.1kg/LW), crossbred (LD x LW) barrows and females were allocated in a randomized block design (RBD), with four treatments and five replications. The treatments consisted of a growing pigs diets based in a corn, soybean meal and defatted rice bran (DRB) supplemented with four levels of phytase (0, 400, 800 and 1200 FTU/Kg). The diets were formulated according to Rostagno et al. (2000) except for available calcium and phosphorus, the levels of which were 0.64% and 0.23%, respectively. The enzyme phytase utilized was Natuphos 5000. Over the experimental period, every eight days, blood of two animals per block was collected, through the puncture in the sinus orbital. At the end of each block, two animals were slaughtered for the collection of the metacarpus bone. Supplementation with the enzyme phytase up to the level of 1200 FTU/kg for growing pig´s diets shown a linear improved feed conversion and the content of calcium and phosphorus in the bone. The phytase diets supplementation shown a quadratic effect on plasma urea, the level of 755 FTU/kg being the one that shown the lowest plasma urea concentration. The zinc and magnesium content in the metacarpus bone of pigs was not affected by the phytase levels. Therefore the results shown a quadratic effect on the manganese content in the pigs metacarpus bone. The data shown that the level of 666 FTU/kg provided the highest content of manganese in the pig´s bone. Accord to the results it was concluded that the supplementation with the enzyme phytase in growing pig´s diets should be beneficial since shown improved pig´s performance as well as increased the bone mineralization and improve the contents of calcium, phosphorus and manganese in the pig´s bone. Over all experiments conducted these results shown that the utilization of the enzyme phytase in the growing pigs diets shown to be beneficial to the nutrient digestibility, nitrogen retention, ileal AA digestibility, pigs performance and bone mineralization as well as contributing to the reduction of the environmental impact caused by pig´s excrements.UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDZO - Programa de Pós-graduaçãoUFLABRASILFialho, Elias TadeuFreitas, Rilke Tadeu Fonseca deLima, José Augusto de FreitasFontes, Dalton de OliveiraLogato, Priscila Vieira RosaSilva, Hunaldo Oliveira2014-10-02T01:39:07Z2014-10-02T01:39:07Z2014-10-012003-04-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSILVA, H. O. Fitase em rações para suínos em crescimento: digestibilidade total, ileal e desempenho. 2003. 198 p. 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